Henry Casey nunca imaginou que logo ele, um novato do distrito 28°, seria designado para uma missão infiltrada na casa do líder da máfia italiana, e nem que iria se submeter a atrocidades ao seu lado para reunir provas e conseguir provar o seu lugar...
Virá um Poeta Que tem como arma a Sua palavra Ele te matará com a Sua língua Oh lei, oh lai, oh Senhor
Oh lei, oh lai, oh lei, oh Senhor Ele te matará com a Sua língua Oh lei, oh lai, oh Senhor Soldier, Poet and King - The Oh Hellos
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A lua cintilava em meio a um céu totalmente encoberto, com nuvens espessas e acinzentadas que bloqueavam a visão das estrelas.
Os primeiros chuviscos caiam suavemente sobre a minha pele, o sussurro suave, quase inaudível, das gotículas pingando sobre as folhas eram uma melodia estarrecedora. Uma mão sobre o meu ombro quebrou o momento delicado e apaziguante com a natureza e me fez encarar uma figura alta e imponente como Mathias Copolla Esposito.
— Você não pode ficar na chuva a uma hora dessas da madrugada — Falou ao estender um guarda chuva sobre a minha cabeça — Quer voltar para o hospital?
— Nunca tomou banho de chuva em sua vida?
— Nunca de madrugada e nem depois de sair todo quebrado de um hospital.
— Já pensou como a vida é relativamente sinistra? Ou em como somos tão minúsculos se compararmos ao tamanho do universo?
— Bebeu? — Indagou curioso.
Ele sentou do meu lado embaixo da árvore de cerejeira e contemplou a imensidão da noite em um dia chuvoso. O meu cabelo deveria estar um ninho de pássaros devido ao frio intenso, mas ainda sim existia a sensação tênue de estar em paz.
Mathias, em um gesto doce que não era comum, ajeitou um casaco espesso sobre o meu corpo. Encarei o seu rosto inelegível em busca de algo que não estava passando sobre o meu olhar, porém ler aquele homem era o mesmo que entregar um livro clássico mas mãos de quem acha que somente dark romance se caracteriza como leitura.
Uma missão quase impossível.
— Por que você muda tão abruptamente de uma hora para outra?
