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Era uma tarde tranquila no apartamento que Chan e Amelie dividiam há mais de um ano. Chan estava sentado no sofá, trabalhando em algumas anotações musicais no notebook, quando a campainha tocou. Ele olhou para a porta com curiosidade, já que não estava esperando ninguém. Ao abrir a porta, ele deu de cara com Minho, que entrou sem cerimônia, como sempre fazia.
— Oi pra você também. — Chan comentou com uma risada, fechando a porta enquanto Minho já se jogava no sofá com um suspiro alto e dramático.
— Onde está a Amy? — Minho perguntou, apoiando a cabeça no encosto do sofá e olhando para o teto como se estivesse à beira de um colapso emocional.
— Ela saiu pra comemorar o aniversário de uma amiga. Bar com karaokê. — Chan se aproximou, rindo da cena. — Acho que vai demorar um pouco pra voltar. Por quê? Você queria falar com ela?
— Claro que foi sair justo hoje... — Minho bufou, claramente frustrado. Ele se ajeitou no sofá, virando-se para Chan com uma expressão meio irritada, meio derrotada.
— O que aconteceu, Minho? — Chan perguntou, ainda mais curioso com o comportamento do amigo. Ele se sentou na poltrona ao lado, cruzando os braços. — Você tá estranho.
— Eu precisava de um conselho da Amelie. Algo sobre... mulheres. — Minho hesitou por um momento, mas, sabendo que seria impossível escapar sem contar a verdade, acabou desabafando.
— Ah, entendi... Então quer dizer que você está apaixonado por alguém? — Chan arqueou as sobrancelhas, surpreso.
— Sim, mas não é da sua conta. — Minho revirou os olhos.
— Uau. — Chan levantou as mãos em um gesto defensivo, mas havia um sorriso divertido em seu rosto. — Você veio até o meu apartamento para pedir ajuda da Amy e, de repente, eu sou o vilão?
— Não é isso... é que... — Minho o encarou por um segundo, antes de suspirar e se afundar no sofá novamente. — eu realmente preciso de ajuda, mas a Amy sempre tem um jeito com essas coisas. Ela consegue entender as pessoas, sabe?
— E eu não? — Chan franziu a testa, sentindo uma pontada de ofensa. Ele balançou a cabeça, fingindo-se indignado. — Eu sou seu amigo há anos e você não acha que eu posso te ajudar com isso?
— Hyung, com todo respeito... — Minho deu uma risada baixa, claramente se divertindo com a situação. — você mal sabia como conversar com a Amelie quando começaram a namorar. Eu ainda lembro de como você ficava nervoso perto dela.
— Isso é golpe baixo! Eu não estava nervoso... estava apenas... cauteloso. — Chan arregalou os olhos. Ele tentou se defender, mas sabia que Minho tinha razão.
— Cauteloso? — Minho riu. — Você praticamente tropeçava nas palavras toda vez que ela entrava na sala. Não vou mentir, foi engraçado de assistir.
