FULL SAVAGE [CHARLIEBABE]

CAPÍTULO 7

Que eu não era amado pelo o meu pai, isso eu tinha certeza. Agora vê-lo ameaçar o próprio filho por conta de sua ganância era desmotivador. O que mæ iria pensar? Ela realmente concordava com isso?

Sério, eu realmente não consigo imaginar qual haveria sido o motivo que levou minha mãe a escolher o crápula do meu pai como marido.

Não me leva a crer em ganância, porque ela sempre foi uma mulher independente, sempre conquistou o que ela queria com seus próprios esforços, inclusive a cadeira que ele estava sentado, e o edifício que ele pisava duro pelo com ódio havia sido todo construído por ela também.

Controlador. Mesquinho. Prepotente. Três definições exclusivas do Mr.Tony. Era ridículo chamá-lo de pai quando eu o via agir assim.

Desrespeitoso? Certo, eu talvez fosse. Mas, eu estava certo de que ele merecia beber do seu próprio remédio.

Me vigiar? Caralho, virou FBI essa porra.

Eu me encontrava indignado. Caminhava agora pela estrada a fora daquele lugar podre. Puxei do bolso um dos Marlboro, o levei a boca acendendo-o e aproveitando o encher do pulmão e o soprar viciante à gosto.

Charlie.

Naquele momento me vinha a cabeça seu nome. Viciante de dizer como sempre. Me senti podre. Pensar em um garoto a qual provavelmente já não havia sequer lembrado de mim novamente. Patético. Me pegava imaginando.

O gosto de seus lábios. Eles prendiam os meus entre dentes, viscosos misturados ao gosto puro de licor, saborosos e doces, a língua quente e grossa que não tardava muito em enfiar-se em minha boca, que prontamente aceitava ser consumido assim.

Pare. Pare com isso, Babe. Pare de pensar na boca gostosa dele sussurrando sacanagem no seu ouvido. Isso não é justo com o seu pau. Ele vai ficar durinho e deprimido.

Sacudi meus pensamentos pra puta que pariu e desisti de pensar nele, afinal não o veria novamente.

Traguei novamente o cigarro e puxei do bolso para atender meu celular que não parava de tocar.

ㅡ Babe, caralho? O que que deu? ㅡ Gritou Alan quase me deixando surdo.

ㅡ Alan, seu filho de uma desmamada dá pra você falar mais baixo? Quero ficar surdo tão jovem não!

ㅡ Babe, cala a boquinha cala. E eu não estaria gritando com você se você me respondesse. Tinha socado o telefone no cu por isso que não tinha atendido as 300 ligações que eu fiz?

ㅡ Aí, Lanin, está magoado por que eu fiquei um dia inteirinho sem falar com você? Que pena.. ㅡ Respirei fazendo uma pausa. ㅡ Que eu não ligo.

ㅡ Eu queria muito bater em você agora.

ㅡ Ah, bater em mim tem que ser do jeito que eu gosto. Apanhar pra mim só no sexo.

ㅡ Ah, meu filho aí é foda né. Se tá' carente é só transar, não vem com tuas baitolagens pra cima de mim não.

ㅡ Vixi, falou o hétero! Mais baitola que tu, Alan, eu tô' caçando.

ㅡ De onde? Mais que você eu não sou não!

ㅡ Só fala isso por que não tem a piroca desejada ainda.

ㅡ Tu é muito um rola murcha!

ㅡ Oxe, fala da minha rola não, que ela tá aqui durinha e carente, só um banho acalma, por falar isso é melhor eu ir, depois a gente se fala.

ㅡ Ei, Ei, Espera aí, Babe, me explica o que aconteceu pelo amor de Deus! ㅡ Não deixei ele continuar apenas dei um fim na ligação e respirei fundo. Mentir para o meu melhor amigo é foda, mas não por muito tempo, já que ele sempre descobre.

Mas, enquanto eu escondia isso do Alan, eu sabia que não podia esconder de alguém. Jane. E ali parado na frente de sua porta, eu sabia o por que. Jane era seu abrigo seu porto seguro. Ela sabia bem suas frangilidades, e sabia com ajudá-lo sempre. Ela nunca negaria nada pra ele.

ㅡ Babe, o que está fazendo aqui? ㅡ Surpresa ela me encarou, no entanto, nada eu disse, apenas a abracei. Meu conforto desde de criança.

...

ㅡ Agora pode me explicar, Babe?

ㅡ O pai como sempre.

ㅡ O que ele fez dessa vez? ㅡ Como sempre cansada das minhas discussões com o nosso pai.

ㅡ O de sempre, ele não suporta minha felicidade, e agora está me ameaçando.

ㅡ Como assim, Babe?? Por que ele te ameaçaria?

ㅡ Me controlar, talvez? Ele sempre consegue tudo que ele quer e agora não é diferente.

ㅡ Espera.. Me explica isso direito.

Ela parecia incrédula, claro, quem não ficaria? Pensar que seu próprio pai lhe ameaçaria era o cúmulo.

ㅡ Eu terminei com o Pete.

Jane ficou surpresa. ㅡ Por que? Você não tá de cu doce né?

Ela já sabia das minhas idas e vindas com ele. A gente sempre se pegava, namorava, terminava, voltava e ficava tudo bem. Até um dia que ele me viu com um cara, ficou puto de ciúmes e decidiu me pedir em namoro de verdade. Naquele momento, eu abri meu coração verdadeiramente, e nunca mais havia ficado com ninguém, prometemos um para o outro não sair com ninguém enquanto estivéssemos, e parecia estar dando certo, até ele me trair.

...

ㅡ Filha de uma puta! Ele te traiu mesmo? Na cama de vocês? Que nojento!

ㅡ É sim, e o pior era o jeito que ele sorria pra mim enquanto fodia aquele filha da puta! Eu senti tanta vontade de matá-lo.

ㅡ Nossa, Babe, por que não me contou? Eu teria ido pessoalmente arrancar o pinto dele fora. ㅡ Disse claramente com raiva.

ㅡ Você é a única que consegue fazer com que eu ria numa situação dessa. Mas, continuando, eu me senti mal sabe, eu pedi para ele nunca mais aparecer na minha frente, porque senão eu ia estourar os miolos dele, sério, ele deixou-me com tanto ódio que eu fiquei tremendo.

ㅡ Eu imagino.. e confesso que se fosse comigo eu não sei o que faria. Se eu visse a pessoa que eu amo me traindo eu não sei o que eu faria.

ㅡ O pior não foi isso, foi o fato de ter sido com o Way, a porra do meu melhor amigo!

ㅡ Não, não, eu não acredito Babe! Eu disse para você Babe, eu disse para você não ficar amigo dele! Eu sempre te alertei que ele podia ser um risco para você, e olha o que ele fez, cara! Aquele moleque nunca desceu na minha garganta! Eu vou criar um buraco na cabeça dele!!

ㅡ Calma, P'Jane! Não vale a pena! Eles não valem a pena! E sem contar que eu sei me cuidar..

A via acalmar um pouco, mas ainda emburrada estava. E eu tentava colocar na minha cabeça que eu tinha o controle da situação e não meu pai.

Eu tinha mesmo?

**Eu não tô conseguindo colocar imagem nos capítulos mais** socorro!!