Jisung nutria uma paixão secreta pelo melhor amigo de seu irmão e sabia que Minho apenas o via como o pirralho do irmão caçula de Kai.
Minho, no entanto, sempre esteve o observando ou pelo menos observava até o seu garoto se mudar de país.
Anos de...
Ops! Esta imagem não segue nossas diretrizes de conteúdo. Para continuar a publicação, tente removê-la ou carregar outra.
Aluguei um iate de 25,2 metros de comprimento e três andares para o nosso encontro. No segundo andar, eu derramava champanhe em duas taças enquanto Jisung aguardava sentado no estofado e o servi com frutos do mar também.
— Champanhe? Não tinha outra bebida melhor? — torceu o nariz, insatisfeito.
— Posso pegar uma vodka do frigobar se você quiser — dou de ombros e deixo minha taça vazia sobre uma mesinha.
Ele vira todo o conteúdo da taça dele.
— Ou não... — murmurei.
Gravity de Cat Dealers tocava no meu Spotify, a música combinava com o tempo ensolarado.
— Você poderia ter dado um lance em qualquer pessoa — Jisung cerrou os olhos para mim. — Por que eu?
— Porque você era o mais bonito — fico de joelhos para tirar os sapatos dele e pego o protetor solar de cima da outra mesinha. — Porque eu quis e porque eu não deixaria nenhum homem comprar você.
— Fala como se tivéssemos algum compromisso — desviou o olhar, rindo com escárnio.
— Isso seria ruim? — coloquei uma quantidade razoável de protetor solar nas mãos e comecei a passar nas suas pernas.
Jisung me olha com desdém.
— Qual é a sua?
— Como assim? — alisei sua perna e ele me deu um chute. — Amo o seu jeitinho bruto, aliás você tem pés lindos.
— Qual é a sua, Minho? O que quer de mim? Você nunca foi assim comigo antes e agora fica aí correndo atrás de mim feito um cachorrinho — ele fala, sereno e sinto algum perigo nisso.
— Também estou me perguntando isso — faço massagem nos seus pés, olhando-o com um sorrisinho de lado.— Na verdade, até acho que já tenho a resposta.
Me aproximo para conseguir um beijo e ele estica a perna, colocando o pé na minha cabeça e fazendo com que eu me curve diante dele.
Filho de uma... ele sabe que é só estalar de dedos que vai ter o que quiser de mim.
— Desembucha — tirou o pé da minha cabeça e cruzou as pernas que atraíam tanto meu olhar.
Agora ele vai ter ouvir o que tenho para dizer.
— Eu sou louco por você, não vê isso? Contei os dias pra você voltar e desde que voltou a minha mente só se resume a você. É isso que quer ouvir? Porque é isso o que você está fazendo comigo e eu sinto que vou ficar doente se não te ter pra mim — falei tudo o que estava guardado dentro de mim. — Você pode não sentir mais nada, mas eu ainda sinto. Você não sabe o quão difícil estava sendo pra mim... pensei que as coisas não podiam ficar piores quando perdi o seu irmão, até que tudo ficou acabado quando você foi embora e sequer pude me despedir. Passei cinco anos com a porra de um buraco no meu coração, magoado pelo o que fiz com você e pela dor de achar que nunca mais iria te ver — continuei, ouvindo minha voz trêmula. Os olhos púrpura de Jisung espelhavam como eu me sentia, abalado. — Você pode não acreditar em mim e achar que é tudo repentino, mas eu sempre me importei com você... sempre estive te observando de longe quando não podia chegar perto.
