estranha

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tão peculiar que me vejo desprovida de amizades; 
sinto-me isolada, pois a cada lágrima que verte, 
a impressão de que não há ninguém ao meu lado se intensifica. 
tento expor meus tormentos, 
os olhares que recebo transmitem estranheza 
e distanciamento. 

serão meus dilemas tão insensatos ou grotescos? 
as almas convencionais se sentem normais, 
ou compartilham da mesma inquietude que me consome? 
acredita-se que ser distinto confere uma superioridade, 
mas tal crença é ilusória; a solidão é o destino final, 
e, no cotidiano, a ausência de conexão transforma-se em desconforto. 
a dor não te torna forte; ela acentua tua singularidade. 

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