Capítulo 14

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Parte 1 

Pov Leah Clearwater

Passo horas procurando a vampira irritante, iria andando, mas perdi a paciência, tinha km até a cidade fantasma, coloco em prática a estratégia de arrumar a roupa na minha perna, para fazer a transformação. Em forma de lobo, chegou à cidade fantasma Leechtown.

As árvores, crescidas ao longo dos anos, cercam o que restou das construções, como se a própria natureza estivesse tentando esconder as cicatrizes de um ataque devastador. Pedaços das casas que estão em ruínas, suas fachadas de pedra e madeira parcialmente cobertas por trepadeiras que se enroscam nas janelas quebradas. O chão, coberto de musgo e folhas secas, ainda tinha marcas do que houvera destruído, pegadas fossilizadas em lama endurecida. Era possível ver lampiões de ferro, tortos e corroídos pelo tempo.

O silêncio é esmagador, interrompido apenas pelo rangido de uma janela quebrada ou o distante eco de um corvo que passa, como se a cidade ainda estivesse marcada pelo eco da destruição. Nas profundezas da cidade, uma fonte seca, com sua estátua de pedra desfigurada. Há uma sensação palpável de dor e perda impregnada no ar, como se a própria cidade ainda lembrasse o massacre.

O vento que passava carregava sussurros de uma tragédia há muito esquecida.

- Credo!

Penso comigo, passando pela cidade.

Seria a guerra das bruxas contra os vampiros que destruiu esse lugar?

Avançava silenciosamente pela floresta densa, vou pisando com cuidado entre as folhas secas e galhos quebrados. Meus sentidos estavam em alerta máximo. Até que ouço o som distante de água corrente, vindo com um cheiro úmido da terra e da vegetação. Observo atenta a cada movimento, que brilhavam sob a luz suave do sol que penetrava timidamente pelas copas das árvores.

O som da água correndo crescia, um sussurro que ecoou pelo vale. Avanço em direção à origem do som, suas narinas captando o frescor da água que cortava o ar. Quanto mais se aproximava, mais o rugido suave da cachoeira se tornava nítido, misturado ao canto dos pássaros e ao farfalhar das folhas. Finalmente a vejo. Através das árvores que se abriam, uma imponente cachoeira deságua de um penhasco rochoso, caindo em uma piscina cristalina cercada por musgo verde e pedras cobertas de limo. A água descia em cascatas graciosas, sua superfície brilhava como vidro líquido à luz do sol filtrado.

O vento soprou, carregando o cheiro de água pura misturada com o aroma distante da cidade fantasma, que ainda pairava no ar como uma lembrança sombria.

-Lindo! Penso vendo a linda paisagem, fico presa em um transe maravilhoso, me aproximo da margem, podendo me ver, minha loba, sua pelagem era acinzentada.

Acordo do transe com uma voz acima de mim.

- Apreciando a vista? lobinha!

Ergo a cabeça para cima, localizando a vampira.

Ela estava deitada, sobre o enorme galho, seu corpo relaxado, como se fosse uma extensão natural da madeira. Sua pele pálida brilhava ao contraste com a casca escura e áspera do tronco, enquanto seus cabelos escorriam como uma cascata negra, caindo pelo lado da árvore e balançando levemente ao sabor da brisa. Seus braços estavam estendidos acima da cabeça, seus olhos, semicerrados.

Volto para a forma humana, vestindo minhas roupas rapidamente, olho para a vampira que sem se mexer, sento em cima de umas pedras enormes perto da margem.

- Na verdade, estava te procurando.

- Eu? sentiu saudades? . Ela perguntou abrindo os olhos, me encarando de cima.

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⏰ Última atualização: Sep 17 ⏰

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