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Ayla caminhou pelos corredores em direção à sala comunal, seu corpo cansado, mas sua mente a mil. Quando finalmente chegou ao seu quarto, notou sua coruja esperando pacientemente com uma carta amarrada à pata. Com um sorriso, Ayla se aproximou da ave, afagando sua cabeça suavemente enquanto retirava o bilhete. Como recompensa, ofereceu um petisco, que a coruja aceitou antes de voar de volta para o corujal.

Intrigada, Ayla abriu a carta e reconheceu imediatamente a caligrafia firme de McGonagall. "Ayla, vejo você amanhã sem falta. Descobri algumas pistas sobre a chave e o relicário encontrados no cofre." A mente de Ayla começou a correr, cheia de perguntas sobre o que aquilo poderia significar. Ela deitou-se na cama, ainda refletindo sobre o conteúdo da carta e, de repente, sua mente vagou para Hermione. O que ela estaria fazendo agora? Será que estava pensando nela também? A última imagem que teve antes de adormecer foi o rosto concentrado de Hermione.

Na manhã seguinte, Ayla acordou cedo e começou a se arrumar, com pressa para tomar café da manhã antes das aulas. No entanto, ao passar pela sala comunal, Draco a interrompeu, bloqueando a saída com seu típico ar arrogante.

— É verdade que você imobilizou um trasgo adulto sozinha? — ele perguntou, seu tom com uma pitada de descrença, mas também uma ponta de curiosidade genuína.

Ayla bufou internamente, tentando evitar prolongar a conversa. "Por que ele sempre tem que ser tão irritante?"

— Eu preciso ir tomar café da manhã — respondeu rapidamente, na esperança de se livrar dele. Mas, como esperado, Draco não a deixou escapar tão facilmente.

— Eu vou com você — disse ele, sorrindo com ar de superioridade.

Sem alternativa, Ayla suspirou e seguiu para o Salão Principal, com Draco ao seu lado. Durante o caminho, ele fez algumas perguntas triviais, tentando manter a conversa viva, mas Ayla respondeu o mínimo possível. Quando finalmente chegaram à entrada do salão, os olhares começaram a cair sobre eles. "Maravilhoso," ela pensou, desconfortável com a atenção indesejada.

Ayla se sentou no mesmo lugar da noite passada, com Draco ainda ao seu lado. Ela olhou em direção a Hermione, que a encarava com um olhar estranho. Ayla tentou sorrir, mas Hermione apenas acenou com a cabeça, voltando a conversar com seus colegas. "O que foi aquilo?" pensou Ayla, mas decidiu ignorar por enquanto. Ela já tinha muitas coisas para processar naquele dia.

Draco, por outro lado, continuava tentando manter a conversa. Ayla mal suportava seu bajulamento, e ele parecia mais uma sombra incômoda do que qualquer outra coisa. Felizmente, Cedrico apareceu como um salvador inesperado, aproximando-se e chamando Ayla para irem juntos para as aulas.

— Vamos? — disse Cedrico, lançando um olhar amistoso a Ayla, percebendo seu desconforto evidente.

Ela se despediu rapidamente de Draco antes que ele pudesse responder e seguiu Cedrico pelos corredores. "Graças a Merlin," pensou aliviada.

— Obrigada por me salvar — disse ela, lançando um olhar agradecido para Cedrico.

— Não foi nada — ele respondeu, sorrindo. — Mas fiquei curioso sobre essa aproximação com o Malfoy. Não parece seu tipo de companhia.

Ayla suspirou e explicou:

— Ele me interrogou mais cedo e agora parece que resolveu me seguir para todo canto.

Cedrico riu, balançando a cabeça.

— Se quiser, pode se sentar ao meu lado nas refeições. Minha casa não vai se importar, e como monitor e apanhador, digamos que sou um pouco popular.

A HERDEIRA OCULTA - H.GOnde histórias criam vida. Descubra agora