prachin buri

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Yoko

Recentemente, fui ao shopping com a P’Faye e, enquanto explorávamos algumas lojas, experimentei uma aliança tão linda que meus olhos brilharam. Olhei para ela com um olhar pidão, mas percebi que ela parecia um pouco estranha. Talvez a ideia de casar ainda seja muito cedo para ela, não sei. Não falamos mais sobre isso. Fiquei com uma vontade imensa de comprar aquelas alianças, mesmo que não fôssemos nos casar agora. Eu poderia guardá-las, porque sei que um dia vamos nos casar.

Decidi voltar à loja alguns dias depois, sozinha, mas, para minha surpresa, as alianças já haviam sido compradas. Era de se esperar, pois eram realmente deslumbrantes. Talvez isso seja um sinal do universo, indicando que ainda não é o momento certo para fazer isso.

Neste final de semana, vamos visitar a família da P’Faye em Prachin Buri, uma viagem de três horas. É a segunda vez que estamos indo juntas para lá. A família dela é extremamente amorosa, nós mantemos contato frequente virtualmente, mas quando estamos pessoalmente, a energia é tão calorosa que fica evidente de onde ela herdou esse jeitinho tão amoroso e acolhedor.

Confesso que na primeira vez que fui conhecê-los, estava bastante nervosa. Tinha medo de não receber a aprovação da família da pessoa que eu mais amo. Mas hoje posso dizer que sou mimada por eles mais do que a própria P’Faye, especialmente por sua mãe. Parece um sonho viver tudo isso, me sinto realmente sortuda.

Faye

Mal posso esperar para chamar a Yoko de minha noiva e, em seguida, minha esposa. Essas palavras soam tão bem quando olho para ela. Sinto que esta viagem para rever minha família é o momento perfeito para pedi-la em casamento. Tenho certeza de que todos ficarão felizes com a notícia. Quanto à minha sogra, bem, provavelmente ela vai sentir um pouco de ciúmes por não presenciar esse momento, mas depois vou dar um jeito de agradá-la.

Faz duas semanas que comprei as alianças e, graças a Deus, a Yoko ainda não as encontrou. As escondi bem em cima do guarda-roupa, como ela é mais baixa do que eu, é pouco provável que mexa lá. Mas confesso que minha ansiedade está me consumindo, quero colocar logo essa aliança no dedo dela e ficar admirando.

[...]

“Ainda falta muito para chegarmos?” – Yoko resmunga, fazendo um biquinho no banco do passageiro, enquanto Faye desvia o olhar da estrada rapidamente para dar atenção a ela.

“Um pouco, amorzinho. Você está com sono? Que tal tirar um cochilo?” – Faye sugere, voltando a concentrar-se na estrada.

“Eu quero dormir com você.” – Yoko responde, respirando fundo.

“Logo logo vamos descansar agarradinhas.” – Faye sorri, encantada com a manha da namorada.

Ao chegarem na casa de Monna, mãe de Faye, são calorosamente recebidas pelas gêmeas, Michele e Manoela, que as envolvem em um abraço apertado. Em seguida, Monna aparece para acolhê-las com um sorriso e ajudar a carregar as malas para dentro da casa.

Logo, o almoço é servido à mesa, e a família se reúne em torno dos pratos deliciosos preparados por Monna.
Enquanto todos se servem, Faye aproveita para atualizar a mãe sobre as novidades de sua vida e também pergunta sobre o que tem acontecido com ela e as suas irmãs. Michele e Manoela começam a fazer perguntas curiosas para Faye, logo entrando em uma divertida disputa para ver quem consegue contar algo primeiro. A competição amigável entre as irmãs traz um clima leve e animado ao almoço, fazendo todos rirem e se divertirem com suas histórias e provocações. Monna observa tudo com um olhar satisfeito, feliz por ver suas filhas e a nora reunidas após tanto tempo distantes.

Os pratos vão sendo devorados, e a mesa se enche de elogios à culinária de Monna. “Estava com saudades da sua comida, sogrinha. É tão saborosa.” – diz Yoko, enquanto saboreia um pedaço do frango frito, com um sorriso no rosto que revela sua satisfação.

Após o almoço, chega a hora do descanso. Faye e Yoko se dirigem ao antigo quarto de Faye e se aninham em uma conchinha na cama, rapidamente pegando no sono devido ao cansaço da viagem.
Poucos minutos depois, as gêmeas, com sorrisos arteiros, decidem invadir o quarto e se jogam em cima do casal. O susto é imediato, e Faye acorda com os olhos arregalados. – “Meninas, que susto!”– ela exclama, ainda atordoada e sorri da travessura das irmãs.

“Vocês querem dormir com a gente, meus amores?” – Yoko pergunta, acariciando suavemente o cabelo de Manu. As gêmeas assentem animadas, e Faye e Yoko rapidamente abrem espaço na cama para que elas se aconcheguem. Manu se deita confortavelmente sobre o colo de Yoko, enquanto Michele faz o mesmo no colo de Faye. Em poucos minutos, a tranquilidade do momento os envolve, e todas elas adormecem, cercadas por um aconchego sereno.

Monna percebe que a casa, geralmente tão barulhenta, está estranhamente silenciosa. Ao parar na porta do quarto de Faye, ela se depara com as quatro dormindo juntas. "Essas meninas não têm jeito." – murmura baixinho para si mesma, um sorriso brotando em seu rosto ao sentir o carinho que a cena transmite.

[...]

Na manhã seguinte, Yoko acordou com um leve resfriado, devido à mudança climática. Ao vasculhar a mala de Faye em busca de um remédio, ela não fazia ideia de que iria encontrar algo inesperado em um dos bolsos.

“Isso é…” – murmurou para si mesma, cobrindo a boca com a mão, tomada pela surpresa. Com um rápido movimento, ela colocou a caixa de volta no lugar de onde a havia tirado.

Sem saber como lidar com a descoberta, Yoko se trancou no banheiro, encostando as costas na porta e respirando fundo. “Ela vai me pedir em casamento.” – pensou, repetindo a frase em sua mente, incapaz de conter o sorriso que surgia em seu rosto.

“Que droga! Não queria ter encontrado a caixinha de alianças. Como vou fingir surpresa agora?” – questionou-se enquanto se olhava no espelho, tentando manter a calma, mas a vontade de gritar de felicidade era quase irresistível.

“Amor, mamãe está nos chamando para tomar café.” – Faye diz batendo na porta do banheiro.

“Estou indo.” – respondeu Yoko, prometendo a si mesma que conseguiria disfarçar sua empolgação.

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