09. ENTRE PALAVRAS

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O clima na fazenda continuava tranquilo, e os dias passavam de forma pacífica. Mantive minha rotina de reforçar as medidas de segurança ao redor da propriedade, mas, aos poucos, passei a dedicar mais a metade do tempo a Leo. Eu ainda não estava totalmente à vontade no papel de cuidadora, mas algo na inocência do menino me atraía, despertando um instinto de proteção mais profundo, de verdade, não sei explicar como.

Naquela manhã, enquanto Hailee se ocupava com tarefas na cozinha, Leo correu para fora, empolgado para explorar mais da fazenda. Eu estava perto do celeiro, instalando câmeras de vigilância, quando ouvi o menino chamando.

S/n: - Tia Sn! Tia Sn! - Leo gritava, segurando um pequeno brinquedo em uma das mãos enquanto corria em minha direção.

Sn: - O que foi, Leo? - olhei para ele e, embora não fosse de demonstrar afeto abertamente, dei um sorriso sutil.

Leo: - Olha! Eu encontrei uma borboleta! - Ele apontou para o pequeno inseto que voava ao redor da gente.

S/n: - Ela é linda, não é? As borboletas sempre parecem tão livres. -Me aproximo de Leo, observando a borboleta com interesse.

Leo: - Ela voou longe. - riu, encantado pela simples beleza do momento. Ele tentou seguir a borboleta por um instante, mas não a alcançou.

S/n: - Borboletas fazem isso. Estão sempre em movimento, procurando algo novo. - olho para Leo. - Você também parece estar sempre procurando por aventura, hein?

Leo: - Gosto de explorar. - O menino deu de ombros, com um sorriso travesso.

Eu não pude deixar de admirar o espírito curioso de Leo. Embora estivesse ciente da responsabilidade que tinha em mantê-lo seguro, algo na pureza e na simplicidade de seus desejos me faziam querer me conectar ainda mais com ele. Sei que Hailee confia em mim para proteger seu filho, mas, ao mesmo tempo, sentia que poderia desempenhar um papel mais significativo na vida do garoto, então tive uma ideia.

S/n: - Venha, Leo, me ajude com isso. - falei gesticulando para as câmeras que eu ainda iria instalar. - Eu preciso de um ajudante para segurar as ferramentas.

Leo, animado por ser incluído, correu para ajudar. Embora a tarefa fosse simples, ele parecia feliz por estar ao meu lado fazendo o que eu sempre faço, e parece que a dinâmica entre nós começava a se desenvolver de forma orgânica.

Enquanto trabalhávamos juntos, Hailee nos observava de dentro da casa, sorrindo levemente ao ver como Leo e eu estávamos criando uma conexão. Ela sabia que, embora a situação fosse perigosa, aquele tempo na fazenda estava dando a todos a oportunidade de se reorganizar e se curar. Eu, sempre tão reservada, parecia estar relaxando aos poucos na presença de Leo, e isso trazia uma sensação de esperança para mim, talvez não seja tão ruim passar um tempinho com uma criança, a maioria delas são chatas e mimadas, mas o Leo é muito diferente, ele não gosta de incomodar, sempre está calmo e contente com qualquer coisa. E pra alguém que trabalhava com garçonete em uma boate, tendo que manter uma criança quieta durante a noite, Hailee foi abençoada pelo seu filho, pois é difícil achar um menino calmo desse jeito.

Mais tarde, naquele dia, todos nós nos reunimos na sala de jantar da fazenda para uma refeição tranquila. Kara havia ido e retornado da cidade, como tem mais gente na casa, os suprimentos acabam rápido, e minha irmã trouxe mais suprimentos para os próximos dias. O ambiente estava acolhedor, e o som da conversa ao redor da mesa era suave.

INTERTWINED BY DESTINY  (Hailee/you g¡p)Onde histórias criam vida. Descubra agora