CAPÍTULO 9

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POV'S CHARLIE

1 SEMANA DEPOIS

Sexta feira, 4:30 da manhã, e Charlie não pregava o olho.

Faz uma semana desde que transamos, e utimamente, tenho sido consumido por uma sensação intensa de saudade que me corrói por dentro. Estou desesperadamente enlouquecido de desejo por Babe, o homem com quem compartilhei momentos de pura paixão e intensidade.

Nossos toques, nossas carícias, tudo aquilo me marcou de uma maneira que eu não consigo esquecer. Cada dia que passa, o desejo por ele cresce ainda mais. Penso em Babe incessantemente, a cada momento do dia, e especialmente nas noites solitárias, quando o silêncio se torna insuportável.

Sinto sua falta em cada célula do meu corpo, como se a distância entre nós fosse uma dor física. E, mesmo quando estou cercado por outras pessoas, me sinto terrivelmente só. Mas essa saudade não é o único sentimento que me atormenta. Sinto-me também um pecador, um traidor.

Tenho uma futura esposa, alguém que confia em mim, que acredita no nosso futuro juntos. E ainda assim, eu traí essa confiança com Babe. Isso me faz sentir um peso esmagador de culpa, uma dor que só aumenta com o tempo. Contudo, por mais que eu me sinta mal por ter traído minha futura esposa, não consigo me arrepender do que fiz com Babe.

Aqueles momentos foram os mais intensos e reais que já vivi. E se tivesse a chance, eu repetiria tudo novamente, sem hesitar. Porque, no fundo, mesmo sabendo das consequências, eu desejo Babe de uma maneira que não posso controlar. E essa saudade, esse desejo, é algo que carrego comigo todos os dias, me consumindo por dentro, mas também me mantendo vivo.

Tento, com todas as minhas forças, me controlar. Todos os dias, repito para mim mesmo que Babe não é nada meu e nunca será. Tento convencer minha mente de que é inútil alimentar essa saudade, esse desejo que parece não ter fim.

Me esforço para me focar na minha vida, no compromisso que fiz com minha futura esposa, na promessa de um futuro que construímos juntos. Mas, por mais que eu tente, a imagem de Babe está sempre presente, uma sombra constante que não consigo afastar.

Cada vez que sinto o vazio da ausência dele, tento me lembrar de que nossa ligação é proibida, que ele não me pertence e que nunca vai pertencer. Tento sufocar esses sentimentos, me convencer de que preciso seguir em frente, viver com essa lástima dentro de mim. Mas, mesmo sabendo de tudo isso, a saudade não diminui.

Ela continua ali, uma dor persistente que me lembra constantemente do que vivi e do que não posso ter. É uma batalha interna, uma luta entre razão e desejo, e eu me pergunto se algum dia vou conseguir vencer.

Sinto uma necessidade intensa pelo corpo de Babe, como se cada momento de ausência criasse um vazio que só os seus toques podem preencher. Cada pensamento sobre os toques dela traz uma satisfação profunda, uma âncora em meio à tempestade, uma fonte inesgotável de conforto e desejo.

Enquanto estou longe, a distância se transforma em uma expectativa constante, um anseio que cresce a cada segundo. E quando finalmente estavámos juntos, cada toque era uma explosão de realização, como se todas as partes de mim que estavam esperando, finalmente encontrassem o que tanto precisavam. É uma conexão tão profunda e essencial que só de pensar nisso me sinto preenchido e completo.

Sinto-me completamente esmagado pela culpa e pelo desejo ao mesmo tempo. A traição à minha esposa é como um peso constante em meu coração, uma ferida aberta que não cicatriza. Enquanto eu estava com Babe, a consciência de que estava traindo quem me ama me corroía por dentro, mas a verdade é que não consigo me arrepender verdadeiramente.

No fundo, a necessidade de reviver cada momento com Babe é avassaladora. É como se minha mente estivesse dividida em duas: uma parte de mim entende o quanto isso é errado, mas a outra parte está disposta a cometer o mesmo erro repetidas vezes, apenas para sentir o prazer que Babe me proporciona.

FULL SAVAGE [CHARLIEBABE]Onde histórias criam vida. Descubra agora