Capítulo 9

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7:00AM.

O som do sinal da escola ecoava pelos corredores. Alguns indo em direção a sua sala, outros se despedindo de seus amigos que são de sala diferentes. Cebolinha foi um dos que foi direto pra sala, aproveitou que a sala tava quais vazia e se direcionou a fileira da porta e se sentou na penúltima carteira.

O resto do pessoal da turma, entravam na sala e se sentavam. Nisso, chega Cascão, ele vê Cebolinha e vai até ele e senta atrás do garoto.

  -Fala Cê

  - Chegou cedo hoje? Que milagre é esse-diz Cebolinha em um tom provocativo

  - Sempre chego cedo, num sei do que se tá falando- rebate Cascão

 
Os dois ficam em uma conversa simples entre os dois. Enquanto isso, Do contra chega e senta no lugar que costuma senta, ao lado da janela. Ele põe sua mochila em cima da bolsa e retira os fones.

Ao olhar pra sua frente, percebe xaveco ali. Ele estranha um pouco e pensa "Cadê o Cebolinha?". Geralmente, Cebolinha costuma senta na frente de Do Contra, não que ele não senta-se em outros lugares.

  - Oh Xaveco -Do contra chama pelo garoto que não o ouve.

Ele pega um pedaço de lápis quebrado que tinham deixado em sua mesa, e joga com força no loiro, que vira pra trás pra vê quem foi e percebe Do contra ali.

  - Que que tu quer?

  - Cadê o Cebolinha? Ele faltou?-pergunta Do contra

  - Ele ta ali no outro lado da sala-aponta pro Cebolinha.

Do contra fica confuso com isso, mais não liga, já qe Cebolinha gostava de muda de lugar.





Era melhor ter notado isso..


《《  《》  》》









Nossas conversas diminuíram, até que o silêncio tomou conta.









Os sorrisos já não eram os mesmos, como se algo tivesse se perdido.









O tempo entre nós virou um vazio que não sabíamos preencher.









As palavras ficaram presas, como se não houvesse mais o que dizer.








Cada dia que passava, sentia você mais distante, como um sonho que desvanece.









Nosso laço foi se desfazendo em fragmentos que caíram sem que percebêssemos.










Meses se passaram desde que Cebolinha começou a se afastar. No começo, ele achava que era a coisa certa a fazer. Estava confuso demais, e a presença de Do Contra só piorava a bagunça na sua cabeça. A ideia de gostar de outro garoto o deixava desconfortável, então, sem saber o que fazer, ele escolheu a saída mais fácil: se afastar.

Do Contra percebeu. Ele tentou entender o que estava acontecendo, mas nunca recebeu uma explicação clara. Depois de algum tempo, cansado de ficar se questionando, decidiu enterrar os sentimentos que começava a nutrir por Cebolinha. Era doloroso, mas ele precisava seguir em frente. A amizade que tinham já não era mais a mesma, e ele não via sentido em insistir. Jogou fora o que sentia, ou ao menos tentou.

Agora, eles mal se olhavam. Na sala, Cebolinha sempre se sentava longe, quase como se quisesse apagar qualquer vestígio da relação que já tiveram. Do Contra, por sua vez, havia parado de tentar puxar assunto, parado de esperar que o amigo se aproximasse. Para ele, aquilo tudo já estava morto.

Mas, apesar disso, Do Contra ainda pensava em Cebolinha de vez em quando. Quando o via de longe, mexendo no celular, uma memória vaga surgia. Ele se lembrava de como o Cebolinha sorria de lado, meio tímido, quando achava algo engraçado. Era estranho, mas por mais que tentasse, ele ainda não conseguia esquecer completamente o que sentia.

Cebolinha, por outro lado, sentia um vazio que não sabia explicar. Ele achava que se afastar resolveria as coisas, mas agora tudo parecia pior. Ele lembrava dos poucos momentos que teve com Do Contra, e como o amigo sempre o compreendia. Do Contra estava ao seu lado nas piores horas, sempre disposto a ajudar sem cobrar nada. A ausência dele agora era quase palpável.

Cebolinha se pegava pensando nas conversas que tiveram, nos conselhos que recebeu. "Ele foi o único que realmente me entendeu", pensava, com uma pontada de tristeza. Do Contra tinha sido muito mais que um amigo, ele foi uma das poucas pessoas que o aceitava como ele era, sem questionar, sem forçar.

Mas, agora, tudo isso parecia distante. A escolha que fez de se afastar começava a pesar. E, quanto mais o tempo passava, mais ele sentia que talvez tivesse feito um erro terrível.








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