Capítulo 1

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"Porque se eu pudesse ver seu rosto mais uma vez... Eu poderia morrer um pouco mais feliz..."
All i want - Kodaline

Acordo com a miserável da Mabel no pé do meu ouvido.

—"Aubrey, acorda, tem escola hoje mana"

Jogo o meu travesseiro no chão, e me sento lentamente na beira da cama.

— Eu já não aguento mais aquela escola do demônio, só queria dormir, mas eu lastimosamente não posso, porque tenho que ir pra esse inferno — falo furiosa.

Mabel que estava no celular, não prestou atenção em nenhuma palavra minha, apenas me ignora e saí do meu quarto, sem fechar a porta, pra variar.

— Abomino essa garota. — Me levanto da cama e vou correndo para o banheiro, que ficava dentro do meu quarto.
Me olho no espelho e observo o quanto estou ridiculamente acabada, passei a noite inteira em claro por conta de uma coruja desgraçada que não parava de cantar aqui do lado. Tiro todas as minhas roupas e jogo-as no chão, ficando completamente nua. Entro no box e ligo o chuveiro, sentindo a água gelada entrar em contato com a minha pele.
Se passou uns 6 minutos e eu saí de lá, saio do box e visto um roupão e ponho uma toalha na cabeça, passo pela porta do banheiro entrando no meu quarto, vou em direção ao meu guarda roupa, procurando o meu uniforme, que pelo visto não estava lá.
"Onde diabos eu enfiei esse uniforme"
Até que me viro pra porta do quarto e observo Pierre, com a minha saia e a minha blusa, o mesmo estava com um sorriso travesso no rosto."Eu vou te matar garoto"

— Tá procurando isso aqui Aubrey? — diz com uma cara de malandro.

— Me devolve a porra desse uniforme, eu vou acabar com a tua raça.

— Se você fosse menos boca suja, até que ia.

— Pierre, me devolve, não tô no clima pra brincadeirinhas — falo mais calma.

— Ahh, deixa eu ver... Não. — Provoca, deixando-me mais enraivada.

Não penso duas vezes e corro atrás de Pierre, o mesmo logo corre e desce as escadas rapidamente, até que eu pego a minha pantufa de Hello Kitty e taco na sua cabeça, fazendo-lhe me entregar o meu uniforme.

— Eu disse que ia te pegar. — falo com confiança e admirando o belo esmalte vermelho que havia em minhas unhas.

— Que droga garota, a merda da louça cê não quer lavar. 

Ignoro a sua provocação e subo de volta para o meu quarto.
Ponho uma blusa branca e uma saia preta e vermelha quadriculada, coloco o meu casaco preto por cima da blusa branca, e a minha gravata que era do msm tecido e estampa da minha saia.
Penso em qual penteado eu uso hoje, e vou apenas com um rabo de cavalo com duas mechinhas de cabela soltas na frente. Nos pés ponho apena um Air Force branco, e termino meu look.
No rosto eu passo apenas um corretivo, blush, rímel e gloss, não quero fazer algo muito elaborado hoje. Desço as escadas e vejo a minha mãe pondo um prato de panquecas emcima da mesa, e um copo de suco de laranja ao lado da cadeira que meu pai ia se sentar.

— Bom dia meu amor. — minha mãe diz enquanto passa geleia de framboesa em uma torrada. 

— Bom dia dona Rosalie. — A mesma da um sorrisinho meigo, que me faz rir também.

A melodia do amorOnde histórias criam vida. Descubra agora