7 - Querido Diário

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O Início

2010

Querido Diário
Estou perdida... Levei em consideração a ideia estúpida de Robert, ele e eu fomos entrar no computador da diretora enquanto Jasper dava cobertura enrolando ela, falando de Matthew, idiota...
Ela descobriu que mudamos as notas dele, para ele ficar de recuperação e não ter férias, malditas notas boas, ele só tira 10! Foi um desastre, íamos apenas fazer com que ele pagasse, mas quem pagou o pato fomos nós.
Ficamos de detenção e levamos os nossos amigos também, as meninas não estão falando comigo, Robert levou uma surra de Fergus e Sebastian, Anderson e Victor xingaram muito o Jasper.
Eles se sentaram do outro lado da sala, longe de nós três, hoje era para estarmos com nossas famílias, mas estamos presos na detenção, pelo resto das férias.
Um professor entrou na sala, seu rosto não estava muito amigável, chamou todos para a sala de computação, fomos indo atrás dele em fila indiana, quando chegamos na frente da sala, ele simplesmente saiu e nos deixou lá, resolvi entrar, já que obviamente era pra ficarmos ali.
Entrei e sentei no fundo da sala, perto da janela, aquela sala dava uma linda visão do jardim da escola, queria um jardim desse na minha casinha, logo depois que eu entrei, Robert e Jasper vieram atrás de mim, Jasper sentou do meu lado, Robert sentou do lado dele. Cada fileira tinha mesas e alguns computadores, a sala estava meio incompleta, provavelmente teríamos que fazer grupos ou duplas para usar os computadores, a maioria dos computadores nem havia sido instalado ainda, no mínimo uns 5 computadores pegavam ali.
Passaram 15 minutos, nada do professor voltar, o que não foi muito inteligente da parte dele, a sala virou um caos, os meninos resolveram tirar satisfação comigo, juntou não só eles mas as meninas, pegando cadeiras e fazendo um círculo ao redor da mesa que estávamos, estavam irritados, a cara deles não estava nada boa, Robert e Jasper ficaram em silêncio absoluto, como se já tivessem aprendido a lição que lhes deram.
Victor começou falando, dava pra notar que ele estava bravo, mas não comigo, ele perguntou quem me forçou a ir junto dos "dois idiotas", se referiu a eles assim, fazendo sinais com as mãos, eu apenas chorei, não queria estar ali, não era pra aquilo ter acontecido, na verdade, tinha tudo pra dar certo, a diretora estava longe o suficiente da sala dela, Robert e eu já tínhamos mudado as notas de Matthew e do nada, simplesmente somos chamados na direção, não só nós 3 mas nosso grupo todo...
Enquanto estava chorando, Victor segurou em minhas mãos, disse que não estavam me culpando, já que eu mal conseguia ligar um dos computadores, o que lhes deu a resposta que queriam, eu não fui o motivo para estarem na detenção.
Do nada, como um flash em minha mente, apareceu a imagem do rosto de Arteise, foi o suficiente para entender tudo, ela era a única que sabia. Eu contei pra ela que fariam isso e me levariam junto, pra ajudar eles, mas pedi para que ela não contasse a ninguém, fizemos até o nosso aperto de mão secreto, não acredito que ela fez isso...
Victor notou que eu estava em silêncio tempo de mais, virou para Jasper e disse que ele não deveria me colocar no meio dos problemas deles, fiquei confusa, perguntei como poderia estar no meio do problema, todos ficaram tentando mudar de assunto, dizendo que não era nada, fiquei nervosa e gritei para pararem de enrolar e me contarem tudo.
Anderson começou a explicar, disse que Matthew não era uma boa companhia, o que todos já sabem, mas o que não sabem é que ele é muito temperamental, a ponto de machucar até mesmo quem ama ele, há algum tempo, antes de eu entrar na escola, Matthew já estudava lá, ele foi expulso por machucar o melhor amigo dele, que está no hospital em coma...
Mesmo todos os pais e alunos se juntando para que não deixassem ele voltar pra escola, a diretora não teve escolha, já que se não deixassem ele voltar a probabilidade de fecharem a escola era enorme, mas como? Por causa de um único aluno ruim?
Sim... O único aluno ruim que é filho de um grande Detetive Chefe do FBI, dá pra acreditar?
Faz total sentido, pegaram nossas imagens nas câmeras de segurança antes de Robert apagá-las, usaram isso a favor dele, que droga!
Ficamos conversando até que a diretora chegou, aproveitamos para conversar com ela, já que estamos todos do mesmo lado, ela estava cansada, seus olhos estavam com grandes olheiras, enquanto pedíamos por respostas ela fechou a porta da sala e simplesmente se jogou numa das cadeiras perto de nós.
Ficamos em silêncio, ela então começou a falar que não aguenta mais Matthew e o pai dele, disse que estão fazendo um inferno na escola, que se não déssemos um jeito neles, não teria escolha a não ser fechar de vez a escola, o que ninguém queria, nos apegamos a escola, as nossas vidas não teriam muito sentido longe de nossos amigos. Questionamos, como poderíamos pará-los, se eles têm a ajuda do FBI?
Foi aí que ela explicou melhor sobre esse "curso para aumentar nossa grade curricular", a ideia principal era de juntar os veteranos da computação e Robert, mas então decidiram juntar todos nós, parece que fizeram o dever de casa, haha! Juntaram nossos pontos fortes, desde armadilhas à disfarces. Formariam o grupo Alfa para proteger a escola e os alunos das maldades de Matthew, mas para isso teriam que fazê-lo longe dos olhos de Matthew e seu papai. Por isso não fomos passar as férias com nossas famílias.
Com as câmeras de segurança e os áudios desligados, poderiam nos ensinar as técnicas de hackear computadores, contas, sistemas de alta segurança, tudo bem, esses alunos veteranos poderiam muito bem fazer isso sozinhos, a diretora disse que seria óbvio demais, apenas alunos novos poderiam fazer isso sem ser pegos e os veteranos também poderiam ir presos.
Começamos com as aulas básicas da computação, era apenas Robert, mas ele decidiu me ensinar também, a diretora concordou, fomos ensinados por uma semana inteira, enquanto a diretora e o resto do grupo formavam um plano para tirar Matthew e o pai dele da jogada de vez.

