entre dois amores

Capítulo 15 - A Escolha Desesperada

Jennie acordou com a cabeça latejando, a ressaca da noite anterior pesando em seus sentidos. Olhou para o relógio, percebendo que estava atrasada para o trabalho. Seus dedos tremeram enquanto tentava pegar os calmantes na gaveta, algo que não fazia há meses, mas a ansiedade estava mais forte do que nunca. Vestiu-se rapidamente, tentando afastar os pensamentos das ameaças de Marco, e antes de sair, enviou sua localização em tempo real para seu irmão, como uma medida de segurança. Precisava sentir que ainda tinha algum controle, por menor que fosse.

Enquanto isso, Marco estava agindo meticulosamente. Estacionou seu carro em um local isolado e trocou para a van preta que havia conseguido. Seu coração batia em um ritmo calmo, quase assustador, enquanto ele dirigia pelas ruas, mantendo os olhos atentos à figura de Jennie. Quando finalmente a viu, um sorriso sombrio se formou em seus lábios. Aproximou-se silenciosamente, e em um movimento rápido e violento, desferiu uma coronhada na cabeça dela. Jennie desabou, inconsciente, e ele a arrastou para dentro da van, fechando as portas com firmeza antes de partir em direção à casa de campo.

Chegando lá, Marco agiu como se estivesse participando de um ritual. Tirou delicadamente as roupas de Jennie, trocando-as por um vestido branco que ele havia comprado especialmente para ela, um símbolo distorcido do seu desejo de mantê-la como sua. Prendeu seus pulsos e tornozelos à cama, usando tiras de couro reforçadas. Então, sentou-se ao lado dela, esperando pacientemente que ela acordasse.

Quando Jennie finalmente abriu os olhos, o pânico tomou conta. Ela se debateu, tentando desesperadamente se libertar, mas as tiras eram firmes demais. Marco a observava em silêncio, até que, finalmente, falou com uma voz calma, porém ameaçadora:

"Se você continuar se debatendo assim, só vai machucar seus pulsos. Eu não quero que você se machuque, Jennie."

"Você está louco!", ela gritou, as lágrimas escorrendo pelo rosto. "Me solta agora!"

O rosto de Marco se contorceu em uma expressão de raiva selvagem. "Eu sou o louco, é isso? Você realmente pensou que seria tão fácil fugir de mim?" A tensão no ar era quase palpável, enquanto ele se aproximava ainda mais, olhando profundamente nos olhos de Jennie. "Você é minha, Jennie. Minha e de mais ninguém."

Jennie começou a soluçar, a realidade de sua situação batendo forte. "Por favor... me deixa ir...", ela implorou, sua voz trêmula e cheia de desespero. Mas Marco apenas balançou a cabeça, como se estivesse ouvindo algo irritante.

"Não, querida. Agora não é hora de implorar." E antes que ela pudesse dizer mais alguma coisa, ele puxou a fita adesiva e selou seus lábios, silenciando seus protestos. "Agora, falta só uma peça para esse quebra-cabeça ficar completo."

Marco pegou seu celular e tirou uma foto de Jennie amarrada e com a fita na boca, com o olhar desesperado e lágrimas escorrendo pelo rosto. Com um sorriso de triunfo, enviou a foto para Lucas com uma mensagem simples: "Venha até a casa de campo. Só nós três. E não se atreva a chamar a polícia, ou ela morre." Junto com a mensagem, incluiu o endereço.

Ao ver a mensagem entregue, Marco voltou sua atenção para Jennie, que ainda lutava contra as tiras que a prendiam. "Eu disse para você parar com isso. Não quero que fique machucada antes de nossa pequena reunião." Ele acariciou o rosto dela, enquanto Jennie tentava se afastar, sua respiração acelerada pelo medo. "Você terá que fazer uma escolha, Jennie. Mas saiba de uma coisa... Se não me escolher, ninguém mais terá você."

A tensão no ar era sufocante. Marco aguardava a chegada de Lucas, cada minuto aumentando seu desejo insano de concluir o plano. Enquanto Jennie, presa e amedrontada, sabia que estava à beira de um destino incerto, sua mente fervilhava de medo e desespero, perguntando como sobreviveria a essa noite incerta.