O Plano

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Após ter uma maravilhosa noite de sono, decidi tomar um bom banho antes de ir acordar Phillip para tomarmos café da manhã juntos. Escolho um vestido vermelho de seda, adoro usar ele quando estou no campo, praticamente a mansão do avô de Jasper pode até ser numa ilha, mas o campo que tem aqui é adorável, cheio de flores, espero ter tempo para passear. Depois de separar o vestido, decidi olhar um salto, ele não é muito alto e combina com o vestido, é prata e brilhoso. Tudo bem, admito que estou me vestindo assim só para ver Jasper babando durante o dia, mas fazer o que não é? Eu adoro fazer isso.
Tendo organizado tudo, entro no banheiro, ao entrar no banheiro, fui recebida pelo brilho suave da luz natural que filtrava pelas janelas altas, emoldurando a vista deslumbrante do jardim exuberante lá fora.
O espaço era uma sinfonia de elegância e luxo, com piso de mármore polido e detalhes em ouro que pontuavam os contornos dos espelhos e torneiras. A banheira, de proporções generosas, parecia me convidar a relaxar em suas águas perfumadas com óleos essenciais.
Ao lado da banheira, uma seleção de produtos de banho finamente elaborados aguardava, cada um cuidadosamente escolhido, para proporcionar uma experiência indulgente. Toalhas macias, do tamanho de uma nuvem, estavam dispostas em um aquecedor próximo, prometendo me envolver em conforto assim que saísse da água.
Me vi refletida nos espelhos impecavelmente limpos enquanto começava a me despir, meus passos reverberando naquele santuário de serenidade. O som da água corrente encheu o espaço, acompanhado pelo aroma fresco de flores que pairava no ar. Era um momento de tranquilidade antes da agitação do dia começar, um momento para cuidar de mim mesma e me preparar para enfrentar o mundo lá fora.
Após o banho, me vesti, dei uma leve olhada no espelho enquanto arrumava meus loiros cabelos, dava para ver o brilho refletindo em meus olhos só de imaginar meu pequenino acordando de manhã, é tão bom sentir isso, a sensação de ser mãe... Nunca pensei que sentiria algo assim. Andei pelos corredores até chegar no quarto de Phillip.
Enquanto ele ainda dormia, segurei meu bebê nos braços, sentindo o calor reconfortante de seu pequeno corpo contra o meu. Em meus olhos,vi a alegria pura e a inocência do novo ser que trouxe ao mundo. Uma onda de amor incondicional me envolveu enquanto observava cada pequeno detalhe do rosto de Phillip, maravilhada com a perfeição delicada de suas características.
Os raios suaves do sol atravessavam a cortina, pintando padrões dourados no quarto tranquilo. O ar estava impregnado com o suave aroma de talco e leite, um lembrete constante da presença reconfortante de seu pequeno milagre.
Sorri ao sentir os dedinhos dele se enrolarem em volta de meus dedos, uma sensação que me fazia derreter de ternura a cada vez. Agora que recuperei a memória terei novas aventuras e descobertas com ele, me sinto grata por ter sido abençoada com o presente precioso da maternidade. Para mim, ser mãe é mais do que apenas um papel, é uma fonte inesgotável de amor, crescimento e propósito na vida.

- Oi, meu bebê... Bom dia, está na hora de levantar. - Digo acariciando seus cabelos ruivos.

Phillip dá um grande bocejo, estica os braços para cima e se espreguiça, abre os olhos devagar e sorri quando me vê.

- Mamãe, que bom que está aqui, pensei que tinha tido um sonho... - Ele diz me abraçando.
- Não foi um sonho meu amorzinho, mamãe está aqui agora, você brincou tanto ontem... Se divertiu com o vovô e a vovó?
- Muito! Vovô até me levantou no ar! E a vovó correu atrás de nós junto com seus amigos! - Diz se levantando e indo até a prateleira perto da cama.
- O que está fazendo?
- Olha, papai me deu isso, disse que eu podia usar, mas quando você voltasse era pra te entregar. - Phillip me entregou um colar, o colar que Jasper me deu quando descobriu que o amor que sentia era recíproco.
- Nossa... Há anos não vejo isso... Ele continua lindo, parece até que foi ontem que seu pai me pediu em namoro e me entregou esse colar como símbolo de nosso amor.

O colar era uma obra de arte em si mesmo, uma tapeçaria de delicadeza e elegância que capturava a essência da natureza em sua forma mais exuberante. Cada detalhe era uma homenagem à beleza efêmera das rosas e à majestade serena de uma árvore centenária.
O pingente, pendurado em uma corrente finamente trabalhada, era uma profusão de pétalas de rosa esculpidas em ouro reluzente. Cada pétala parecia ter sido meticulosamente moldada à mão, capturando a suavidade e a textura da flor em sua plenitude. A luz dançava nas superfícies polidas, criando um jogo de sombras e reflexos que pareciam dar vida às rosas em um eterno florescer.
No centro do pingente, uma árvore estilizada se erguia com graciosidade, seus ramos estendidos em um abraço acolhedor. Os detalhes minuciosos das folhas e dos galhos conferiam uma sensação de movimento e vitalidade à peça, como se o próprio espírito da natureza estivesse contido dentro dela.
Cada vez que o colar era usado, era como se um pedaço do jardim mais encantado tivesse sido trazido para mais perto, envolvendo seu portador em um abraço suave da mãe natureza. Era mais do que apenas uma peça de joalheria; era uma manifestação de beleza atemporal e uma lembrança da infinita maravilha que existe ao nosso redor.
Coloco o colar no pescoço, sentindo um leve formigamento nas pontas dos dedos, como se fosse a primeira vez que o colocasse.

Meu Privado Mundo - Parte 1Onde histórias criam vida. Descubra agora