um pouco sugestivo.

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Amelie sentia que os dias na faculdade estavam ficando cada vez mais longos

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Amelie sentia que os dias na faculdade estavam ficando cada vez mais longos. As provas, o estágio e os projetos acumulados deixavam sua cabeça latejando como se pudesse explodir a qualquer momento. A caminhada do ponto de ônibus até o apartamento parecia mais longa do que nunca. Mas, no fundo, ela sabia que, assim que colocasse os pés dentro de casa, encontraria o alívio que tanto desejava.

Ao abrir a porta, Amelie se deparou com Chan sentado no sofá da sala, os fones de ouvido cobrindo suas orelhas enquanto ele olhava concentrado para o notebook em seu colo. Era quase um milagre que ele estivesse em casa cedo, dado o comeback em algumas semanas. A luz suave do abajur iluminava o espaço, criando um ambiente acolhedor. Ele estava alheio à sua chegada, perdido em ideias e batidas altas.

O cabelo cacheado, tão bagunçado e fofo, quase implorando por um toque. Chan era inebriante. E Amelie não conseguiu evitar um sorriso ao vê-lo tão imerso no que amava. 

Caminhou silenciosamente até ele e, sem aviso, inclinou-se para beijá-lo na bochecha com carinho. Chan deu um pulo de susto, os olhos arregalados encontrando os dela, antes de explodir em uma risada alta e contagiante, que a fez esquecer o cansaço por um momento.

— Você quer me matar do coração, Amy? — Ele brincou, tirando os fones e colocando o notebook de lado. Suas bochechas estavam levemente coradas, e ela sabia que ele achava graça da própria reação.

— Eu te amo demais pra isso. — Respondeu Amelie com um sorriso travesso, jogando sua mochila no chão e se espreguiçando.

— Parece que alguém teve um dia longo... — Chan comentou, olhando para o rosto exausto dela enquanto ela se jogava no sofá ao lado dele.

— Longo é pouco. Acho que minha cabeça está prestes a explodir. — Amelie suspirou, fechando os olhos por um momento.

— Quer falar sobre isso? Ou só precisa de um tempo para descontrair? — Chan estendeu uma mão e passou os dedos gentilmente pelo cabelo dela, afastando uma mecha do rosto.

— Eu preciso de você! — Amelie disse, abrindo os olhos e olhando diretamente para ele. A sinceridade em sua voz fez Chan sorrir, e ele ajustou a posição para se virar completamente para ela.


— Você sabe, isso foi um pouco sugestivo...

— Não pode guardar esses pensamentos sujos para si mesmo, não é? — Amelie dá um beliscão fraco na cintura de Chan, que ri alto jogando a cabeça para trás, encostando-se no sofá. O som doce e contagiante enchendo o ambiente enquanto ele segurava a mão de Amelie, evitando outro beliscão.

— Não é minha culpa se você deixa espaço para interpretações, amor. — Provocou, piscando para ela.

Amelie balançou a cabeça, tentando não sorrir, mas era impossível. Chan tinha esse efeito sobre ela, transformando até o dia mais estressante em algo mais leve.

— Esse seu rostinho inocente é só uma fachada mesmo. — Ela se ajeitou no sofá, deixando sua cabeça descansar no ombro dele. — Só de estar aqui já é suficiente.

Ele ficou em silêncio por um momento, o sorriso em seus lábios se suavizando enquanto ele processava as palavras dela. Chan levou a mão dela até seus lábios e a beijou levemente, um gesto tão simples, mas cheio de significado.

Os dois ficaram assim por alguns minutos, curtindo a presença um do outro no silêncio confortável que só eles podiam compartilhar. Até que Amelie, incapaz de se conter, ergueu a cabeça e perguntou:

— E aí, como tá indo o comeback? Já posso saber quais músicas vão me fazer chorar no banho?

Chan soltou uma risada curta, balançando a cabeça.

— Você sempre exagera. — Ele fez uma pausa e olhou para ela, o sorriso brincando em seus lábios. — Sem spoilers, senhorita.

Chan contou sobre uma reunião no estúdio, algumas ideias novas para músicas e uma conversa engraçada com Felix. Amelie ouvia atentamente, aproveitando a maneira como ele transformava até os pequenos detalhes em algo interessante. 

— Então, nós fizemos uma gravação em MR-

— Oh, claro! — Amy concordou, claramente provocando o namorado. — Outra não iria funcionar, uma gravação em MR é a indicada nesses casos, bom trabalho, amor.

