o presente perfeito.

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Amelie estava deitada no sofá de seu pequeno apartamento, encarando o teto com uma expressão de desespero

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Amelie estava deitada no sofá de seu pequeno apartamento, encarando o teto com uma expressão de desespero. O aniversário de Chan estava a apenas uma semana de distância, e ela simplesmente não conseguia decidir o que dar a ele de presente. Não era apenas a proximidade da data que a deixava nervosa, mas sim o fato de que parecia impossível encontrar algo que fosse bom o suficiente para ele

Desde o primeiro dia em que se conheceram, quando ele acidentalmente derramou chá sobre suas anotações, Amelie vinha guardando em segredo a grande admiração que nutria por ele, e com o tempo, seu carinho cresceu em uma paixão profunda e genuína. Ela queria algo especial, algo que fosse único e que mostrasse o quanto ele significava para ela.

Mas o problema era: Chan já tinha de tudo

Ele era uma estrela de sucesso, com fãs ao redor do mundo, presentes de todas as formas e tamanhos, roupas de grifes que ela só poderia sonhar em comprar, e, além de tudo, ele era alguém que não parecia se apegar ao material. Sempre preferia momentos simples a objetos caros. Amelie queria presenteá-lo com algo significativo, algo que transmitisse seus sentimentos, mas toda ideia que passava pela sua cabeça parecia... insignificante.

Ela olhou para o teto por mais alguns segundos antes de pegar o celular e abrir uma aba de pesquisa. Ela começou a procurar ideias de presentes para o namorado, mas logo se frustrou. "Relógio?" Chan já tinha uma coleção impressionante. "Jaqueta?" Na última vez que saíram, ele apareceu com uma jaqueta novinha, perfeita para o inverno. "Tênis?" Nem pensar — ela se lembrou de quando, dias atrás, ele apareceu na cafeteria com um par de tênis de edição limitada, e ela teve que sorrir e engolir a frustração.

Era como se cada vez que ela pensava em algo, Chan magicamente aparecia usando exatamente o que ela estava considerando comprar. Amelie tentou ignorar a onda de desânimo que ameaçava tomá-la por completo e decidiu sair para esfriar a cabeça. Caminhar talvez ajudasse a pensar em algo. 

No caminho até uma loja de presentes no centro de Seoul, sua mente estava fervilhando de ideias, mas parecia que todas acabavam se dissolvendo como areia entre seus dedos. Amelie parou em seco e respirou fundo. 

— Não, não pode ser sério. Como ele consegue sempre estar um passo à frente? — Ela murmurou para si mesma enquanto sentia a frustração crescer. Virou de costas e decidiu ir para outra loja.

Quando entrou em uma boutique mais afastada, uma vitrine cheia de bonés estilosos chamou sua atenção. Chan adorava bonés, então, por que não escolher um exclusivo e personalizado? Ela já estava animada com a ideia, quase decidida, quando seu celular vibrou. Era uma mensagem de Chan.

Chan: "Ei, olha só esse boné que acabei de ganhar de presente! Super raro, edição limitada! 💥"

Amelie encarou a foto que ele havia enviado, sentindo o peso do destino brincar com sua paciência. Era quase cômico, se não fosse trágico. Outro presente descartado.
De volta ao apartamento, Amelie jogou-se no sofá mais uma vez, exausta. Ela suspirou, fechando os olhos e tentando pensar em algo que fosse verdadeiramente especial.

Depois de dias tentando encontrar o presente perfeito para Chan — algo grandioso, luxuoso, digno do homem incrível que ele era — ela finalmente entendeu que o melhor presente não precisava ser material. Era algo que já estava com ela o tempo todo: suas cartas.

Desde aquele primeiro dia no café, quando Chan acidentalmente derramou chá sobre suas anotações, Amelie tinha começado a escrever cartas para ele. Naquele momento, eram apenas desabafos para si mesma, uma forma de organizar o que sentia sobre o encontro desastrado com o idol que tanto admirava. No entanto, à medida que os encontros se tornaram mais frequentes e a conexão entre eles se aprofundou, essas cartas passaram a ser um reflexo sincero de seus sentimentos — da admiração ao carinho, e depois, ao amor.

