Seoul, Gangnam
5 anos depoisSeguro uma placa com as duas mãos
algemadas enquanto sou fotografado antes de ir para a cela.O policial me instrui a olhar para frente e para os lados. Sorrio para a câmera e faço algumas poses, divertindo-me como se eu não estivesse indo preso por correr ilegalmente.
Para a minha sorte sou um riquinho privilegiado e quem me tirou daqui foi o meu querido primo Beomgyu.
Vejo o sol nascer, surgindo entre os
prédios altos através da janela do carro.— Sabe que corridas clandestinas são
ilegais, né? — Beom virou uma quadra. Eu mal via a hora de chegar em casa, tomar um banho e dormir.— Ah, jura...? — rolei os olhos.
-— Essa é a última vez que eu limpo a sua barra — me deu uma olhar de julgamento. — Eu tô falando sério, Jisung.
— Tudo bem, você não vai precisar mais mesmo — dou de ombros. — Em alguns dias vou estar bem longe daqui.
Sinto raiva só de pensar nisso e como não tem muito o que fazer quanto a respeito o jeito foi ignorar o que estava acontecendo a minha volta nos últimos dias. Todo esse planejamemto para se mudar de Seul e o clima de despedida da família me obrigava a fingir estar totalmente
alheio as coisas.— Finalmente decidiu que vai?
— Se eu decidi? — eu ri, sarcástico. — Eu nem tenho esse poder de escolha, priminho. Simplesmente sou obrigado a ir com eles de um jeito ou de outro.
— Eu entendo, Você odeia a Florida — ele é compreensivo. — É um lugar que te representa coisas ruins pelo o que já me contou.
— Sim... — virei o rosto novamente para a janela e avistei os muros enormes da mansão vintage da família Han erguendo-se impotente, indicando que estávamos chegando.
Quero ficar em Seul, aqui é o meu lugar. Eu não posso voltar para lá.
Chegando em casa fui direto para meu quarto, tomei um banho de banheira com sais.perfumados e relaxantes, vesti uma roupa bonita e me arrumei mesmo que para ficar em casa. Eu já tinha perdido a porra do sono de qualquer forma com esse tanto de parente falando ao mesmo tempo, não que eu odiasse dividir uma casa tão desnecessariamente
grande, mas assim como tinha os prós também tinha os seus contrasEnfim desci para me juntar ao café da manhã em família.
Acho que demorei tanto para me adaptar morando com eles aqui em Seul que acabei gostando mais do que pensaria ou talvez só tenha aceitado a nova realidade e agora eu não queria ter que deixá-los. Meus avós foram pais melhores que minha mãe e meu pai e ainda que não fosse a mesma coisa o meu primo conseguiu preencher um pouco do vazio que fazia falta em ter um irmão mais velho.
— O mais lindo da família chegou — me sentei na cadeira perto do tio Joonho.
— Posso saber onde estava de madrugada? — perguntou minha mãe.
Beomgyu me lançou um olhar que
automaticamente entendi o que queria me dizer.— No hospital — respondi, calmo e
convincente. Todos na mesa me olharam preocupados. — Fazendo companhia para um amigo que estava passando muito mal.— O que ele tinha? — papai fez a pergunta dessa vez e eu não soube dizer se ele estava preocupado, desconfiado ou só querendo saber
mesmo.— Intestino preso grave — lamentei
apertando os lábios, como que para convencer na atuação. —Pobrezinho... tiveram que enfiar um tubo no rabo dele.
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Degenerate • minsung
FanficJisung nutria uma paixão secreta pelo melhor amigo de seu irmão e sabia que Minho apenas o via como o pirralho do irmão caçula de Kai. Minho, no entanto, sempre esteve o observando ou pelo menos observava até o seu garoto se mudar de país. Anos de...