**O Jogo Começa**
O escritório de Lee Minho era uma verdadeira fortaleza. Das janelas de vidro fumê, era possível ver toda a extensão do império da família Lee, construído com uma mistura de poder, ambição e estratégias implacáveis. Ele estava ali, sentado em sua cadeira de couro preto, o rosto inexpressivo, enquanto analisava a nova fusão que seu pai estava prestes a concluir. Naquele momento, Minho sentia-se como um peão no tabuleiro de xadrez da sua família, avançando para se tornar a peça mais valiosa: o rei.
Minho sabia que seu papel dentro da empresa era vital. Seu pai, Lee Jungwoo, o havia preparado desde a adolescência para assumir os negócios. A expectativa era que ele seguisse os passos do patriarca sem questionar, aplicando os mesmos métodos, muitas vezes sujos, para garantir que o império da família continuasse a prosperar. E Minho, apesar de seus próprios conflitos internos, parecia caminhar exatamente nessa direção.
Entretanto, ultimamente, sua vida tinha se tornado mais complicada. Não por questões de trabalho ou de poder, mas por algo muito mais imprevisível e desestabilizador: Han Jisung.
Jisung havia entrado na vida de Minho como uma brisa leve, mas rapidamente se tornara uma tempestade. Com um sorriso maroto e uma atitude despreocupada, Jisung não parecia se importar com o que o mundo pensava. E isso intrigava Minho. O primeiro encontro deles havia sido inesperado, casual demais para que Minho, normalmente calculista, pudesse prever. Um beijo simples, quase inocente, mas carregado de uma intensidade que o fez questionar tudo. O toque suave dos lábios de Jisung havia deixado uma marca profunda, confundindo seus pensamentos e, pior ainda, seus sentimentos.
Minho não era tolo. Ele sabia que a atração por Jisung era um segredo perigoso, algo que sua família nunca aceitaria. A linhagem dos Lee sempre foi tradicional, e a única expectativa para ele era que encontrasse uma esposa perfeita, uma mulher que reforçasse a imagem de poder e estabilidade que eles tanto prezavam. Seu pai já havia começado a sondar famílias influentes, buscando a noiva ideal para o herdeiro.
Porém, a cada encontro com Jisung, Minho sentia que o controle que tinha sobre sua vida escorria por entre seus dedos. Ele tentava racionalizar seus sentimentos, dizendo a si mesmo que tudo não passava de algo casual, uma distração. Mas as memórias daqueles lábios — a maneira como Jisung o fazia esquecer suas responsabilidades, suas máscaras, seus medos — eram cada vez mais difíceis de ignorar.
Certa noite, Minho retornou tarde ao seu apartamento, exausto após uma reunião longa e tediosa sobre as novas aquisições da empresa. Ao abrir a porta, foi surpreendido pela presença de Jisung, casualmente jogado no sofá, como se fosse o dono do lugar.
— Você devia me dar uma cópia dessa chave — disse Jisung com seu sorriso característico, brincalhão, mas com um toque de provocação.
— O que você está fazendo aqui? — Minho perguntou, embora sua voz não conseguisse soar tão severa quanto pretendia.
Jisung se levantou lentamente, caminhando em direção a Minho, seus olhos escuros brilhando sob a luz suave da sala.
— Eu te disse que não queria bagunçar sua vida... mas, aparentemente, estou fazendo exatamente isso — sussurrou ele, parando a poucos centímetros de Minho.
O silêncio entre eles se prolongou. O coração de Minho batia forte no peito, lutando contra a lógica que lhe dizia para se afastar. Sua mente, acostumada a lidar com negociações complexas e cálculos frios, estava confusa. Havia algo em Jisung que o fazia questionar tudo o que sempre acreditou ser inquebrável.
— Minho... — A voz de Jisung era suave, mas firme. — Por quanto tempo você vai continuar jogando esse jogo que sua família impôs a você?
A pergunta pairou no ar como um golpe inesperado. Minho não tinha uma resposta. Ele sempre fora bom em jogar o jogo da sua família, sempre se adaptando às expectativas, mas agora... agora parecia que o tabuleiro havia mudado, e ele não sabia mais como jogar.
Antes que pudesse responder, Jisung se inclinou e o beijou novamente. Um beijo que carregava não só desejo, mas também uma promessa: a de que as coisas nunca mais seriam as mesmas. Minho sentiu o mundo girar ao seu redor. A racionalidade que ele tanto valorizava se dissipava a cada toque, a cada suspiro.
Quando o beijo finalmente terminou, Minho se afastou, ofegante, encarando Jisung como se o visse pela primeira vez. Ele sabia que estava em uma encruzilhada. De um lado, estava sua família, sua posição na empresa e a expectativa de um casamento arranjado. Do outro, Jisung, com sua imprevisibilidade e uma paixão que ameaçava destruir tudo o que Minho havia construído até ali.
— Eu não posso... — Minho começou a falar, mas sua voz falhou.
— Não pode ou não quer? — Jisung interrompeu, os olhos fixos nos de Minho, como se estivesse desafiando-o a admitir o que sentia.
Minho não respondeu. Apenas virou-se, caminhando em direção à janela, olhando a cidade iluminada abaixo de si. Ele sabia que, a partir daquele momento, sua vida nunca mais seria a mesma. O jogo havia começado, e ele não tinha certeza se ainda queria seguir as regras da família.
Do lado de fora, a noite parecia calma, mas dentro de Minho, uma tempestade se formava. A pergunta de Jisung ecoava em sua mente. Por quanto tempo ele continuaria jogando o jogo?
E, mais importante, até quando ele conseguiria resistir à atração por Jisung, que agora parecia mais forte do que nunca?
O jogo de poder e paixão estava apenas começando.
Oioiii! Eu voltei! Depois de muito tempo sumida eu ressuscitei. Dessa vez eu tentei trazer algo diferente pra cá, espero realmente que gostem porque eu andei algumas semanas trabalhando nessa história antes de postar, é isso e um beijo da autora 💋.
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𝕾𝖆𝖌𝖗𝖆𝖉𝖔 𝕻𝖗𝖔𝖋𝖆𝖓𝖔 - Minsung
Fiksi PenggemarLee Minho era a peça fundamental no tabuleiro de xadrez de seu pai, pois ele era uma figura importante na empresa de sua família, e assim, jogando sujo como eles, ele ganharia muito dinheiro. Porém, Jisung entrou em sua vida não apenas com o intu...