Han Jisung sempre foi apaixonado por seu amigo de infância; Bangchan, mas nunca teve a coragem de lhe contar nada. Em seu vigésimo nono aniversário, oque era para ser um dia feliz acaba se transformando em uma tragédia, quando viu Bangchan passar pe...
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• Lee Minho •
Me acostumei sempre a achar que viver o tempo todo nos trilhos era algo muito cansativo, afinal todo mundo precisava quebrar um pouco as regras de vez em quando. Somos seres humanos e nem sempre fazemos tudo certo, afinal é da nossa natureza errar.
Mas quando se é alguém do qual ninguém espera muito, os seus erros já podem ser bem comuns ou não mais uma surpresa para as pessoas. Esse era o meu caso, até ganhei um apelido uma vez "Lee Minho, o caso perdido". Não foi dado atoa e disso eu sei muito bem.
Passei boa parte da minha vida me questionando se era o certo viver da maneira que os outros esperam que eu viva, como alguém sem visão do futuro ou coisa parecida. Sempre achei que deveria seguir essa linha também, mas sinceramente eu estava cansado disso.
Queria mudar um pouco as coisas, sair daquele velho padrão e quem sabe tomar decisões diferentes. Eu não pretendia fazer isso inicialmente, mas algo me fez querer mudar de ideia; ou melhor, alguém fez isso.
Han Jisung foi a causa.
O observei no dia seguinte ao seu aniversário e percebi que desde esse dia ele parecia meio...diferente. Suas falas, suas ações e até o seu jeito pareciam um pouco mudados.
Normalmente eu não sou do tipo que fica observando as pessoas, mas sinceramente era intrigante. Ele parecia não se importar muito com as consequências dos seus atos, assim como parecia querer se arriscar mais.
Podia ser tudo coisa da minha cabeça, então durante os dias seguintes eu tentei ficar mais próximo, apenas para ter certeza se algo realmente havia mudado. Nossas famílias são amigas há tanto tempo e também somos vizinhos há tempo demais, era impossível não notar uma diferença no seu comportamento.
Mas tive certeza de algo tinha mudado quando derrepente ele havia sugerido de ir na festa comigo, oque me deixou um pouco chocado. Era comum que Jisung repugnasse esse tipo de coisa, achando completamente inútil ou sem sentido. E mesmo que a festa não tenha sido a melhor de todas, ele parecia não ter se importado tanto.
"Ou pelo menos não demonstrou isso."
Pensei enquanto me perdia em meus pensamentos.
Mas fui tirado deles ao ouvir batidas na porta do meu quarto, oque me fez olhar para a porta antes de dizer um breve "pode entrar".
─ Ocupado? ─ Meu irmão disse ao atravessar a porta e fechá-la atrás de si. Neguei com a cabeça.
─ Só tô relaxando aqui. ─ Dei de ombros e me ajeitei na cama ─ Que foi? ─ Cruzei meus braços e esperei por sua resposta.
Geralmente Christopher me mandava mensagens de texto quando queria falar algo, tudo porque não queria incomodar ou atrapalhar o meu espaço.
