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Era uma noite tranquila depois de um longo dia chuvoso. As ruas de Seoul estavam silenciosas, com o chão molhado refletindo o brilho suave das luzes dos postes. Chan e Amelie caminhavam juntos, lado a lado, em direção ao dormitório que Chan dividia com Han, Hyunjin e Changbin. O ar fresco trazia uma sensação de calmaria, perfeita para o término de uma noite especial. Eles haviam acabado de sair de um restaurante, onde celebraram o oitavo mês de namoro. O jantar havia sido íntimo e aconchegante, repleto de conversas leves, risadas e, claro, a típica troca de olhares carinhosos que fazia o coração de ambos bater mais forte.
Amelie estava mexendo no celular, respondendo a uma mensagem que sua mãe havia enviado, enquanto Chan a observava com um sorriso suave. Ele adorava ver o jeito distraído dela quando estava concentrada em algo, seus dedos rápidos no celular, a expressão de leve preocupação ao lidar com algum pedido de sua mãe. As ruas ao redor estavam desertas, e tudo estava calmo — até demais.
— Chan, minha mãe disse que... — Amelie começou a dizer, levantando os olhos do celular por um breve momento.
No instante em que Amelie voltou a atenção para ele, viu apenas Chan tentando manter o equilíbrio. Tudo aconteceu rápido demais para que ela pudesse reagir. O chão molhado e escorregadio, resultado da longa chuva, havia feito Chan perder o equilíbrio, e num piscar de olhos, ele escorregou. Seus pés pareceram se perder em uma dança desajeitada, e, antes que pudesse se segurar, ele caiu de cara no chão com um baque surdo, surpreendendo completamente Amy.
— Chan! — Amelie exclamou, largando o celular no bolso e se aproximando rapidamente. Apesar de seu instinto de tentar segurá-lo, ela sabia que, com sua altura baixa, não teria muita chance de segurar o namorado, que, com 1,71m, era visivelmente maior que ela. Mesmo assim, sua primeira reação foi se abaixar ao lado dele. Chan ficou deitado por um segundo, atordoado, como se tentasse entender o que acabara de acontecer. Amelie, preocupada, tocou suavemente no ombro dele.
— Você está bem? — ela perguntou, a voz ansiosa enquanto o observava. Chan ergueu a cabeça devagar, a expressão confusa, mas logo um sorriso meio torto apareceu em seu rosto.
— Eu... estou bem. — Ele riu baixinho, ainda deitado, a vergonha começando a tomar conta. — Só... só preciso de um minuto para me recuperar do meu próprio desastre.
Amy respirou aliviada, mas não conseguiu evitar soltar uma risada. A situação toda era tão inesperada que era difícil não achar graça. Chan, sempre tão confiante e ágil, agora estava no chão, todo desajeitado.
— Você está rindo de mim? — Chan perguntou, ainda deitado, mas com um brilho divertido nos olhos.
— Não, não... — Amelie tentou se conter, cobrindo a boca com a mão, mas a risada escapava entre os dedos. — Bem, talvez um pouco. Você escorregou de um jeito... eu nunca tinha visto alguém cair assim.
