eu vejo você

tirar o atraso

Alerta: +18.

Após uma semana inteira na cidade natal de Faye, elas finalmente retornaram para casa. Ao fechar a porta, Faye se encosta contra ela, sentindo a pressão do corpo de Yoko em sua frente. Yoko a encara com um olhar cheio de desejo, quase faminto. Faye segura firmemente a cintura de Yoko e morde os lábios, mas logo desfaz o gesto quando Yoko a beija com ardência, sua língua explorando cada canto da boca de Faye, que gemeu com o contato.

Yoko entrelaça as pernas ao redor do colo de Faye, que sustenta seu peso com as mãos firmemente agarradas em sua bunda. Foram quatro dias sem sexo, conseguiram transar apenas uma vez na casa da mãe de Faye, foi um momento rápido e contido, porque não podiam fazer barulho. A chama entre elas estava acesa, ansiosas para saciar a fome que sentiam uma pela outra e celebrar o noivado.

Faye caminhou com Yoko em seu colo, tropeçando em alguns cômodos da casa, se dirigindo em direção ao quarto, sem interromper os beijos que as deixavam ofegantes. Ao entrar, jogou Yoko sobre a cama e se posicionou por cima dela, saboreando seu pescoço como se estivesse tentando capturar cada gota de prazer que ali existia.

As roupas de ambas iam caindo no chão, uma a uma, em um ritmo acelerado. O som das peças se chocando contra o chão se misturava à respiração pesada e entrecortada das duas, exalando o tesão que estavam sentindo.

[...]

"Isso, isso... Mais rápido, P'Faye. Ah..." - Yoko gemia alto, aliviada por finalmente se sentir à vontade para se entregar ao prazer por completo, enquanto Faye penetrava seus dedos freneticamente dentro dela, preenchendo-a por inteiro.

"Continua gemendo assim para mim, amor, é tão gostoso." - Faye disse com a voz ofegante, seus olhos entreabertos e repletos de desejo. Imersa no fervor, intensificou os movimentos de vai e vem, deslizando o polegar sobre o clitóris de Yoko, provocando ondas de volúpia que faziam Yoko gemer cada vez mais alto, chamando o seu nome.

Poucos minutos depois, ambas alcançaram o ápice: primeiro Faye, em seguida Yoko. Seus corpos estavam cobertos de suor, e nem mesmo o ar-condicionado conseguiu amenizar a temperatura do momento. Faye se deitou ao lado de Yoko, que repousou o rosto em seu peito, ela acariciava suas costas nuas com as pontas dos dedos.

"Agora me conta, como você planejou me pedir em casamento?" - Yoko pergunta, levantando o rosto e encarando Faye com um sorriso.

"Aproveitei que você queria ir ao shopping e, enquanto estávamos lá, não sei se percebeu, mas induzi você a entrar naquela joalheria. Queria ver se alguma aliança chamava sua atenção, porque logo depois eu pretendia comprar." - Faye responde, sorrindo, com as bochechas levemente rosadas.

"Por isso você estava tão estranha! Cheguei até a pensar que você ficou assustada quando me viu experimentando a aliança. Eu gostei tanto dela que também pensei em voltar para comprar depois, mas quando fui lá, você já tinha feito a compra." - Yoko diz com um sorriso travesso.

"É sério?" - Faye franze a testa, surpresa.

"Sim! Mas se você comprou no dia seguinte, como você conseguiu esconder?" - Yoko pergunta, confusa.

"Eu coloquei em cima do guarda-roupa," ela ri. - "Mas vacilei quando chegamos na casa da mamãe, acabei esquecendo de esconder e ficou no bolso da minha mala." - Yoko gargalhou, acariciando o rosto de Faye.

As noivas permaneceram aconchegadas na cama por um bom tempo. Faye segurava a mão de Yoko, encantada, enquanto observava e acariciava a aliança em seu dedo.

Faye

Como esperávamos, minha sogra apesar de ficar feliz com a notícia, também ficou enciumada ao saber que tivemos uma comemoração na casa da minha mãe. Para compensar, logo teríamos outra celebração, desta vez na casa dela. Combinamos de ir à noite, após a aula de dança da Yoko.

