Once More to See You - Tradução

Capítulo 2: Família Prince

Augustin ficou bastante chocado, para dizer o mínimo, quando uma coruja chegou tarde da noite e ficou ainda mais chocado quando a viu brandindo uma carta com o brasão de Hogwarts. Ele não via aquele brasão há pouco mais de dezesseis anos, com a formatura de sua filha Eileen. Um nome que ele tentou esquecer durante anos, mas simplesmente não conseguiu. A preocupação franziu suas sobrancelhas enquanto ele recuperava a carta da coruja e lhe entregava um petisco enquanto ela obedientemente pousava no parapeito de sua janela, cantando para ele como se o pressionasse a lê-la.

Ele cedeu e abriu a carta, a confusão se transformou em choque e então em preocupação. Eileen tinha um filho? Eles eram avôs? E por que ela não estava respondendo à carta da Medi-bruxa sobre o pobre garoto? Antes que ele pudesse entrar em uma espiral ainda maior, seu marido entrou pela porta, parando quando percebeu o estado em que Augustin estava. Etienne, soubesse ou não, sempre tinha um sexto sentido para quando seu parceiro estava em perigo e conseguia estar exatamente onde ele precisava dele.

Ele andou até Augustin e colocou uma mão em sua bochecha, alisando o vinco entre suas sobrancelhas com seu polegar. “O que há de errado, meu amor?” ele perguntou.

Augustin conteve um escárnio. Não importava o quanto eles tivessem envelhecido, quantas rugas tivessem se tornado permanentes em sua pele, Etienne sempre o tratara da mesma forma que o fizera 51 anos atrás. Era provavelmente uma coisa francesa, malditos românticos incuráveis.

Ele entregou o papel a ele em vez de responder verbalmente, ele não sabia o que dizer. Ele oscilava entre raiva e confusão. Os olhos de Etienne examinaram a carta, seu rosto se tornando mais e mais como pedra a cada palavra antes que ele finalmente colocasse a carta de volta no lugar.

Augustin observou seu marido passar os dedos pelos cabelos e soltar um suspiro. “Então, quando vamos?” ele disse, colocando as mãos nos quadris.

“Indo para onde?” Augustin perguntou.

“Pelo amor de Merlin, para a Escócia!” Ele bufou.

Augustin ergueu as sobrancelhas diante da disposição do marido em aceitar o menino: "Você não quer falar sobre isso primeiro?" ele questionou.

“Podemos conversar sobre isso depois, o garoto precisa de alguém.” Ele se aproximou do marido e segurou seus ombros, olhando-o fixamente nos olhos com um olhar sério que era incomum no francês. “Talvez possamos vê-la novamente, talvez não. Mas esse garoto é nossa chance do que perdemos com Eileen.” O nome pareceu difícil para ele pronunciar, como se fosse estrangeiro, o nome de um estranho que ele acabara de conhecer em vez de sua filha.

Ele estava certo, ele sabia que estava certo. Esta era a única chance deles, Eileen e este garoto eram os únicos outros membros vivos da família Prince. Devido às circunstâncias atuais, este garoto seria o herdeiro deles. Seria tolice não colocá-lo sob sua proteção e treiná-lo nos deveres de ser um herdeiro de uma casa de prestígio. Ele decidiu que não faria mal ver o garoto pessoalmente e determinar se ele era ou não uma boa opção. Talvez o garoto tivesse nascido com o mesmo dom de Augustin, sendo um Prince e tudo mais.

“Vista seu casaco.” Ele disse enquanto se virava para fazer o mesmo.

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O garoto não era o que ele esperava que fosse, em termos de aparência. Ele ainda estava muito adormecido e, de acordo com a Medi-bruxa, continuaria assim por um tempo. Ele parecia o filho de Eileen, pálido como a lua com cabelos tão escuros quanto a noite, mas certamente não se encaixava na imagem de um membro de uma família de prestígio. O garoto era pequeno e magro, Augustin o achava um terceiro ano em vez de um quinto. Ele também era sujo, o tipo de sujeira que levaria várias lavagens para se livrar, seu cabelo era oleoso e cicatrizes cobriam seu corpo. A última parte é o que mais preocupava Augustin. Isso o levou a pedir à medi-bruxa os registros médicos do garoto, que ela assentiu bruscamente e foi buscar.