O Amor em Cada Jogada

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**O Amor em Cada Jogada**

A luz suave da tarde invadia o pequeno apartamento em Seul, iluminando o ambiente com um brilho dourado. Minho, de pé diante da janela, observava o movimento incessante da cidade. Tudo lá fora parecia girar a uma velocidade frenética, mas ali dentro, naquele espaço que ele e Jisung agora chamavam de lar, o tempo parecia desacelerar. Cada momento era mais intenso, mais vivido, como se o que importasse não fosse o que estava por vir, mas o que eles já haviam construído.

O som da chaleira anunciava o fim da fervura, trazendo Minho de volta ao presente. Ele se virou, encontrando Jisung sentado no sofá, com uma expressão de serenidade rara. Jisung segurava um livro aberto em seu colo, mas seus olhos estavam distantes, como se ele estivesse perdido em pensamentos.

Minho aproximou-se lentamente, sentindo o peso das últimas semanas se dissolver. As reuniões, o estresse dos negócios, a incerteza sobre o futuro... nada daquilo importava quando ele estava ali, ao lado de Jisung. Ele sentia que o verdadeiro significado de liberdade não estava apenas em cortar os laços com sua família, mas em ser capaz de se permitir amar livremente, sem medo.

— Pensando em quê? — perguntou Minho, sentando-se ao lado de Jisung, o joelho tocando o dele de forma casual, mas cheia de significado.

Jisung levantou o olhar, um sorriso suave tocando seus lábios.

— Em você. Em nós. — Ele fechou o livro, deixando-o de lado, e virou-se para encarar Minho de frente. — Eu ainda não consigo acreditar o quanto as coisas mudaram. Parece que foi ontem que você estava preso em um labirinto, tentando agradar seu pai, tentando se ajustar a um mundo que não era seu.

Minho sorriu de volta, sentindo um calor suave no peito. Ele sabia que Jisung estava certo. O que eles haviam construído juntos, o amor que havia nascido em meio ao caos, era o que realmente importava. Muito mais do que qualquer negócio ou sucesso financeiro.

— E você me tirou daquele labirinto, Jisung — disse Minho, sua voz suave, mas cheia de emoção. — Eu achava que a liberdade estava em me rebelar contra a minha família, mas você me mostrou que a verdadeira liberdade estava em aceitar quem eu sou. Em me permitir ser amado. Em amar você.

Jisung inclinou-se para mais perto, os olhos brilhando com um misto de carinho e desejo.

— Você sempre soube o caminho, Minho. Só precisava de alguém para caminhar com você.

Minho estendeu a mão, tocando o rosto de Jisung com delicadeza. Cada linha, cada detalhe do rosto de Jisung estava gravado em sua mente, como se ele fosse uma obra de arte que Minho nunca se cansava de admirar. E, naquele momento, ele percebeu que não importava o que o futuro trouxesse, ele estaria pronto para enfrentá-lo, porque Jisung estaria ao seu lado.

— Eu amo você — disse Minho, pela primeira vez sem hesitação, sem o medo de ser julgado, de ser rejeitado. Era uma verdade simples, mas poderosa. E ele sentiu uma onda de alívio ao finalmente dizer isso em voz alta.

Jisung piscou lentamente, como se estivesse absorvendo cada palavra, antes de sorrir, aquele sorriso que sempre fez Minho sentir que tudo estava no lugar certo.

— Eu também amo você, Minho. Desde o primeiro momento, mesmo quando você ainda estava perdido. Eu sabia que nós dois íamos encontrar nosso caminho juntos.

Eles se inclinaram ao mesmo tempo, e o beijo que compartilharam foi suave, mas cheio de significado. Não era o tipo de beijo urgente ou desesperado que haviam trocado tantas vezes antes. Este era diferente. Era o beijo de quem sabe que encontrou um lar, não em um lugar, mas em outra pessoa.

Quando se separaram, Minho encostou a testa na de Jisung, sentindo a respiração do outro se misturar com a sua. Havia uma paz indescritível naquele momento, como se todas as peças finalmente tivessem se encaixado.

— O que vem agora? — perguntou Jisung, com uma leve provocação na voz, mas seus olhos ainda estavam suaves, como se ele estivesse saboreando o momento tanto quanto Minho.

Minho sorriu, inclinando-se para trás no sofá, puxando Jisung consigo até que os dois estivessem confortavelmente deitados, um nos braços do outro.

— Agora? — Minho começou, olhando para o teto, mas com o coração focado apenas em Jisung. — Agora, continuamos jogando. Mas, dessa vez, com nossas próprias regras.

Jisung soltou uma risada baixa, aconchegando-se mais perto.

— Eu gosto de como isso soa.

O resto da tarde se desenrolou em silêncio, apenas a presença um do outro preenchendo o espaço. Para Minho, aquele era o final perfeito para a história que ele e Jisung haviam começado a escrever juntos. Não um final de despedida ou de perdas, mas o início de algo novo. Eles haviam virado o tabuleiro, e agora o jogo era deles.

E pela primeira vez na vida, Minho sabia que não precisava de mais nada. Apenas do amor que havia encontrado em Jisung. Isso era tudo.

Fim.












Oiii!!! Espero que tenham gostado dessa saga curta, eu ainda acho que não ficou tão bom quanto eu queria que ficasse mas eu dei o meu melhor pra ficar do melhor jeitinho possível, agradeço quem veio pelo tik tok e pela minha divulgação e caso queiram pedir fanfics deem ideias no meu Instagram que está na bio do perfil. Obrigada por ler "Sagrado Profano" e até um futuro próximo! Um beijinho da Mika ~ 💋

𝕾𝖆𝖌𝖗𝖆𝖉𝖔 𝕻𝖗𝖔𝖋𝖆𝖓𝖔 - MinsungOnde histórias criam vida. Descubra agora