INTERTWINED BY DESTINY (Hailee/you g¡p)

10. SENTIMENTOS CODIFICADOS

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Os dias tranquilos na fazenda continuavam, e a minha rotina de segurança se tornava mais automática. Contudo, algo havia mudado. Meu foco não estava mais apenas em vigiar e proteger; eu comecei a me sentir parte daquele pequeno refúgio.

Leo, com seu jeito curioso e afetuoso, havia me conquistado de maneira inesperada, e o vínculo que víamos construindo já não parecia mais forçado. Cada interação simples entre nós era uma oportunidade pra eu perceber que, mesmo com minha personalidade reservada, eu sou capaz de nutrir laços genuínos.

Nessa manhã, enquanto Hailee preparava o café da manhã, Leo se aproximou de mim com um de seus livros de história preferidos em mãos.

Leo: - Tia S/n, você pode ler pra mim? - Leo perguntou, com aquele olhar que comecei a entender como sendo seu pedido silencioso por atenção.

Olhei para ele por um segundo, surpresa. Eu não era do tipo que lia histórias para crianças, mas algo na confiança que Leo demonstrava ao pedir me fez concordar.

S/n: - Claro, vamos ver o que você trouxe. - peguei o livro e me acomodei no sofá, enquanto o garoto se aconchegava ao meu lado.

Enquanto lia, pude notar Hailee observando da cozinha com um sorriso suave no rosto. Era evidente que ela se sentia aliviada por ver Leo se conectando com alguém que não só o protegia fisicamente, mas também estava começando a abrir espaço, mesmo que aos pouquinhos. Dá pra ver em cada expressão dela, cada palavra, cada ação, faz com que eu perceba que estou fazendo algo certo, é uma área menos desconhecida agora, mas ainda tenho muito o que aprender com eles.

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Com o passar dos dias, eu sentia que algo estava mudando dentro de mim. Não era apenas o alívio de estar longe de Gassman, também era o fato de que, na presença de S/n, eu me sentia segura de um jeito diferente. Havia algo na maneira firme e silenciosa dela que me fazia confiar mais do que jamais imaginei ser possível confiar em alguém.

Já tentei, ensaiei várias vezes na minha cabeça, dizer isso pra ela, mas fico com medo dela pensar coisas erradas sobre mim, se fosse comigo, com certeza acharia estranho alguém me agradecer por transmitir segurança, ou talvez eu esteja pensando demais ela nem dê tanta importância.

Naquela tarde, enquanto Kara cuidava de alguns animais da fazenda, decidi sair um pouco para respirar o ar fresco. S/n fez questão em me acompanhar, como sempre, para garantir que tudo estava seguro. A gente caminhamos em silêncio por um tempo, observando as vastas terras ao redor.

Hailee: - Você tem feito um trabalho incrível com Leo. - disse de repente, quebrando o silêncio, já ela me olhou de lado, surpresa com meu comentário.

Sn: - Ele é um bom garoto. Não é difícil gostar dele. - sorri ao ouvir isso.

Hailee: - Eu sei que não foi fácil para você abrir espaço para isso. Quero que saiba que aprecio tudo que você tem feito por nós dois. - Por um momento, S/n ficou sem palavras. Acredito que é raro alguém reconhecer seus esforços dessa maneira.

S;n: - Eu só estou fazendo o que é necessário. - respondeu de maneira contida, mas eu notei que havia uma vulnerabilidade em sua voz.