entre dois amores

Capítulo 4: Entre Carícias e Confrontos

Deitados na cama, os corpos ainda quentes e entrelaçados, Jennie começou a fazer carícias suaves nas costas de Marco, traçando com delicadeza as linhas de seus músculos. O silêncio preenchia o quarto, mas ela sabia que havia muito a ser dito.

"Eu não fiz nada, Marco," ela começou, a voz baixa e calma. "Apenas falei com alguém. Agora é errado falar com outra pessoa?" Sua pergunta carregava um peso que o fez se remexer desconfortavelmente.

Marco hesitou por um momento, as palavras presas em sua garganta. Ele sabia que precisava ser honesto, mas expor seus sentimentos o deixava vulnerável. "Não é isso, Jennie," ele começou, lutando para encontrar as palavras certas. "É que... eu não consigo suportar a ideia de você perto de outro homem. Só de imaginar, eu perco o controle."

Jennie suspirou, os dedos parando de se mover sobre a pele dele. "Mas isso é demais para mim, Marco," ela admitiu, seus olhos marejados. "Eu me sinto sufocada. Você não pode me tratar como se eu fosse sua propriedade. Eu preciso da minha liberdade, do meu espaço."

"Eu só quero te proteger," ele murmurou, a voz carregada de sinceridade e angústia. "Tenho medo de te perder, Jennie."

"Mas, Marco," ela disse suavemente, "o que você não entende é que se continuar assim, você vai acabar me afastando." Ela olhou nos olhos dele, buscando um entendimento. "Eu preciso pensar se posso lidar com isso. Não quero te deixar, mas também não quero viver assim."

As palavras dela atingiram Marco como um soco no estômago. Ele ficou em silêncio, sentindo o coração apertar ao perceber que poderia estar perdendo a mulher que amava por causa de seu próprio ciúme. Jennie continuou fazendo carinho em suas costas, mas ele sabia que aquele toque não trazia mais a segurança de antes – trazia uma incerteza que o deixava apavorado.

"Eu preciso mudar," ele sussurrou, mais para si mesmo do que para ela. "Por você."

Jennie o observou, esperando que ele realmente entendesse o que ela precisava. Talvez houvesse esperança, talvez não. Mas naquele momento, ela sabia que a decisão que tomaria nas próximas semanas seria a mais importante de sua vida.