Capítulo Onze

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No capítulo anterior...

J — Só posso ser otario, não é Bono? Eu vou apagar essa merda para eu finalmente dormir em paz. Que merda. Tem uma mulher linda na minha cama e eu simplesmente não fiz nada. Tudo isso por uma mulher que me fez de trouxa por 15 anos. — Joel começa a tentar logar na conta minha e de Anita e eu começo a entrar em pânico. Não posso levantar e mandar ele parar, isso vai levantar suspeitas, não posso ajudar ele, mas também não posso deixar ele sofrer mais ainda por Anita. O que eu faço agora? Meus pensamentos são interrompidos ao ver que Joel conseguiu conectar em nossa conta. Merda! E agora? Continuo apenas assistindo ele mexer na conta. Ele clica para apagar a foto e assim que abro os olhos, estou em meu quarto antigo novamente.

Capítulo Onze

Vejo Anita se levantar da cadeira enquanto continuo deitada. Ela vai até o espelho do quarto e vê seu cabelo com algumas mechas roxas.

A — Ué? Eu não estava assim quando saí de 2006.

G — Não se preocupa Nita, ficou ótimo! Mas estou feliz por deixar meu cabelo intacto.

A — Intacto? — Me assusto com a confusão na voz de minha irmã e rapidamente me levanto para me olhar no espelho. Merda! Meu cabelo! Não acredito que fiz isso com ele. Meu cabelo está cheio de mechas azuis. Espero ser de papel crepom, tomara que saia.

Eu e Anita descemos as escadas procurando por Luiza, até que encontramos um bilhete sobre a mesa da cozinha, estava escrito que mamãe e papai foram fazer alguns exames. Resolvemos começar a ir para a escola.

A — Vamos para o raciocínio, Bizita. Mamãe e a Luiza brigaram, então temos que fazer elas fazerem as pazes para voltarmos. Onde você estava quando a gente voltou?

G — Estava na cama do Joel, você estava onde?

A — Espera, na cama do Joel? Você e ele...

G — Não Nita, eu não transei com o Joel, eu estava lá só para consolar ele pelo toco que você deu nele. — Sussuro para minha irmã para que as pessoas ao redor não ouvissem. — Onde você estava?

A — Em Paris, pronta para ir me encontrar com o Henrique.

G — Então seu plano é resolvermos o problema da mamãe e da Luiza para a gente voltar exatamente para onde estávamos?

A — Exato! — Passamos pelo portão da escola e vemos o IECET todo enfeitado e colorido — O que está acontecendo aqui? — César para do nosso lado.

C — Ai meninas, finalmente esse dia chegou!

A — É... um grande dia que só está começando!

C — O cabelo de vocês está lindo! E como eu estou?

G — Está perfeito amigo! Digno de Met Gala! — César me olha confuso.

C — Met o que?

A — Ela quis dizer que está ótimo.

C — Ah tá. Nossa eu queria testar esse look desde a festa da Luiza.

G — Desde ontem né?

C — Não amiga, a festa foi a uns dois meses. — Paro de andar em choque.

A — Dois meses? — Anita para ao meu lado.

C — Sim.

G — É que esse ano está passando tão rápido não é? Dois meses é tipo ontem.

C — Nem me fala! Eu queria ter tido mais tempo para revisar meu poema, mas enfim... Aliás, se alguma das duas conseguir dar uma olhada no meu poema, eu vou ser muito grato. Quero saber se eu vou passar muita vergonha no palco.

De novo 15??Onde histórias criam vida. Descubra agora