Capítulo 19

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Mônica e Magali estavam ajudando o pessoal a organizar o local, com Mônica no comando como de costume. As duas ficaram de dar uma força para Franjinha, que trouxe alguns aparelhos para dar um toque especial na iluminação e no som da festa.

— Ai, Mônica, me lembra de nunca mais aceitar um convite desses. — reclamou Magali, se abanando com a mão, já cansada. — Eu devia estar em casa, assistindo TV e comendo...

— Pára de reclamar, Magali! — bufou Mônica, ajeitando a posição de uma das caixas de som. — Vai ser legal, relaxa.

Nem parece que era a Mônica que não tava de acordo com a festa.

Do outro lado do espaço, Irene estava sentada junto com Titi e Cebolinha, olhando de vez em quando para o celular. De repente, ela se levantou e, com as mãos na cintura, gritou:

— Ô, galera! Vamos agilizar isso aí! Quero ir pra casa logo!

— Não me apressa não Irene, buceta... — Franjinha respondeu sem paciência, concentrado em arrumar uns cabos.

Cebolinha, ouvindo a resposta, soltou uma risadinha, quase engasgando com a própria saliva.

— Misericórdia... ainda bem que eu não disse nada.

Magali, já sem forças para reclamar, se sentou ao lado de Titi e Cebolinha para descansar um pouco, apoiando a cabeça nos braços.

— Preciso comer alguma coisa... tô fraca... fraca... — ela suspirou, dramatizando, deitando no chão e fechando os olhos como se tivesse perdido todas as energias.

De repente, Magali se levantou num pulo, como se tivesse lembrado de algo importante:

— Ei, pessoal, vai vir todo mundo da escola pra cá? — perguntou, piscando os olhos, ainda meio sonolenta.

— Claro que não, Magali. — Irene revirou os olhos. — Só o pessoal do 2º ano, e olha lá, ainda cortamos uns da lista. Não vai ser um festival.

Depois de algumas horas, finalmente Franjinha deu o sinal de que tudo estava pronto. Eles começaram a recolher o material restante e algumas garrafas e lixos que estavam espalhados.

— E agora, onde vamos jogar tudo isso fora? — Magali perguntou, olhando para as caixas com cara de quem não queria carregar nada.

— A gente joga na lixeira da escola, ué. — Titi deu de ombros, como se fosse a solução mais óbvia do mundo.

Irene, com uma sobrancelha levantada, lançou um olhar afiado para ele:

— Sério, Titi? E quando alguém da secretaria ver essa bagunça no lixo da escola, o que você acha que vai acontecer? — ela cruzou os braços, esperando uma resposta.

Titi coçou a cabeça, sem saber o que responder:

— Ah, sei lá... a gente diz que foi de algum evento esportivo?

— Você realmente não pensa, né? — Irene suspirou fundo. — Só leva isso pra fora e vamos logo pra casa.

Com Irene no comando, todos começaram a carregar as coisas para fora, com Mônica saindo na frente, batendo os pés de leve no chão, ainda contrariada por ter que ajudar até o fim. Magali seguia logo atrás, apressando o passo, com medo da escuridão.

Franjinha e Titi também foram, carregando as últimas caixas, e no final sobraram apenas Irene e Cebolinha. Eles estavam caminhando pelo corredor da escola quando Irene percebeu que Cebolinha parecia pensativo, o olhar perdido.

— O que foi, Cebola? Tá com cara de quem tá com um problema sério... — Irene perguntou, curiosa, inclinando um pouco a cabeça para olhá-lo de lado.

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