Talvez...Faça Sentido?

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CLUBE DE CAMPO VERDES PRADOS, WINDVILLE. 10:38 DA MANHÃ.

Elena e Tony caminhavam lentamente pelo que restava do clube de campo Verdes Prados. O silêncio era quase insuportável, interrompido apenas pelo som de seus próprios passos sobre o chão rachado e pelas folhas secas que o vento carregava. O clube, antes vibrante e cheio de vida, agora parecia abandonado há décadas. A piscina estava suja e coberta de algas, as quadras de tênis estavam tomadas pelo mato e as janelas do prédio principal estavam todas quebradas. A estrutura que antes era familiar e acolhedora, agora parecia algo saído de um pesadelo.

Elena olhava ao redor, atordoada, tentando compreender o que tinha acontecido.

— Como... como isso é possível? ela perguntou, sua voz tremendo. — A gente estava aqui há alguns minutos. Tudo estava normal.

Tony caminhava ao seu lado, seus olhos atentos ao ambiente, tentando achar uma explicação lógica. Ele olhou para as quadras de beach tennis, agora cobertas de areia suja e destroços, e balançou a cabeça, incrédulo. Não tem como o clube ter ficado assim em tão pouco tempo. Algo estranho está acontecendo.

Elena se aproximou de uma velha cerca, agora enferrujada, e correu os dedos pelos fios, sentindo o metal corroído.

— Você acha que... a gente viajou no tempo? Ela virou-se para Tony, sua expressão cheia de incerteza, mas com uma centelha de esperança de que ele pudesse ter uma resposta.

Tony deu uma risada nervosa, mas o medo em seus olhos era evidente.

— Viajar no tempo? Ele suspirou, tentando manter a calma. — Isso seria... improvável. Muito improvável.

Elena abaixou a cabeça, desapontada, mas então Tony acrescentou, hesitante, olhando ao redor como se quisesse ter certeza de algo antes de falar.

— Mas talvez... talvez a gente não tenha viajado no tempo. Talvez... estejamos em outra realidade. Ele disse a última parte em voz baixa, quase sussurrando, como se tivesse medo de que pronunciar aquelas palavras em voz alta pudesse torná-las reais.

Elena olhou para ele com uma mistura de ceticismo e medo.

— Outra realidade? Ela franziu a testa. — Isso seria ainda mais louco do que viajar no tempo.

Tony encolheu os ombros.

— Pode parecer, mas nada disso faz sentido. É como se... estivéssemos no mesmo lugar, mas não estamos mais no mesmo mundo.

Elena olhou ao redor mais uma vez, o desconforto crescendo em seu peito. O que quer que estivesse acontecendo, não era algo normal, isso era claro.

— E o Ethan? Onde ele está? Ela perguntou, preocupada.

Tony apertou os punhos, determinado.

— Não sei... mas precisamos encontrá-lo. E também precisamos descobrir o que aconteceu aqui.

Elena concordou, mas uma sensação estranha a invadia. O clube parecia diferente, como se estivesse vivo de uma maneira perversa.

— Vamos, então. Disse, tentando esconder o medo em sua voz. Temos que sair daqui o quanto antes. Algo não está certo.

Tony assentiu, e os dois continuaram a andar, o silêncio do clube abandonado os cercando, enquanto tentavam entender onde ou quando estavam, e o que havia acontecido com Ethan.

Elena e Tony continuavam a caminhar em direção à saída do clube, o coração de ambos acelerado, a respiração pesada pelo esforço e pela tensão. O silêncio era perturbador, interrompido apenas pelo vento que soprava entre as árvores e pelos passos cautelosos deles. O clube parecia deserto, mas ao se aproximarem do portão principal, avistaram uma figura.

A Sociedade de Verdes PradosOnde histórias criam vida. Descubra agora