Capítulo Cinco

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No capítulo anterior...

...C — Até mais Joel! — Camila diz ainda dentro do apartamento.

J — Até Camila! — Ele acena para Camila. — Até mais para você também. — Ele me puxa para um abraço rápido e eu retribuo.

G — Até!

Eu entro no apartamento e ele começa a subir as escadas em direção a cobertura. Camila fecha a porta e vem em minha direção.

C — E aí, como foi?

G — Foi normal ué. Levamos os cachorros para passear, nada importante.

C — Sei sei...

G — Ai amiga, nem vem, eu estou tranquila agora. Quer saber, vou no quarto da minha irmã.

Quando chego no quarto de Anita, vejo ela abrindo o Floguinho novamente.

G — Está fazendo o que? — Digo me sentando na cama.

A — Abrir o Floguinho foi a última coisa que a gente fez antes de voltar no passado.

Ela abre o Floguinho, conecta nossa conta e começo a ver a foto que tiramos com Camila no dia dos piercings. Fecho meus olhos aproveitando a nostalgia
desse momento que aconteceu há poucas horas. Quando abro meus olhos. Estou novamente no meu antigo quarto.

G/A — NÃOOO! DE NOVO 15??

Capítulo Cinco

NÃO É POSSÍVEL, DE NOVO ISSO?? Corro até o grande espelho do quarto e começo a dar leves tapas em meu rosto para tentar acordar daquele pesadelo.

G — ANITA, ME TIRA DAQUI AGORA! EU LERDI TUDO NO MUNDO REAL, ME AJUDA A SAIR DAQUI ANITA! — Grito enquanto corro em direção a minha irmã gêmea.

A — EU NÃO SEI COMO SAIR DAQUI, NÃO SEI COMO VIEMOS PARAR AQUI, EU NÃO SEI!

Somos interrompidas por passos rápidos vindo do corredor e o som da voz de nossa mãe nos chamando.

Mãe — Meninas? Vocês estão bem? O que foi? Foi alguma coisa com o trote? Já arranjaram problemas na escola? — Ela pergunta para nós duas enquanto passa a mão por nossos rostos. Anita nega freneticamente enquanto uma lágrima escorre por meu rosto. Ao ver isso, nossa mãe nos abraça. — Ah minhas filhas, eu sei que voce Anita, não costumam se abrir comigo, você prefere falar com seu pai e a Gaby raramente se abre com alguém, mas... — Eu me abro sim mãe, mas com o Henrique.

Minha mãe continua falando enquanto meus pensamentos voam em minha cabeça. O que houve comigo? Eu era uma atriz, como me tornei uma garçonete? Por que eu me tornei uma garçonete? Por que isso estava acontecendo comigo? Na verdade, o que estava acontecendo comigo? Será um surto psicótico? Será que a Camila estava certa? Será uma crise de pânico? Será que estou alucinando? Tantas perguntas, nenhuma resposta, o que me restava era chorar. As lágrimas continuaram descendo pelo meu rosto, eu não emitia som nenhum, apenas as lágrimas eram o indício de que algo estava acontecendo. Sem suspiros, sem soluços, sem escândalo, apenas o rosto molhado pelas lágrimas salgadas.

Mãe — Estão melhores? — Anita sorri e acena com a cabeça indicando que estava, eu apenas olho para ela e me sento na cama de Anita. — Bom, eu vou descer, qualquer coisa podem me chamar. — Ela se vira de costa e sai do quarto.

Assim que ouço a porta se fechar, começo um choro desesperado, junto meus joelhos na frente de meu peito e os abraço. Minha irmã senta ao meu lado e me abraça preocupada.

A — O que aconteceu? Fica calma mana, a gente vai voltar, me fala o que aconteceu. Foi o Joel? Ele fez alguma coisa com você durante o passeio com os cachorros?

De novo 15??Onde histórias criam vida. Descubra agora