Auto protetor, ou não...

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Naquela mesma noite, depois de conversar um pouco e receber uma massagem maravilhosa nos pés, fui para o quarto procurar Robert, mas ele não estava lá...
Cheia de preocupação, corri pela casa à procura dele, milhares de pensamentos ruins pairando sobre mim, me perguntava se o tinham sequestrado, se estava ferido, ou até mesmo morto em algum lugar.
Quando estava começando a desistir, ouvi um barulho vindo da garagem, entrei com cuidado e vi Robert socando o saco de pancadas que tinha lá. Ele estava todo suado, suas mãos já estavam começando a inchar, acho que ele estava lá desde que fui tomar banho.

- Rob, o que está fazendo aqui sozinho? Fiquei preocupada.
- Lobinha, eu só estava treinando um pouco, não sabemos o que enfrentaremos agora que sabemos que Matthew é o verdadeiro inimigo, mesmo não querendo admitir, sei que Jasper não mentiria, ele é o bichinho de estimação do pai dele. — Robert. 
- Não fale assim, Rob, ele não tinha ninguém além do pai. Eu sei que está com ciúmes, porque fiquei aquela hora na balsa com ele e não com você como estavamos antes.
- Eu não estou com ciúmes! Não seja boba! — Robert.
- Ah, é mesmo? Então por que há uma foto de Jasper no saco de pancadas?
- Por que eu ainda não confio nele. — Robert.
- E não tem nada haver com a massagem que recebi dele também?
- Onde você quer chegar Elizabeth? — Robert.
- Admita que está incomodado com isso e eu paro.
- Não vou admitir algo que é parte de sua imaginação fértil. — Robert.
- Bem, então não tenho outra opção, terei que apelar.
- Terá que o quê? — Robert.

Dou uma rasteira nos pés de Robert que cai mas também me puxa junto dele. Acabo caindo bem em cima dele, quando tento me levantar ele me segura enquanto olha nos meus olhos.

- Tudo bem, eu admito, não estou gostando de como vocês estão ficando próximos. — Robert.
- Eu sabia!
- Se contar pra alguém não terá mais cabelos ao acordar. — Robert.
- Hahaha, você nunca faria isso, porque sabe que tudo que falamos um pro outro morre no mesmo lugar.
- Eu sei. — Robert segura meu queixo e me dá um beijo leve.
- Robert!
- Nem vem, você nem ao menos me empurrou! — Robert.
- Tem que parar com isso, sabia?
- Por que, se sempre que fizer isso vai me retribuir da mesma forma? — Robert.
- Não diga bobagens.
- Admita, Lobinha. Você adora quando faço isso. — Robert.
- Nunca!
- Então não tenho escolha se não... - Robert me beija de novo, mas dessa vez com mais intensidade. Ficamos no chão por uns 15 minutos, até que ouvimos Sebastian, Victor, Fergus e Anderson nos chamarem, parecendo que iam infartar e decidimos ir até eles.
- O que estavam fazendo? - Sebastian.
- É, procuramos vocês pela casa toda?! - Anderson.
- Foi mal galera, eu estava treinando e a lizi veio me chamar pra jantar, só isso. - Robert.
- É...
- Treinar? Com uma foto do Jasper no saco de pancadas? Depois eu que sou desconfiado. - Fergus.
- Cara, Jasper não é mais nosso inimigo, desencana vai, ele é um de nós agora. - Victor.
- Será? Como sabem que ele não está tramando algo? E depois que encontrarmos o Matthew e livrarmos o pai dele? Será mesmo que ele ainda vai continuar sendo um de nós? Não! Ele vai voltar a ser o bichinho do pai dele e vai por cada um de nós numa cela, sem termos feito nada! Ele está apenas nos usando para achar o pai. - Robert.
- Não acho que ele faria isso Rob. Ele não machucaria a gente sabendo que somos vítimas iguais ao pai dele, Matthew também está atrás de nós.
- Talvez seja isso que ele quer que pense. - Robert.
- Vem lizi, deixa esse paranóico aí, não liga, vamos jantar meu bem. Amanda fez uma comida maravilhosa. - Sebastian diz me segurando pelos ombros e me levando em direção a cozinha.
- Se não acredita em mim, por que não pergunta a ele sobre sua mulher e o que aconteceu com o bebê? - Robert grita atrás de nós.

O que será que deu nele? Simplesmente não pensou em nada antes de falar. Ele está me escondendo alguma coisa, e agora quer que Jasper me conte, como se fosse culpa dele... Não sei por que, mas quero realmente perguntar a ele. O que vou fazer? Será que se eu perguntar, ele realmente vai me contar? É um assunto muito sensível, sei que ele não vai querer me responder, também não posso forçá-lo.

Meu Privado Mundo - Parte 1Onde histórias criam vida. Descubra agora