One shots-Ginástica Artística

Rebeca e Lorrane

Rebeca Andrade e Lorrane Oliveira eram duas das estrelas da ginástica artística no Flamengo. Desde que Lorrane se juntou à equipe, elas tornaram-se inseparáveis. A amizade floresceu rapidamente, e logo estavam contando os dias para o Campeonato Brasileiro, onde iriam dividir um quarto no hotel.

- Rebeca! Vamos dormir de cochichinha! - brincou Lorrane, rindo enquanto arrumava suas coisas.

Rebeca ficou em choque por um momento. O que a amiga havia dito a pegou de surpresa. Um misto de alegria e confusão tomou conta dela. O que havia de errado em dormir de cochichinha com Lorrane? Mas, no fundo, Rebeca percebeu que seu coração palpitava de uma maneira diferente. Era mais do que amizade.

No dia seguinte, após os treinos, Rebeca decidiu conversar com Flávia, uma de suas amigas e uma pessoa em quem confiava.

- Flávia, eu... estou confusa. Eu e a Lorrane somos amigas, mas... - Rebeca hesitou. - Quando ela falou sobre dormir de cochichinha, eu senti algo diferente.

Flávia a olhou com atenção, sorrindo levemente.

- É normal sentir isso, Rebeca. Às vezes, a amizade evolui para algo mais. Você pode estar se apaixonando por ela.

As palavras de Flávia ecoaram na mente de Rebeca. Era verdade. A ideia de estar apaixonada por Lorrane a assustava e encantava ao mesmo tempo.

Duas semanas se passaram desde o Brasileiro, e Rebeca começou a se afastar de Lorrane. Ela achava que precisava de tempo para entender seus sentimentos, mas a verdade era que a ausência de Lorrane era dolorosa. A amizade que antes era tão intensa agora parecia um eco distante.

Lorrane sentia falta de Rebeca. Aqueles momentos de risadas e confidências eram insubstituíveis. Um dia, ela decidiu que precisava falar com sua amiga.

- Rebeca, podemos conversar? Sinto que você está distante - pediu Lorrane, preocupada.

Rebeca hesitou, mas finalmente assentiu.

- Claro, Lorrane. Desculpe, eu... só estava colocando a cabeça no lugar. Na verdade, eu estou gostando de você.

O silêncio pairou no ar. Lorrane ficou paralisada, a mente girando com as palavras de Rebeca.

- O quê? - ela perguntou, tentando processar. - Eu não esperava isso...

Rebeca olhou para o chão, nervosa.

- Eu sei que pode ser estranho. Mas, desde aquele dia no hotel, eu comecei a sentir algo mais forte. Não sei o que fazer com isso.

Lorrane respirou fundo. No fundo, ela também tinha sentimentos que não conseguia entender.

- Eu também tenho me sentido confusa, Rebeca. Não sabia se era apenas amizade ou algo mais. Eu... eu também gosto de você.

Rebeca levantou os olhos, a surpresa agora se misturando à esperança.

- Sério? Você gosta de mim?

- Sim! - Lorrane sorriu, o coração batendo mais rápido. - Eu sempre admirei você, e essa amizade... bem, eu percebi que é muito mais do que isso.

As duas se olharam, um novo entendimento se formando entre elas. A amizade que construíram agora estava prestes a se transformar em algo mais profundo.

- Então, você não se importaria de... talvez tentarmos algo diferente? - sugeriu Rebeca, hesitante.

Lorrane sorriu, aliviada e animada ao mesmo tempo.

- Claro que não! Eu sempre achei você incrível. Nunca pensei que poderia sentir isso por uma amiga.

- A gente pode ir devagar - sugeriu Rebeca, segurando a mão de Lorrane. - Estou disposta a descobrir isso com você.

As duas começaram a rir, a tensão no ar se dissipando. A amizade, que antes parecia estar em risco, agora se transformava em algo mais profundo.

- Então, sobre dormir de cochicha... - Lorrane brincou, com um olhar travesso.

Rebeca sorriu, agora mais leve.

- Vamos fazer isso, mas com muito cuidado! - Rebeca falou isso com um tom de malícia na voz

O clima leve e divertido entre elas voltava, e, com isso, as esperanças de um novo capítulo em suas vidas também. O campeonato poderia ser importante, mas, naquele momento, o que realmente importava era a conexão que estavam prestes a explorar.

Ambas sabiam que essa nova fase não seria fácil, mas juntas, estavam dispostas a enfrentar qualquer desafio. O amor florescia entre sorrisos e promessas, e a ginástica artística, que as unira, agora se tornava o pano de fundo de uma história muito maior.