Essas cartas eram o bem mais precioso de Amelie. Em cada uma delas, havia um pedaço de sua alma, um reflexo de como ela o via, não como uma estrela, mas como o homem que, mesmo com o mundo sobre seus ombros, sempre sorria de maneira gentil. Ela escreveu sobre como ele a inspirava, sobre suas inseguranças e sobre a forma como o coração dela acelerava toda vez que ele estava por perto. Algumas cartas eram simples, como a vez em que ele a fez rir até doer a barriga, e outras eram profundas, relatando como ele a ajudou a lidar com momentos difíceis, mesmo sem saber disso.

Enquanto organizava as cartas em uma pequena caixa de madeira, Amelie se perguntava se Chan gostaria de saber sobre ele lado tão íntimo dela. Era simples, mas era especial. Gravou na tampa o nome dele com uma caligrafia delicada. O presente, embora modesto à primeira vista, carregava anos de sentimentos, confidências e emoções que só ele poderia compreender.

Na noite anterior ao aniversário de Chan, Amelie se sentou para revisar sua última carta. Essa seria a mais especial. Ela havia escrito sobre o quanto ele havia mudado sua vida, não apenas como Bang Chan, o líder do Stray Kids, mas como Chan, o homem que ela amava. As palavras fluíam do coração, honestas e sem filtros. Quando terminou, colocou a carta no topo da pilha e fechou a caixa com cuidado.

Quando o dia finalmente chegou, Amelie se sentiu nervosa. Ela encontrou Chan em seu estúdio, cercado por amigos e colegas que já haviam enchido o lugar de presentes. Ele estava radiante, distribuindo sorrisos a todos, mas quando viu Amelie entrando pela porta, seus olhos brilharam de um jeito diferente.

— Oi! — ele disse, sua voz carregada de animação, aproximando-se dela. — Você não avisou que vinha aqui...

— Eu quis fazer uma pequena surpresa. — Amelie sorriu, tentando conter o nervosismo que sentia. Ela colocou o presente sob a mesa da sala em que Chan estava. — Feliz aniversário, amor! — Ela se aproximou de Chan e o abraçou apertado, sendo correspondida na mesma intensidade. Desfazendo o abraço, Amelie segurou o rosto de Chan em sua mãos delicadas e plantou um beijo amoroso nos lábios cheios dele. Ao se separarem, Chan apenas conseguia rir da atitude amorosa dedicada a si. 

Ele estava apenas... feliz. Feliz por tê-la.

— Eu trouxe uma coisinha para você. — Ela entregou a caixa a ele, suas mãos ligeiramente trêmulas. — Não é nada grande... Espero que você goste!

Chan olhou para a caixa com curiosidade e a abriu com cuidado. Ele tirou a primeira carta e, ao perceber o que era, seus olhos suavizaram. Um sorriso pequeno e genuíno apareceu em seu rosto. 

— Você escreveu todas essas para mim? — Os olhos dele estavam quase pequenos devido ao sorriso enorme que ocupava seus lábios. 

— Desde o primeiro dia... — Amelie assentiu. — Quando você derramou chá nas minhas anotações. Eu queria que você soubesse o quanto você significa para mim... desde aquele momento e até antes, quando eu só te admirava como um idol.

Chan não disse nada imediatamente. Em vez disso, puxou-a para um abraço apertado novamente, um que durou mais do que qualquer outro que ela já tinha recebido dele. Ele não precisou de palavras; o gesto disse tudo. Quando se afastaram, ele estava com os olhos brilhantes, claramente emocionado.

— Esse é o melhor presente que eu já ganhei,— ele disse, sua voz rouca de emoção. — Obrigado, Amelie. Isso... significa mais do que você imagina.

Ela sorriu, sentindo-se finalmente em paz. Não era um relógio de luxo ou uma jaqueta cara que ele queria, mas algo genuíno, algo vindo diretamente do coração dela. E, naquele momento, ela sabia que havia dado a ele o presente perfeito.

𝑶𝑵𝑫𝑬 𝑽𝑶𝑪𝑬̂ 𝑬𝑺𝑻𝑬𝑽𝑬?, 𝘣𝘢𝘯𝘨𝘤𝘩𝘢𝘯Onde histórias criam vida. Descubra agora