Tá legal, posso ter esquecido de atualizar você nesse processo, alguns dias...
Mas o que vale é a intenção né!

Depois de conseguirmos fazer tudo, tivemos nossa primeira missão, a diretora pediu para os agentes do papai, fazer uma leve missão de combate com a gente, não nos deu detalhes, poderia ser qualquer coisa...
Com a incrível dedução de Anderson, conseguimos achar o sinalizador deles, que estava muito bem escondido, achei que era pra ser "leve", levamos meia hora pra encontrar aquela porcaria.
Foi uma missão e tanto, as meninas enrolaram alguns agentes usando árvores disfarçadas com nossas roupas entre o jardim da escola, Anderson bolou armadilhas insanas em cada uma das salas e no refeitório, também caímos em armadilhas assustadoras e alguns combates mano a criança com agentes, eles não estavam brincando quando disseram que esse "leve" não significava nada pra eles. Calma aí galera, somos crianças ainda...
Papai me ensinou a me defender muito bem, acabei dando uma surra num dos agentes, foi divertido, hehehe.
Robert e eu chegamos até a sala principal, onde provaríamos para os veteranos que estávamos prontos para a missão, só não sabíamos que o computador estaria cheio de seguranças, burros nós, claro que estaria.
Apanhamos para conseguir entrar no sistema da escola, mas depois que entramos um sinal tocou, mostrando que tínhamos conseguido. Todos ficaram felizes, nem notamos que estávamos tensos após sair daquela sala, depois disso ainda passamos mais alguns dias fazendo "missões". Quando decidiram que estávamos prontos, nos deixaram aproveitar o resto das férias em nossas casas, liguei para papai e ele veio às pressas, parecia que não tinha entendido nada do que eu falei pelo telefone, ri da cara de preocupação dele e entrei no carro, estava morrendo de saudades da mamãe, e agora da Pietra também.
Até mais diário, não dá pra escrever dentro do carro, vou acabar borrando tudo. Não prometo que vou te atualizar, mas espero que sim, haha!

Ficamos nessa sala, os veteranos simplesmente largaram suas bolsas aí...

Ficamos nessa sala, os veteranos simplesmente largaram suas bolsas aí

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Meu Privado Mundo - Parte 1Onde histórias criam vida. Descubra agora