Capítulo 7: Entre Sombras e Luzes

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A luz da cidade cintilava sob o céu estrelado, enquanto Jennie caminhava pela calçada, sentindo o frio da noite em sua pele. Sua mente estava em um turbilhão, dividida entre duas realidades distintas: a intensidade do amor que sentia por Marco, o ex-mafioso, e a segurança que encontrava em Lucas, o rapaz romântico que sempre a fazia rir.

Naquele dia, Marco a havia convidado para um encontro em um bar escondido. Ele a pegou pela cintura com um braço forte, seu olhar intenso fazendo com que seu coração acelerasse. Mas havia algo perturbador em seu jeito possessivo que a deixava inquieta.

"Você não precisa se preocupar, Jennie", ele dissera, com um sorriso que não alcançava os olhos. "Ninguém vai te machucar enquanto eu estiver aqui."

Aquelas palavras eram ao mesmo tempo reconfortantes e assustadoras. O brilho que Marco exalava a atraía como um ímã, mas as histórias que ouviu sobre seu passado a faziam hesitar.

Mais tarde, ela encontrou Lucas em um café. Ele a recebeu com um sorriso caloroso e um buquê de flores. "Para você", ele disse, com a sinceridade que sempre a encantou. A conversa fluiu naturalmente, e a risada de Lucas era como música para seus ouvidos. Ele falava sobre seus sonhos, seus planos para o futuro, e Jennie não pôde deixar de se sentir segura ao seu lado.

 Ele falava sobre seus sonhos, seus planos para o futuro, e Jennie não pôde deixar de se sentir segura ao seu lado

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"Você parece distante, Jennie", Lucas comentou, olhando-a com preocupação. "Está pensando em algo?"

"É só... Marco é complicado", ela respondeu, hesitante. "Ele tem um jeito possessivo que me deixa confusa."

Lucas inclinou-se para mais perto. "Você merece alguém que te faça feliz, não alguém que te controle."

Jennie sentiu um aperto no coração. As palavras de Lucas a faziam questionar suas escolhas. Ao mesmo tempo, a imagem de Marco, com seu olhar penetrante e seu sorriso enigmático, ainda queimava em sua mente.

Naquela noite, Jennie decidiu que precisava de clareza. Ela caminhou até o apartamento de Marco, o céu estrelado refletindo a confusão que sentia. Ao chegar, ele a recebeu com um abraço apertado, mas seu olhar logo se transformou em uma expressão de possessividade.

"Estava com alguém?", ele perguntou, a voz baixa e firme.

Ela hesitou. "Eu... estava com Lucas. Mas não é o que você está pensando."

"Não se preocupe, Jennie. Eu não deixarei ninguém chegar perto de você", Marco respondeu, sua mão envolvendo o queixo dela, forçando-a a olhá-lo nos olhos.

Jennie se debateu internamente. Ela queria acreditar na segurança que Marco oferecia, mas as palavras de Lucas ecoavam em sua mente. O que era amor se não fosse liberdade?

"Marco, eu preciso de espaço", ela finalmente disse, suas palavras saindo como um sussurro. "Preciso decidir o que quero."

A expressão de Marco se endureceu. "Você não entende, Jennie. Eu faço isso por nós."

Ela se afastou, sentindo a tensão crescer entre eles. "Eu preciso de mais do que isso."

A tensão entre Jennie e Marco atingiu seu auge quando ela tentou sair do apartamento. Ele segurou seu braço com força, o olhar ardendo de frustração e raiva.

"Você não vai a lugar nenhum, Jennie," ele disse, a voz carregada de ameaça. "Não depois de ter saído para encontrar Lucas. O que você estava pensando?"

Jennie tentou se desvencilhar, mas a força de Marco era avassaladora. "Eu preciso de um tempo, Marco. Para entender o que eu realmente quero. Você não pode me prender aqui."

Ele deu um passo à frente, aproximando-se perigosamente, sua respiração pesada batendo contra o rosto dela. "Eu não estou tentando te prender, Jennie. Só não quero te perder. Mas você não entende... esse é o único jeito que sei de amar."

Aquelas palavras deveriam ter trazido conforto, mas apenas fizeram com que Jennie se sentisse mais sufocada. Lágrimas se formaram em seus olhos enquanto ela tentava lutar contra a angústia que sentia. "Marco, o amor não deve ser assim. Não pode ser feito de controle e medo."

"Eu faço isso porque te amo!" Ele gritou, batendo a mão contra a parede ao lado dela, fazendo-a pular de susto. "Você acha que Lucas te amaria como eu? Ele não tem ideia do que é lutar por alguém."

"Talvez ele não precise lutar," ela sussurrou, sentindo a coragem que a movia de volta. "Talvez o amor seja mais sobre apoiar e deixar ir do que manter alguém preso."

O silêncio que se seguiu era sufocante, cada segundo se arrastando como uma eternidade. Finalmente, Marco soltou seu braço, os olhos escurecendo de dor e algo mais que Jennie não conseguiu decifrar.

"Vá, então," ele murmurou, a voz quebrada. "Mas não espere que eu fique esperando por você."

Jennie virou-se, a dor do momento pesando em seu peito, e saiu do apartamento com passos apressados. Ao chegar à calçada, seu coração acelerado fez com que puxasse o celular do bolso com mãos trêmulas. Ela discou o número de Lucas quase instintivamente.

"Jennie? Está tudo bem?" Lucas atendeu, a preocupação clara em sua voz.

"Não," ela respondeu, sentindo as lágrimas finalmente escorrerem por seu rosto. "Eu preciso sair daqui, Lucas. Preciso de um tempo para pensar. Vou para a casa de praia dos meus pais, mas... eu não quero ir sozinha. Você pode ir comigo?"

Houve uma breve pausa antes de Lucas responder. "Claro que posso. Estou a caminho, não se preocupe. Estarei aí em alguns minutos."

Jennie desligou o telefone, abraçando-se enquanto esperava. A noite estava mais fria do que nunca, e ela sentiu o peso de suas decisões se acumulando sobre seus ombros. Ela sabia que a escolha que faria mudaria sua vida para sempre, e por mais que Marco fosse intenso e apaixonado, talvez, apenas talvez, o que ela precisava fosse a simplicidade e o apoio de Lucas para se encontrar novamente.

Quando Lucas chegou e a abraçou, Jennie sentiu, pela primeira vez em muito tempo, uma sensação de paz.

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