• Prólogo •

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Angela sorria alegremente enquanto o tenente ditava o juramento da polícia para os recrutas que iriam ter a sorte de entrar em algum distrito e fazer a sua carreira

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Angela sorria alegremente enquanto o tenente ditava o juramento da polícia para os recrutas que iriam ter a sorte de entrar em algum distrito e fazer a sua carreira.

Concluir a academia de polícia aos vinte e dois anos não havia sido algo fácil, principalmente sendo um garoto magrelo e frágil que ninguém acreditava que iria conseguir se formar, e no fim, se tornou um dos melhores alunos em todas as matérias e provas físicas.

Abrir mão de farrear e sair no fim de semana valia a pena ao ver o olhar de orgulho da minha irmã. Angela teve que abdicar dos seus sonhos de artista para cuidar do irmão caçula quando a mulher que deveria ser nosso porto seguro decidiu largar o filho com dois anos nas mãos de uma garota de dezoito anos que não sabia nada da vida.

Então, realizar o sonho de se tornar policial não era só meu, mas da minha irmã também.

— Agora você já pode prender aquele vizinho insuportável que liga o som alto às duas horas da madrugada — Brincou ao prender uma medalha de formando em meu uniforme.

— Ou aquela senhora que fica assobiando quando passo de frente a casa dela, ela me dá arrepios!

— Estou muito orgulhoso do homem que você se tornou — Elogiou emocionada — Tenho certeza que o papai iria amar descobrir que o filhinho dele se tornou um homem de bem.

A simples menção do nosso pai era motivo suficiente para quebrar todas as barreiras que construí nos quatro anos da academia, o fato era que a morte dele ter acontecido antes mesmo do meu nascimento ainda tinha os seus impactos negativos em meu peito.

Louis Casey era um homem honrado que morreu devido a estar na hora errada e no local errado, o tal acaso que ninguém imagina que iria acontecer. Meu pai foi alvejado em um tiroteio quando passava na esquina de uma loja na véspera de natal, e até hoje ninguém havia descoberto quem era o mandante do tiroteio.

— Henry, posso conversar com você?

— Claro, tenente.

— Então filho, tenho uma vaga para você no distrito 28°.

— É sério, senhor? — Indaguei animado com a possibilidade de estar em um dos distritos mais cobiçados por todo recruta recém saído da academia.

— Filho, você teve uma das melhores notas em todas as provas teóricas e se destacou nas provas de tiro e negociação de reféns, então sim, com certeza quero você no meu distrito.

— Obrigado pela oportunidade tenente, juro que não irei decepcionar o senhor.

Contei a novidade para Angela ao som de bad boys, a minha irmã pulou tanto que até mesmo o tenente não segurou a risada.

Kira também havia sido convocada para o distrito 28°, então provavelmente seríamos parceiros e a ideia de ter alguém conhecido lá não seria tão ruim assim.

A japonesa foi a primeira pessoa com quem fiz amizade na academia, e desde então não nos separamos e com certeza iremos formar uma dupla sensacional juntos.

— E aí parceiro, está pronto para prender traficantes e pedófilos? — Kira perguntou animada enquanto soltava o coque que prendia os longos cabelos lisos.

— Estou vivendo por isso, parceira.

O futuro a partir de agora era incerto, mas a certeza de que eu iria fazer de tudo para ajudar o máximo de pessoas que pudesse residia em meu peito como um presságio de boa sorte e sucesso.

Infiltrado {HIATUS}Onde histórias criam vida. Descubra agora