O Retorno 1.0

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Sophie On

É estranho saber que antigamente eu tinha apenas um diário para conversar, talvez eu seja uma garota estranha, mas eu adorava escrever, agora mal tenho tempo, tenho meu filho pra cuidar, meu marido maravilhoso, amigos incríveis, uma sogra simpática, pais extraordinários, uma irmã engraçada e um primo que mais é um irmão...

A minha vida está perfeita, eu não mudaria nada, tudo o que aconteceu nesses anos todos, foram mais que apenas acasos, a perda de memória me ajudou a perceber coisas que eu não notava quando tinha uma memória perfeita.

Hoje vamos fazer uma fogueira, que nem no dia em que nos reencontramos, as meninas estão fazendo os preparativos, Anderson vai cuidar da churrasqueira, Jasper vai fazer o suflê incrível dele, uma pena que Robert não estará aqui.

Ele era a pessoa que eu mais confiava no mundo, é triste saber que ele estava ao lado de Matthew, mas por que? O que fez ele ficar do lado de Matthew? Ele o detestava na época da escola. Não sei porquê, mas sinto que ainda não acabou, tenho que descobrir o que realmente está acontecendo, mas por agora, vou ajudar Fergus a cuidar da pequena Asha, antes que ela vomitei nele, de tanto ser balançada.

Vou em direção a Fergus, que está de pé, fazendo movimentos de aviãozinho com a pequena Asha, digo que os meninos precisam da ajuda dele e me disponho a cuidar de sua filha. Ele entrega a bebê em meus braços, seguro ela e procuro por Phillip. Subo as escadas para o andar de cima.

Onde será que aquele garotinho travesso se meteu?

Andando pelo saguão da mansão, ouço alguns suspiros, e a seguinte exclamação:

– Onde está? Como isso pode desaparecer assim? Agora que ia contar pra mamãe... Ela vai me matar!

Já sabemos que algo ruim aconteceu, o que ele aprontou dessa vez?

Phillip? O que está fazendo meu amor? — Pergunto entrando no quarto dele.
– Ah... Oi mamãe, não estou fazendo nada, nadinha! — Ele esconde algo atrás de suas costas.
– Ah, sim. Nada, então isso aí atrás também não é nada?
– Oh, mamãe, tá legal, eu me rendo... Peguei uma aranha e decidi cuidar dela, antes que vovó a matasse, prendi ela neste potinho — Mostra o pote que escondia — mas de algum modo ela sumiu...
– Phillip, sabe que mamãe morre de medo de aranhas... — Digo olhando pelos lados segurando a bebê mais firme, ela está tão distraída com os quadros que Phillip fez, que nem faz barulho.
– Eu sei, mas não queria que vovó matasse mais uma, as pobres aranhas não merecem isso, não fizeram mal a ninguém!
– Se não encontrarmos ela, não terá uma desculpa dessas pra sua avó! Rápido, comece a procurar, onde a deixou antes de sumir?
– Sei que foi um descuido meu mamãe, mas eu lembro de ter fechado bem a tampa antes de deixá-la aqui. — Phillip aponta para uma cômoda, perto da janela do quarto dele.
– Bebê, com tantos lugares, foi colocá-la aí? — Falo enquanto bato a mão na minha própria testa.
– Essa janela dá no jardim, será que ela está lá fora?
– Reze para que esteja, sua avó vai nos matar se descobrir que tem uma aranha ainda viva nesta mansão...

Phillip e eu descemos as escadas até o andar debaixo, Asha fazia alguns barulhinhos com a boca, de vez enquanto paravámos para mimá-la depois voltavámos para a procura.
Passamos pela senhora Emma, passos curtos e lentos, para que não percebesse que estávamos aprontando, após passar por ela corremos até o jardim.

– Mamãe, o jardim é enorme, como achar uma aranha minúscula?
— Parei e o encarei.
– Como assim minúscula, Phillip?
– Ah, mamãe, ela não é tão grande, é menor que minha mão. — Diz mostrando sua pequena mão. Me segurei pra não xingá-lo.
– Por que não disse que a aranha que procura é uma daquelas que fazem apenas teias? Pensei que fosse uma aranha armadeira ou algo do tipo.
– Ah, pensei que tinha medo de todos os tipos de aranha...
– Tenho medo apenas das que podem nos matar com uma picada! Vamos voltar, sua avó não vai matar uma aranha minúscula. — Segurando a mão dele voltamos para dentro da mansão.

Quando entramos demos de cara com Jasper, ele estava com pressa, me deu um beijo rápido, afagou os cabelos das crianças e saiu.

– Mamãe...
– Eu notei bebê, seu pai está aprontando...

Hoje vai ser um dia daqueles!

Amanda veio pegar a bebê depois de terminar os preparativos para a noite, estranho começarem isso de manhã, mas cada um tem seu jeito de se preparar, resolvo ir até o escritório de Jasper, quando entro, encontro ele murmurando algo da qual creio não entender.

– Amor?
– Ah, oi meu bem. Precisa de alguma coisa? — Diz ajeitando alguns papéis.
– Achei que você iria começar a trabalhar na câmara só na semana que vem, você prometeu dar um tempo nas investigações agora que iremos fazer 1 ano juntos, todos nós, depois de tudo que passamos longe uns dos outros.
– Câmara? Ah, nas passagens... Não é isso meu bem, é que notei algo estranho desde que saímos do subsolo. — Sinto que ele não está me contando tudo, mas por que?.
– Amor, você prometeu... Nada de segredos, nunca mais.
– Eu sei, mas você pode achar que é só mais uma paranóia minha — Jasper diz se aproximando de mim.
– Por que eu faria isso? Sabe que confio em você, meu amor.
– Sim, e é por essa razão que pretendo ter certeza antes de te contar e agir, preciso juntar provas. — Ele me abraça. Em seus braços sinto seu coração palpitar.
– Seja lá o que esteja te incomodando, sei que vai dar um jeito, você sempre dá, está sempre um passo à frente, certo? — Levanto a cabeça olhando para ele.
– Você tem razão, estou me preocupando atoa, vamos nos divertir hoje! O que acha de andar de barco?
– Todos nós?
– Sim, talvez até pescar um peixão! — Jasper finge ter uma vara de pesca e faz um sinal com os braços jogando e depois trazendo a linha imaginária para cima. Damos uma gargalhada juntos, nos beijamos e voltamos para o salão principal.

Chegando no salão principal, demos de cara com os meninos, eles estavam assustados, pareciam ter visto um fantasma, olhei para os lados e não vi as meninas, ou até mesmo Phillip.

– Aconteceu alguma coisa? — Jasper diz se aproximando de Anderson.
– Jasper, não sei como explicar, tudo aconteceu tão rápido... — Anderson diz com um semblante triste.
– Gente desembuchem, o que aconteceu?
– Ele voltou Sophie, ele levou as meninas, levou meu bebê... — Fergus diz caindo de joelhos enquanto segura as lágrimas — Não pude fazer nada, nada...
– Impossível, como ele voltaria? Cadê os guardas! Onde está Phillip! Cadê o meu filho! — Grito estéricamente, corro pela mansão procurando pelo meu filho.
– Sophie espera! — Eles gritam, mas eu não dou ouvidos.

Procurei meu bebê em toda parte, mas não o encontrei.
Sentei num dos bancos no jardim. Estou tão atormentada com a notícia de que ele voltou, que não noto alguém atrás de mim...

É ele! Mas o que? Como isso é possível?

Bônus:


Autora: Lembrem de aumentar a qualidade do vídeo 😉😎

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⏰ Última atualização: Oct 02 ⏰

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