Capítulo 17

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Saindo da escola, Cebolinha olhava para o céu nublado, que ameaçava uma chuva a qualquer momento. Ele sempre gostou de dias assim, traziam uma paz e tranquilidade que ele precisava na sua vida.

— Ninguém vai estar em casa hoje... isso é uma coisa boa. — sorriu de leve, começando a caminhar para casa.

Do Contra surgiu de repente, abraçando Cebolinha por trás. Ele se virou rapidamente, percebendo que era seu namorado. Cebolinha gostou do gesto, mas lembrou que estavam muito perto do portão da escola.

— DC! Aqui não! — franziu um pouco a sobrancelha.

Do Contra fez uma cara emburrada, mas logo algo pareceu surgir em sua mente.

— Que tal passar o dia lá em casa, hein, Cê?

— O dia...?

— Sim, podemos fazer várias coisas: assistir, comer, jogar, conversar, trocar carícias ou... — ele foi interrompido por Cebolinha, que ficou corado.

— Tá bom! Entendi. — Cebolinha sorriu sem jeito. — Eu vou... não tem ninguém em casa me esperando, só meu cachorro. — Ele falou em um tom leve, mas a frase parecia carregar algo mais profundo, quase como se resumisse a solidão em sua vida.

《《  《》 》》

Na casa de Do Contra, Cebolinha tinha acabado de sair do banho. Vestia uma roupa emprestada, e o calor do banho ainda relaxava seu corpo. Ele foi até a sala, onde Do Contra estava no sofá, escolhendo um filme. Quando o viu, Do Contra deixou o controle remoto de lado e abriu os braços. Cebolinha sentou no colo dele, e Do Contra envolveu seus braços em volta da cintura do namorado, sentindo o toque suave da pele dele.

— Escolhi "Gato de Botas 2", amor. Nunca assisti. E você? — Do Contra inclinou a cabeça pra cima, olhando para o rosto de Cebolinha.

— Também não, mas me falaram que é bom... — Antes que ele pudesse continuar, o som do micro-ondas apitou na cozinha.

— Ah, a pipoca! Fiz pipoca de micro-ondas. — Do Contra disse, levantando-se para ir buscá-la.

— Deixa que eu pego. — Cebolinha se levantou e foi até a cozinha.

Lá, ele colocou a pipoca em uma vasilha, algo simples, mas funcional. Voltou pra sala, onde Do Contra já estava debaixo da coberta, esperando. Cebolinha se aconchegou ao lado dele, ambos debaixo da coberta, e o filme começou. A chuva batia suavemente contra a janela, criando um clima confortável.

Conforme o filme avançava, o tempo parecia passar rápido. Já quase no final, Do Contra deu uma olhada para Cebolinha, que estava distraído, com os olhos presos na tela. Ele achou o namorado lindo daquele jeito, com o rosto suave e despreocupado. Num movimento rápido, Do Contra virou o rosto de Cebolinha e selou seus lábios num beijo intenso.

O beijo durou mais do que ambos esperavam, e quando se separaram, apenas um fino rastro de saliva os conectava. Cebolinha ficou ofegante, o rosto completamente vermelho de vergonha, enquanto Do Contra lambia o canto da própria boca com um sorriso satisfeito.

— Você é... — Cebolinha tentou falar, mas a vergonha não deixou. Ele levou a mão ao rosto, tentando esconder a vermelhidão.

Do Contra segurou a mão dele com firmeza, afastando-a devagar.

— Não se esconde de mim, Cê... — Do Contra murmurou, deitando Cebolinha no sofá com cuidado, ficando por cima dele.

Cebolinha ficou assustado, sem saber o que Do Contra faria. Ele sentiu um arrepio quando Do Contra começou a distribuir beijos pelo seu pescoço, e antes que percebesse, uma mordida suave deixou uma marca ali.

— D-Do Contra... — Cebolinha soltou um leve gemido abafado, enquanto Do Contra se afastava, satisfeito com o resultado.

— Sua pele é tão branca... foi fácil de marcar. — Do Contra disse, orgulhoso da marca deixada no pescoço do namorado.

Cebolinha, ao perceber o que aconteceu, correu até um espelho pequeno na sala para ver a marca.

— Você deixou uma marca em mim!? — Ele deu um tapa leve no braço de Do Contra, emburrado. — Como vou esconder isso agora, hein?

Do Contra deu de ombros, com um sorriso irônico.

— Põe um curativo e diz que se machucou.

Cebolinha fez uma cara emburrada, suas bochechas cheias de ar o deixando ainda mais fofo. Do Contra não resistiu e deu um selinho nele, rápido, mas cheio de carinho.

A cena cortou para mais tarde, já bem de tarde. Os dois estavam deitados no sofá, dormindo de conchinha. Cebolinha, sendo a concha menor, estava completamente aconchegado no abraço de Do Contra. O filme já havia acabado há tempos, mas a TV ainda estava ligada, iluminando o ambiente com uma luz suave.

Nimbus chegou em casa, reclamando baixinho para si mesmo sobre o dia com o Titi.

— Odeio sair com ele, me obrigou a fazer um monte de exercício... — murmurou enquanto tirava os sapatos.

Ao passar pela sala, ele viu a TV ligada e franziu o cenho.

— Quem deixou isso ligado? — Perguntou a si mesmo, achando que fosse Do Contra.

Mas, quando foi desligar, ele viu os dois no sofá, dormindo. Nimbus deu um sorriso travesso, mas logo o achou fofo. Pegou o celular e tirou uma foto dos dois dormindo juntos, de conchinha, antes de sair de fininho para não acordá-los.








Um capítulo fofinho. Eu achei🍓^^

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