Capítulo 22

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Era uma tarde ensolarada, e os garotos estavam juntos na quadra no centro do parque. As aulas já estavam quase terminando e, como não havia tantas tarefas da escola, eles decidiram sair para aproveitar o tempo livre.

Naquele momento, jogavam basquete, mas como estava fazendo um calor considerável, com o sol batendo forte na quadra, era inevitável que alguns ficassem exaustos, suando bastante. Cebolinha, que estava entre eles, parou para descansar e foi sentar em uma parte da quadra onde havia sombra.

Ele pegou sua garrafa de água e molhou o rosto para se refrescar.

— Cansou já, Cebola? — disse Cascão, sentando-se ao lado dele.

— Sim… sai fora, tá quente demais hoje. — respondeu, abanando-se um pouco.

Cascão pegou a garrafa de Cebolinha e tomou um gole, quando Do Contra se aproximou dos dois.

— Vão querer sorvete? — perguntou Do Contra.

— Se for pago, eu quero. — Cascão respondeu de imediato.

— Você vai comprar onde? — Cebolinha perguntou, levantando os olhos para conseguir enxergar Do Contra por causa da luz do sol.

— Tem uma sorveteria ali na esquina. Vamos comigo?

— Tá legal, me ajuda a levantar. — Cebolinha estendeu a mão para ele, que a segurou, puxando-o para cima.

Enquanto os dois se afastavam, Cascão gritou, ainda de longe:

— EU QUERO DE CHOCOLATE!

Caminharam até a sorveteria. Quando chegaram, a atendente, uma jovem aprendiz, os recebeu. Os garotos foram até o freezer escolher seus sabores, enquanto a atendente, Tayane, encarava Cebolinha e Do Contra de forma um tanto prolongada. Nesse momento, uma outra garota, chamada Luma, apareceu com algumas caixas e as colocou ao lado do balcão.

— Tayane, essas caixas você coloca lá no fundo, cuidado, tem coisas frágeis aqui. — disse Luma, sem receber resposta.

Confusa, Luma seguiu o olhar da amiga e percebeu que ela estava fixada em Cebolinha e Do Contra.

— E aí, Tayane? Achou eles bonitos? — Luma perguntou, com um sorriso malicioso.

— Se eu te disser que sim? — respondeu Tayane, corando um pouco.

Luma olhou de volta para os garotos.

— Nossa... os dois são meu tipo. Um desses melhoraria minha vida inteira.

— Eu gostei mais daquele de blusa branca. — disse Tayane, referindo-se a Cebolinha. — Ele é fofo. ♡

— E o de camisa preta, o japinha ali? — Luma apontou discretamente para Do Contra.

— Tem cara de que me quebra toda na cama, mas gosto mais dos fofinhos. — respondeu Tayane, rindo.

— Eu prefiro assim mesmo, que me macete até eu não aguentar mais, me faça chorar de tanto… — Luma começou a rir.

— Será que pedimos o número dos dois? — sugeriu Tayane.

— Bora, tô solteira faz um tempo. — respondeu Luma, cheia de confiança.

Enquanto isso, Cebolinha e Do Contra já tinham escolhido seus sorvetes e foram até o caixa. Tayane, visivelmente interessada, olhava discretamente para eles, enquanto Luma se aproximava, fingindo estar apenas ajudando.

Do Contra pegou um picolé de um sabor que ele nunca tinha experimentado.

— Amor, cê gosta desse sorvete de... nuvem? — perguntou, casualmente.

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