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capítulo sete ; sentimentos
ANASTASIA E DIEGO dobravam as minúsculas roupinhas de bebê, macias como nuvens, entre risos. Diego, com um sorriso travesso, disparava sugestões de nomes engraçados. Anastasia achava interessante que ele só sugerisse nomes femininos. Os pequenos macacões de algodão, os conjuntos de body e calça, as meias pequenas, formavam uma pilha crescente no chão.
── Você realmente acha que é uma menina, não é? ── perguntou Anastasia, seus olhos brilhando com divertimento, enquanto dobrava um delicado casaquinho de tricô.
── Tenho certeza. ── respondeu Diego, com uma firmeza que contrastava com a leveza do momento, ── E você? Nunca disse o que acha. ── ele arqueou uma sobrancelha, curioso.
Anastasia riu, um som cristalino. Ele tinha razão. Ela nutria uma forte convicção, mas nunca a verbalizara.nUm pequeno sapatinho de cetim escapou de suas mãos, e ela o pegou com um sorriso.
── Não sei se devo... ── começou ela, hesitando, mas Diego a interrompeu com um sorriso radiante, os olhos brilhando de antecipação.
── Você acha que é menina! ── exclamou ele, batendo palmas com entusiasmo infantil. A alegria em seu rosto era contagiante.
── Para com isso! ── ela revirou os olhos, atirando um travesseiro macio em sua direção.
── Vou esfregar isso na cara do Luther e do Klaus. ── disse Diego, com o tom triunfal de quem acabara de ganhar na loteria. Ao imaginar a cena, Anastasia soltou uma gargalhada gostosa.
── Idiota. ── a mesma sorriu fracamente, deixando as roupas de lado por um momento. ── Tenho tido o mesmo sonho sobre o bebê. Sempre a mesma coisa. Uma menina.
── Quer me contar sobre esse sonho? ── perguntou ele, a curiosidade pintando seus olhos.
── É segredo. ── ela riu, um som suave e misterioso. Diego ia insistir, mas a campainha tocou, um som estridente que cortou o clima aconchegante. Anastasia franziu a testa. Não esperava ninguém, mas seus irmãos andavam imprevisíveis.
── Se for qualquer um deles, vou expulsar. ── disse ela, levantando-se, um brilho de travessura em seus olhos. ── Já volto.
── Se eles não forem embora grita 'socorro'. ── respondeu Diego, voltando a dobrar as delicadas roupinhas, um sorriso brincalhão nos lábios.
Ao abrir a porta, as mãos de Anastasia ficaram úmidas de suor. Um aperto gelado percorreu seu estômago. Lila estava ali, parada na soleira, a sombra da noite emoldurada em seus ombros.
