CORAÇÃO SE DESPEDAÇANDO

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               Enquanto Hyacinth terminava de preparar o café, o clima na cozinha parecia mais denso

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               Enquanto Hyacinth terminava de preparar o café, o clima na cozinha parecia mais denso. O elogio de Steven ainda ecoava na mente dela, e o jeito como ele a olhava, com uma mistura de admiração e tranquilidade, deixava seu coração acelerado. Ela sentiu as bochechas esquentarem, tentando ignorar a sensação que crescia entre eles.

— Aqui está. — Hyacinth disse, entregando a caneca para ele, seus dedos roçando de leve os de Steven. O contato, embora breve, fez o ar ao redor deles parecer um pouco mais carregado.

Steven pegou a caneca, seus olhos nunca deixando os dela. Ele deu um pequeno gole, mas era claro que o café não era o foco naquele momento.

— Obrigado. — Ele murmurou, com um sorriso suave, ainda mais próximo agora. Havia uma tensão palpável no ar, como se algo estivesse prestes a acontecer. Eles estavam a poucos centímetros de distância, tão perto que Hyacinth podia sentir a respiração de Steven.

Sem perceber, ela se inclinou levemente para frente, seus olhos nos dele, como se algo a estivesse puxando. O mundo ao redor deles parecia desacelerar, deixando apenas os dois ali, naquele espaço apertado entre a bancada e a parede. O coração de Hyacinth batia forte, e ela não tinha certeza se era o café ou a presença de Steven que estava fazendo sua pele formigar daquele jeito.

Steven também sentiu a mudança. Seu olhar vagou brevemente pelos lábios dela, e então voltou para os olhos azuis, que brilhavam ainda mais sob a luz suave da manhã. Ele deu um passo à frente, sem pensar, a distância entre eles quase inexistente agora. Por um momento, parecia que o tempo havia parado, e o ar estava carregado com algo que nenhum dos dois tinha coragem de nomear.

— Hyacinth... — Steven começou, a voz baixa, quase um sussurro.

Antes que ele pudesse dizer mais alguma coisa, o som de passos fortes ecoou pelo corredor, rompendo o momento como um balde de água fria. A porta da cozinha se abriu, e Macson, o pai de Hyacinth, entrou com uma expressão descontraída, sem perceber a tensão no ar.

— Bom dia, pessoal! — Ele disse alegremente, pegando uma caneca de café na bancada. — Dormiram bem?

Hyacinth deu um pulo, rapidamente se afastando de Steven, o rosto ainda corado. Ela fingiu estar ocupada arrumando algo na bancada, mas seus pensamentos estavam em completo desordem.

— Ah, sim, pai. Tudo bem por aqui. — Ela disse, sua voz um pouco mais alta do que o normal, tentando soar casual.

Steven, por sua vez, deu um gole longo em seu café, desviando o olhar para a janela, tentando recuperar o controle sobre si mesmo. O momento que tinham acabado de compartilhar, tão intenso e cheio de possibilidades, agora parecia uma memória distante, quebrada pela presença inesperada de Macson.

— Que bom! — Macson continuou, alheio ao que estava acontecendo. — E vocês, Henry e Steven, prontos para mais um dia de diversão?

Steven riu, ainda um pouco nervoso, mas conseguiu responder com um aceno.

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