No capítulo anterior...
F — Eu estou com ciúme, você também está? — Ele diz enquanto se vira para mim. Ele também sentiu o clima entre Joel e Anita.
G — Sim, eu estou. — Continuo os olhando e então presencio uma das cenas que mais me doeu em toda minha vida. Joel se aproxima lentamente de minha irmã, coloca uma mão na cintura dela e os braços dela rodearem o pescoço dele. Os lábios dos dois se encontram e as lágrimas automaticamente dominam meu rosto, ouço a voz de minha irmã mais velha no pé de meu ouvido.
L — Sinto muito pelo Joel, a gente conversa antes de vocês voltarem — Ela se virou e continuou dançando. Depois de longos segundos, os dois se afastaram e viraram o olhar para nós.
F — Quer fazer alguma coisa para a gente se sentir menos pior?
G — Quero!
Ele se aproximou de mim, colocou uma de suas mãos em minha cintura e a outra em minha nuca. Eu coloco uma de minhas mãos ao redor do pescoço de Fabrício e a outra em seu rosto e então nos beijamos. Começou com um selinho, até que ele pediu passagem com a língua e eu permiti. Nossas línguas se encontraram e se moveram numa sintonia perfeita, era estranho ver o quão bom era o beijo de Fabrício e o quanto nossas bocas se encaixavam. Depois de longos segundos, nos afastamos por conta da falta de ar.
F — Foi melhor do que eu esperava.
G — Digo o mesmo.
F — Mais uma dose?
G — Mais uma dose. — Aproveitamos que ainda estávamos naquela posição e nos beijamos novamente.
Depois de nos separarmos, sinto o olhar enraivecido de Joel cair sobre nós dois e um olhar decepcionado vindo de Anita, Fabrício também vê isso. Nós apenas ignoramos os dois e continuamos dançando e nos beijando ocasionalmente. Ele fazia para se sentir menos pior consigo mesmo, eu fazia porque Joel admitiu que estava com ciúme, eu queria fazer ele sentir ciúme. Era apenas um consolo para a noite.
Capítulo Treze
Eu e Fabrício passamos a noite toda juntos, toda vez que percebíamos que Anita ou Joel estavam nos olhando, nós nos beijávamos. Não queríamos nada um com o outro, não tinha sentimento, era apenas uma tentativa de sair por cima deles. A noite passou e então voltamos para casa. Entramos todos na kombi de Joel, minhas irmãs, e os dois irmãos se sentaram atrás e eu e Joel fomos na frente, ele dirigindo e eu apenas tentando o distrair para que não dormisse no volante. Pouco tempo depois que a viagem começou, todos haviam dormido, sobrando apenas eu e Joel acordados.
G — Então... Como foi a festa? — Digo interrompendo o silêncio constrangedor que havia sido criado.
J — Até certo ponto foi incrível, uma das melhores noites da minha vida.
G — Até certo ponto?
J — Pois é. — Ele respondeu seco. — E como foi a festa para você?
G — Boa. Tinha como ser melhor, mas foi boa, aproveitei muito.
J — Eu percebi.
G — Percebeu o que?
J — Você fez de propósito?
G — Fiz o que? — Eu sabia do que ele estava falando, ele me viu com Fabrício, eu sabia que ele não tinha gostado nada de me ver com Fabrício.
J — O Fabrício. Você beijou ele. — Ele diz sem sequer me olhar.
G — Beijei, algum problema? Antes de você responder qualquer coisa, lembra que você beijou minha irmã. — Ele para o carro no semáforo e me encara. Eu podia ver a raiva em seus olhos, mas eu não sabia o motivo de tanta raiva.
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De novo 15??
Fiksi PenggemarGabriela Rocha, uma mulher de 30 anos, vinda do interior de Minas Gerais vive em São Paulo, trabalhando como atriz e vive uma vida monótona apesar da carreira. Um dia Gabriela volta para sua cidade natal, Imperatriz, para presenciar o casamento de s...