35·| 𝐃𝐞𝐬𝐞𝐣𝐨 𝐝𝐞 𝐮𝐦 𝐝𝐞𝐦𝐨̂𝐧𝐢𝐨

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🥀

A frieza encobria e de alguma forma me tirava da minha mente barulhenta, mas não era o suficiente. Meus olhos enxergam a estrada escura que os faróis do meu carro me ajudam a conduzir, todavia, eu realmente não estava tão concentrado ali. Vez ou outra, observo Sakura, que dormia calmamente no banco do passageiro. Seu rosto se mostra sereno, apesar de resmungar coisas sem sentido, parecia uma boneca, um anjinho.

Eu estava mais que certo sobre o que eu quero em relação a ela. Ainda temos coisas que precisamos saber um do outro, e isso me deixa de certa forma aflito. Quero estar ao seu lado da forma mais limpa e clara possível. Mas, ela não precisa saber que já fui um filho da puta no passado e que isso está enraizado em mim. Eu quero lhe oferecer o que há de bom em mim, mesmo que eu precise passar o resto da minha vida mentindo para a garota que eu amo.

Assim como essa estrada que, mesmo eu sabendo que rumo tomava, minha cabeça parecia correr por ela totalmente sem rumo e perdido.

O que foi aquilo? O que quis dizer? Porque disse aquilo?

Isso se repetia de uma maneira quase insuportável, latejando e fritando os meus neurônios. Foi agoniante mais do que a primeira vez que a vi tão vulnerável. Algo dentro de mim apitava como um alerta e não vai parar até que eu descubra a raiz dessa crise. Eu quero garantir que isso não se repita mais, nunca mais! E eu vou.

As luzes junto com o efeito sonoro que a cidade traziam, me acalentam e espantam meus pensamentos, assim que já estou fora da estrada tranquila e rodeada pela floresta. Mesmo com isso, não foi capaz de acordar Sakura do seu sono profundo. Parecia de fato cansada. Sigo o trajeto direto para a sua casa, com o carro do meu irmão logo atrás com Izume e as duas mais velhas.

Os quatros fofoqueiros estavam à flor da pele sem obter mais informações sobre nós. Não me impressionaria caso senhora Mebuki ou minha mãe, marquem algum almoço ou jantar. Somente para fazer as perguntas insistentes que os assombram.

A notificação uma após a outra me faz rolar os olhos. Passei o final de semana inteiro sem sinal, agora eu presumo que as mensagens dos meus amigos irão me bombardear até que eu finalmente as responda. Conduzo o volante com uma mão e pego o meu celular em um dos compartimentos entre os bancos. Um copo de milkshake de chocolate pela metade, ainda escorria as gotas de água deixando claro que aos poucos, a frieza que tinha já o deixava. Me pergunto até quando vai se alimentar dessa forma?

Ela se aconchega com minha coberta, eu insisti que ela usasse durante o percurso de volta, pois sabia que sentiria frio e que consequentemente iria adormecer. Era o ser mais teimoso, posso dizer que até mais que eu. É irritante quando alguém vai contra as minhas ordens ou protesta. Mas essa garota, agora mais que minha, me faz sentir como o seu servo.

De Repente RosaOnde histórias criam vida. Descubra agora