CAPÍTULO 14

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**Não consigo mais botar uma fotinha nessa bomba aqui**
















CHARLIE'S POV:

Estou aqui, cercado por risadas e conversas, mas dentro de mim, tudo está desmoronando. Olho para Babe, que parece tão à vontade com Alan, e a visão me irrita. Cada vez que eles trocam palavras, um nó se forma no meu estômago. É uma mistura de ciúme e frustração que eu não consigo controlar. Alan não me fez nada, mas a presença dele ao lado de Babe me provoca uma raiva irracional. Como se ele tivesse algum direito sobre ele, e isso me consome.

O que me deixa ainda mais angustiado é que eu não entendo essa raiva. Não consigo justificar esse sentimento que me invade. É como se Alan fosse um intruso, e eu, um idiota, só assistindo. Eu sei que isso é ridículo; ele está apenas sendo amigável, mas a ideia de que eles possam estar se aproximando de uma forma que eu não posso mais, me deixa em um estado de constante desconforto. E se eles... não, não consigo pensar nisso.

Babe é como um ímã, puxando toda a minha atenção. A cada movimento dele, eu sinto uma onda de desejo. O jeito que ele ri, a forma como seus olhos brilham quando ele está animado, tudo isso me provoca. Eu deveria estar pensando em Jane, que está aqui ao meu lado, sorrindo e tentando me incluir, mas não consigo. Não quando Babe está tão perto. A distância entre nós é quase insuportável. A cada segundo que passa, eu quero me aproximar, tocá-lo, sentir a pele dele contra a minha. É como se um fio invisível me ligasse a ele, e quanto mais eu me afastasse, mais forte a conexão se tornasse.

A ideia de que ele pode estar com Alan, de que Alan pode estar se aproximando dele de uma maneira íntima, me dá vontade de socar a parede. É grotesco. Eu não deveria pensar assim. Babe é livre para fazer o que quiser, mas essa liberdade me incomoda. A última coisa que eu quero imaginar é Babe em um momento de vulnerabilidade com Alan. A imagem é insuportável.

Então, lá está Jane, tentando fazer da noite algo divertido com a brincadeira de drinks. A ideia dela, e a forma como ela se anima, me faz querer gritar. Eu sei que ela quer que todos se divirtam, mas, para mim, isso é um campo minado. Eu vi o jeito que Babe se encolheu ao ouvir a proposta. Ele sabe o que o álcool pode fazer. E eu sei, também. Naquela noite em que tudo mudou, foi o álcool que quebrou as barreiras que tentávamos erguer. E agora, ao pensar que poderíamos repetir aquela situação, sinto um frio na barriga.

Cada gole que eles tomam pode ser um passo para algo que não consigo controlar. A tensão entre nós está prestes a estourar, e eu sinto isso no ar. Babe está nervoso, e eu também. Eu gostaria de poder deixá-lo saber que não estou apenas preocupado com o que ele possa fazer; estou apavorado com o que eu mesmo posso sentir.

Na verdade, é isso que me deixa mais frustrado. Eu quero Babe de volta. Quero aquela conexão que tivemos, a intensidade daquelas noites. É uma necessidade que me consome, e quanto mais me esforço para esconder, mais forte ela se torna. O desejo de beijá-lo, de sentir seus lábios, é uma chama que não se apaga. Cada olhar que trocamos é um lembrete do que já vivemos e do que poderia ser novamente. É angustiante.

E com Alan ali, rindo e brincando, eu sinto que estou perdendo a batalha. O fato de ele estar tão próximo de Babe, tão à vontade, me dá uma vontade insuportável de me levantar e colocá-lo em seu lugar. É uma raiva que não faz sentido, mas é inegável. E a culpa que vem junto com essa raiva só aumenta a confusão. Deveria amar Jane, deveria estar focado nela, mas não consigo. Não quando tudo em mim grita por Babe.

Quando os drinks começam a fluir e as risadas se tornam mais altas, sinto que a noite está saindo do controle. Estou preso em um labirinto de sentimentos que não consigo decifrar. O que eu deveria fazer? Me afastar de Babe? Ignorar a conexão que ainda sinto? Não posso, e isso me enlouquece.

FULL SAVAGE [CHARLIEBABE]Onde histórias criam vida. Descubra agora