Capítulo 5☠

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A cada segundo que nos aproximamos da casa da Lee, mas me sinto que tomei a pior decisão da minha vida. Sinto-me como uma bolacha, afundar em um jarro enorme de leite.

Minha mãe e meus amigos estão todos animados no carro, cantando feito loucos a música das Little Mix "power". Estou sentada no banco da frente, enquanto minha mãe conduz e os meus amigos são o coro principal.

"Por favor, estaria para sempre grato, se um policial parasse minha mãe pela música alta."

Mas como sempre, meus pensamentos são sempre lixos orgânicos em minha mente, e nunca são ouvidos por ninguém. Porque neste momento, entramos na rua onde fica a casa da Lee e minha mãe baixa o som da música.

- Eu acho que a ficha acabou de cair. - o Darry diz todo nervoso, e eu não deixo de olhar para ele com uma cara trancada.

- Se queres vomitar, ou soar feito cascata, faça isso lá fora. Porque irás limpar o carro sozinho. - digo e o mesmo sorri para mim, após engolir em seco.

- Alguém aqui está furioso, por não poder usar o disfarce do homem da serra elétrica. - o Adrien diz em um tom de provocação.

- Filho, porquê que estás de mau humor? - minha mãe olha para mim de relance, antes de focar sua atenção na estrada.

" Estar nessa festa, era a última coisa que queria".

- Não é nada mãe, só estou envergonhado por causa do penso em minha testa. - minto olhando diretamente pela janela, vendo a grande casa da Lee.

Minha mãe estaciona devagar o carro na entrada da casa... Estaciona mal, por ser péssima nisso. A música que saí da casa é baixa, para não incomodar os vizinhos e alguns jovens entram, depois de mostrarem os convites na entrada.

- UAU, ela não só vive na rua mais rica de Londres, como também vive na casa mais luxuosa da rua. - o Darry diz ao contemplar a casa pela janela do carro, com a boca aberta, enquanto remove o sinto.

- Onde está escrito que a "Egerton Crescent", é a rua mais rica de Londres? - Pergunto ao tirar o sinto, amanhando meu cabelo.

- Está sempre nas revistas das semanas, nos jornais, na internet e também poderias perceber na sua conta bancária, após comprar uma dessas casas. - o Adrien responde com uma voz de sabichão. - Mas não te preocupes amigo, a sua rua está classificada como a segunda rua mais rica e a nossa é a terceira! - o mesmo toca em meu ombro.

Se foi um elogio, porquê que me senti ofendido?

- Parem com essas hierarquias meninos, somos todos iguais. - minha mãe diz, procurando algo em sua mala. - Entendo que esse penso é muito clichê, por isso irei colocar um transparente e impermeável. - a mesma sorri para mim, mostrando o penso que tirou da mala.

Ela tira o penso antigo da minha testa, colocando o novo. Vejo no espelho assim que a mesma finaliza, quase não dá para ver que tenho um penso na testa.

- Obrigado mãe. - agradeço sorridente, sentindo-me um pouco preparado para essa festa.

- Ainda acho que a tia Hester poderia ser uma médica incrível. - o Darry diz, pegando no seu convite.

- Não é pra tanto queridos. Agora vão que já estão uma hora atrasados. - minha mãe faz sinal com a mão, nos expulsando do carro. - Quando saímos do trabalho iremos ligar, para saber se irão querer ficar na festa. Mas qualquer coisa é só ligarem para nós. - a mesma diz com uma voz amiga.

- Tchau tia Hester. - os meus amigos saem do carro aos pulos, bem ansiosos.

- Tchau mãe, não trabalhem até muito tarde. - dou um beijo na bochecha dela.

Josh White: Por Trás dos Olhos Sombrios.Onde histórias criam vida. Descubra agora