Capítulo 8 ☠

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A vida sempre dá-me um tapa bem forte, sempre que tento fazer um boa ação, em pró de um bem maior... Que nesse caso é manter a culpa fora do meu radar.

Mas agora, estou sendo consumido por uma culpa muito maior, por sentir que estou decepcionando os meus amigos á cada dia que passa.

Sim pessoal.... Seja lá o que estão supondo, deve ser o que está acontecendo agora. A minha querida professora está presa no meu corpo, pior que um íman.

Se um abraço pudesse fazer alguém desgastar, eu já estaria instinto do mundo.

- Queres que ligue para a tia Hester? - a voz do Adrien soa triste, ao sussurrar nos meus ouvidos.

- Por favor, não faças isso. - suplico, virando um pouco minha cabeça em sua direção, enquanto sinto que estou sendo esmagado com o corpo da professora ao meu redor.

- Josh, estamos 20 minutos aqui em pé, porque a professora está vendo a reencarnação do filho dela em ti. Tu não tens culpa disso e não és obrigado a aturar isso. - o Darry resmunga alto, tendo sua paciência já esgotada.

- Vamos esperar o marido dela. Ele disse que tem uma solução que fará ela me soltar. - digo baixo, sentindo-me sem ar, assim que a professora mexe sua cabeça pela milésima vez no meu peito, respirando fundo...

Uma respiração que emana uma felicidade momentânea, e um conforto que irá terminar muito em breve, visto que ela está apenas em uma alucinação.

Assim espero, porque meus pés estão desabando de tanta dor.

- Desculpem a demora. - o marido da professora chega correndo ofegante. - Faz tempo que ela não tem essas crises, então acabei descartando alguns comprimidos dela. Mas encontrei um no carro! - o mesmo força um sorriso, ao mostrar um pequeno frasco castanho.

- O que é isso? - o Adrien pergunta o que todo nós queremos saber.

- É um calmante, que atua após 30 segundos! - o mesmo suspira ao erguer seus olhos para mim cansado.

- Tu querias dizer droga!... Porque isso é uma droga. - minha voz saí um pouco grossa, dando a entender que estou contra o uso dessa coisa.

- Josh... - o Darry grita furioso, lendo meus pensamentos.

- Não te preocupes, todos os comprimidos são drogas, de um jeito ou de outro! Esse calmante foi receitado pelo psiquiatra, para ser usado em um caso como esse. - o homem sorri cheio de confiança, o suficiente para mexer suas bochechas volumosas. - Também só usei uma vez, quando ela teve a primeira crise ao te ver. - o mesmo dá a volta até meus ombros.

Ele segura cautelosamente o queixo da professora que se encontra com os olhos fechados, mas o seu corpo está rijo que nem uma pedra sobre mim. O senhor solta ela, assim que coloca duas gotas em sua boca, e os meus amigos observam cautelosamente.

Já não me lembrava, de que o diretor chegou a chamar o marido da professora, quando ela teve o surto ao me ver nos nossos primeiros dias de aulas.

Estava tão assustado naquela época, que não conseguia enxergar ninguém á minha volta. Tudo que conseguia sentir era o enorme sufoco que a proximidade da professora me causava.

Agora já consigo controlar um pouco esse desconforto!

- Resultou? - o Adrien pergunta esperançoso, olhando fixamente nos braços da professora ao redor da minha cintura.

- Vou pegar ela. - o homem diz, ao se posicionar atrás da esposa e tirar seu corpo que já estava mole e adormecido em mim.

No mesmo instante, sinto meu corpo tão leve, como se pudesse flutuar. Os meus amigos massageam meu corpo, fazendo sumir as dores aos poucos.

Josh White: Por Trás dos Olhos Sombrios.Onde histórias criam vida. Descubra agora