Chan revira os olhos com as palavras de Amy e bagunça propositalmente o cabelo dela, enquanto a ouve rir. 

— Desculpe, desculpe! — Ela fala entre risos, até que Chan a acompanha. — Eu não entendo suas palavras de produtor master da quarta geração do Kpop, desculpe! — Amelie disse, inclinando-se contra o encosto do sofá. — Por que não me explica?

Chan arqueou as sobrancelhas, surpreso pelo interesse repentino.

— Você realmente quer saber? — Ele perguntou, inclinando-se um pouco para ela, com um brilho animado nos olhos.

— Quero. Quero entender como você faz mágica com as músicas! — Amelie respondeu, cruzando as pernas no sofá e ficando em uma posição mais confortável para ouvir.

Chan riu suavemente e ajeitou o notebook no colo, abrindo um dos projetos recentes.

— Tudo bem, vamos começar pelo básico. Quando você ouve falar de AR, LAR e MR, estamos falando de diferentes tipos de gravação ou reprodução de áudio. — Ele apontou para o arquivo na tela. — AR é "All Recorded". É o que a gente grava no estúdio, com todos os vocais, instrumentos, efeitos... o pacote completo. É basicamente o que você ouve em um álbum.

Amelie assentiu, apoiando o queixo nas mãos, visivelmente interessada.

— Tá, e LAR? — Perguntou, inclinando-se para ver melhor a tela.

— "Live All Recorded". — Chan explicou, animado. — É o que usamos em apresentações ao vivo, quando temos os vocais e instrumentos gravados, mas deixamos espaço para as partes que cantamos ao vivo. Assim, a apresentação tem mais impacto, mas ainda mantém a qualidade.

— Ah, tipo quando você canta sem camisa? — Amelie brincou, provocando.

Chan gargalhou, escondendo o rosto entre suas mãos.

— Não sei do que está falando! — Disse, tentando disfarçar a leve vermelhidão nas bochechas. — Mas, algo assim. E o MR, que é "Music Recorded", é só a base instrumental, sem os vocais.

Amelie arregalou os olhos, surpresa.

— Uau, parece um trabalho enorme!

— É mesmo, mas eu gosto. — Chan sorriu, relaxando no sofá. — É como montar um quebra-cabeça. Cada peça é essencial para o resultado final.

Amelie notou um brilho no olhar de Chan, algo como... paixão. Ele tinha um sorriso bonito no rosto, e seu cenho estava concentrado, procurando as melhores palavras para explicar todo o processo. Ele amava cada segundo daquilo que o esgotava. Era o seu trabalho dos sonhos. E ele estava feliz.

— Você realmente gosta de falar sobre isso, não é? — Ela comentou, sorrindo enquanto Chan gesticulava para enfatizar algum ponto.

— Estou te entediando?

— Claro que não! — Amelie riu e segurou a mão dele por um momento. — Na verdade, acho que nunca te vi tão lindo falando sobre o que ama.

Chan ficou sem palavras por alguns segundos, as orelhas ficando vermelhas enquanto ele desviava o olhar.

— Você não pode simplesmente dizer isso assim... — Murmurou, coçando a nuca.

Amelie riu, inclinando-se para beijar a bochecha dele novamente, dessa vez de forma mais leve.

— Uau, a dualidade. — Ela riu. — Estava falando sobre seus pensamentos mundanos há dois segundos e agora-

Chan a calou com um beijo forte e intenso, fazendo Amelie suspirar entre os estalos entre os lábios cheios de Chan contra os seus. A tensão entre os dois desapareceu completamente enquanto o beijo se aprofundava. Amelie sentiu os braços de Chan a envolverem, trazendo-a para mais perto. Se ela pudesse escolher, faria aquele beijo durar para sempre.


Quando finalmente se separaram, os dois estavam sem fôlego, mas sorrindo. Chan manteve a testa colada na dela, o polegar acariciando suavemente sua bochecha.

— Você estava dizendo alguma coisa? — O sorriso presunçoso estava lá.

Ah, ele a levaria a loucura algum dia. 

𝑶𝑵𝑫𝑬 𝑽𝑶𝑪𝑬̂ 𝑬𝑺𝑻𝑬𝑽𝑬?, 𝘣𝘢𝘯𝘨𝘤𝘩𝘢𝘯Onde histórias criam vida. Descubra agora