[...]

Em 5, 6, 7, 8...

"Yuri, você está errando a entrada. Você é logo após a Yoko." - diz o professor James, interrompendo a coreografia.

"Amiga, e esse anel? Achei um luxo." - cochicha Bam, amiga de Yoko, enquanto o professor reinicia a música.

"Estou noiva." - responde Yoko, com um sorriso radiante.

"Meus parabéns, amiga! Por favor, me convide para o casamento." - Bam diz, visivelmente empolgada e Yoko afirmou acenando com a cabeça.

Yoko

Bam tem sido minha melhor amiga no curso de dança. Nos aproximamos quando levei um tombo na sala, e ela veio me ajudar a levantar, por pouco não torci o pé. Desde então, começamos a conversar e ela se tornou minha duplinha.
Ela não sabia que sou uma pessoa um pouco conhecida em Bangkok. Confessou que já viu meus livros e os da minha noiva nas prateleiras, mas nunca havia chamado sua atenção. Eu insisti para que ela lesse, e, claro, ela fez isso e adorou.
Sempre que o professor pede um freestyle em dueto, nós nos apresentamos e recebemos muitos elogios dele. Estou tão feliz com tudo isso e não quero parar nunca mais. Em breve, farei minha primeira apresentação no teatro, e estou bastante ansiosa.

[...]

Faye e Yoko estavam a caminho da casa de Supanne. Enquanto dirigia, Faye mantinha seus olhos na estrada e conversava com Yoko.

"Como foi a aula hoje, amor?"

"Foi boa, mas você não vai acreditar, a Yuri errou a entrada de novo! Estou perdendo a paciência." - Yoko respondeu, respirando fundo. "Cheguei atrasada e nem consegui conversar direito com a Bam, mas ela notou a aliança no meu dedo durante o ensaio e ficou super feliz com a notícia." - completou, sorrindo.

"E como ela está?" - Faye perguntou, curiosa.

"Está melhor. Faz um tempo que não a vejo tendo crises de ansiedade." - respondeu Yoko, retirando o cinto de segurança.

Ao saírem do carro, Faye abraçou Yoko e deu um beijo carinhoso na frente da porta da sogra. Assim que entraram na casa, foram calorosamente recebidas por Supanne e Neko, que parabenizaram o casal pelo noivado.

A mesa da cozinha estava repleta de guloseimas, e Yoko, sentindo fome após a energia gasta na aula, foi logo se servindo.

"Vocês já estão pensando em inseminação artificial, filha? Ou preferem adotar?" - Supanne perguntou com um sorriso travesso.

"Mamãe, por que a senhora é tão apressada? Eu ainda nem casei!" - resmungou Yoko, enquanto devorava um pedaço de torta de frango.

Faye observou a cena e riu. - "Supanne, não se preocupe. A senhora terá netinhos, mas vai demorar um pouco." - Yoko cutucou Faye com o dedo em sua barriga. - "Ai!" - ela exclamou, sentindo cócegas.

"Sinto falta de cuidar de um bebê, é só isso. Minhas filhas já estão tão grandes." - Supanne desabafou. - "Como o Neko ainda não arrumou ninguém, fica mais fácil vir de vocês."

Yoko caiu na gargalhada. - "Poxa, mãe, não precisa expor que eu sou encalhada!" - Neko não perdeu a oportunidade e debochou, rindo junto.

Ao retornarem para casa, Yoko adormeceu no banco do carro. Faye a segurou no colo e a levou delicadamente para a cama, cobrindo-a com o edredom e deixando um beijo em sua testa.

Ainda eram dez horas da noite, então Faye se acomodou na sala, de frente para o notebook. O casamento aconteceria em três meses e muitas coisas ainda precisavam ser organizadas. Enquanto navegava pela internet, ela se deparou com uma notícia que a deixou em choque:

"Maurício Machado, dono da Editora Livre, é preso em flagrante. O acusado desviava dinheiro dos escritores que possuem contrato com sua empresa."