Jisung nutria uma paixão secreta pelo melhor amigo de seu irmão e sabia que Minho apenas o via como o pirralho do irmão caçula de Kai.
Minho, no entanto, sempre esteve o observando ou pelo menos observava até o seu garoto se mudar de país.
Anos de...
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Felix me solta de seu abraço apertado e Bangchan me cumprimenta em seguida. Acho que nunca fui tão abraçado em toda minha vida.
— Que saudade — Changbin praticamente esmagou meus ossos com seus brações musculosos. — Eu lembro de você quando era pitico.
— O tempo passa tão rápido — Hyunjin segura meus ombros e aperta minha bochecha.
— Parece a minha mãe falando — Bangchan fez uma careta.
Então eu o vi se aproximando e a porra do meu coração teve que errar uma batida logo ao me deparar com o homem alto e loiro de regata e corrente no pescoço. Ele só ficou melhor com o passar dos anos, mais velho, mais forte e mais gostoso. Maldito seja.
Ele fechou os dois braços e a tatuagem de caveira com rosas pretas em seu pescoço teria sido a que mais me chamou a atenção se não fosse pela tatuagem de olhos púrpuras em seu antebraço.
Olhos semelhantes aos meus.
— Você deve ser o Jisung, eu sou o Seungmin — um cara bonito me cumprimentou. — Parabéns pela corrida, você mandou bem.
— Prazer em te conhecer — sorrio simpático.
Com ele por perto era difícil prestar atenção em qualquer coisa ao meu redor que não fosse ele. Minho tinha essa energia que insistia em me puxar para Lee.
Odeio que depois de todos esses anos ele ainda tenha esse efeito sobre mim.
— Eu conheci o seu irmão — Seungmin fala. — Sinto muito pelo o que aconteceu.
— Oi — Minho vem até mim, ficando ao lado de Seungmin.
— Oi — tento parecer que não estou tão tenso quanto realmente estou por falar com ele.
Uma garota ruiva aparece, se jogando nele e o beijando de repente. Desviei o olhar da cena, mesmo assim senti seu olhar permanecer em mim.
— Jisung! A sua volta tá sendo assunto por aqui — ela diz, amigável e carismática. — Me chamo Ningning — soltou-se dele e apertou minha mão. — Vai rolar uma festa na casa do meu namorado, você quer vir com a galera?
— Namorado? — olhei imediatamente para Minho, curioso.
— Oh, ele não — ela deu uma risada e eu fiquei mais confuso ainda. — Meu relacionamento é aberto — explicou e eu fiz que compreendi, balançando a cabeça.
— Eu devia tentar isso... — digo, os pensamentos indo para algumas atrás em Seul.
—Super recomendo — ela fala como se contasse um segredo ao mesmo tempo que parecia ter tomado muito energético. — É uma dor de cabeça a menos.
— Não é pra mim — gesticulei, sorrindo. — Sou muito ciumento com o que é meu.
— Eu também sou — Minho se intromete, o olhar escuro e intenso demais conectado ao meu. Um olhar que instintivamente devolvi da mesma maneira.