Flávia Saraiva, ginasta renomada e atleta do Flamengo, decidiu tirar férias depois de um ano intenso de competições. Escolheu a Turquia como destino para relaxar e se desconectar do cotidiano. Durante a estadia, ouviu falar de um jogo de vôlei que reuniria algumas das melhores jogadoras do mundo. Curiosa, decidiu assistir.
No ginásio, Flávia sentiu a energia vibrante da torcida, mas foi uma figura específica que capturou sua atenção: uma jogadora ruiva, alta e graciosa, que dominava a quadra com potência e técnica. Havia algo nela que despertou em Flávia uma admiração que ia além do esporte. Ela soube, naquele momento, que algo especial havia começado.
Cinco anos se passaram. Flávia estava na Vila Olímpica, focada em sua preparação para os Jogos Olímpicos. Foi quando, por acaso, avistou uma figura familiar no refeitório. Era ela, a ruiva que tanto a impressionara. Não demorou para que descobrisse seu nome: Júlia Bergmann, jogadora da seleção brasileira de vôlei e atualmente no time THY, da Turquia.
Durante um dos jogos de Júlia, Flávia foi ao ginásio torcer. Sentou-se entre a torcida, tentando não chamar atenção, mas, ao final da partida, notou que Júlia havia reparado nela. Um sorriso discreto da jogadora confirmou o que Flávia imaginava: o interesse era mútuo.
Após alguns dias de encontros casuais pela vila, Flávia tomou coragem. Depois de uma vitória de Júlia, a ginasta a abordou.
- Júlia, parabéns pelo jogo de hoje! Você foi incrível. - Flávia falou, um pouco nervosa, mas mantendo a confiança.
- Obrigada, Flávia! - respondeu Júlia, surpresa e com um sorriso largo. - Nem acredito que você assistiu. Sou sua fã, sabia?Flávia riu, sem saber como responder àquela confissão inesperada.
- Acho que estamos quites, então. Não sei se você lembra, mas te vi jogando na Turquia há alguns anos. Desde então... bom, queria muito te conhecer melhor.
Júlia ficou em silêncio por um momento, surpresa com a sinceridade de Flávia. Mas logo respondeu:
- Você não sabe como isso é especial para mim. Sempre achei que nunca teria coragem de falar com você, mas agora que estamos aqui... Quero muito sair com você.
Flávia sorriu, sentindo o coração acelerar.
- Que tal depois do seu próximo jogo? Eu te levo a um restaurante que me indicaram aqui em Paris.
- Está combinado. - Júlia respondeu, os olhos brilhando de entusiasmo.
Na noite do encontro, Flávia escolheu um restaurante romântico e tranquilo, próximo ao Rio Sena. As duas conversaram por horas, rindo e compartilhando histórias sobre suas jornadas no esporte, desafios e sonhos.
Quando o jantar terminou, Júlia tomou a iniciativa.
- Flávia, preciso ser honesta. Desde o dia que te vi na plateia, algo mudou para mim. Eu me sinto diferente ao seu lado, como se tudo fizesse sentido.
Flávia ficou em silêncio, tocada pelas palavras sinceras de Júlia.
- Eu também sinto isso, Júlia. Desde aquele dia na Turquia, não consegui esquecer você. E agora que estamos aqui, parece um sonho.
Júlia segurou a mão de Flávia sobre a mesa e a olhou nos olhos.
- Então, vamos fazer desse sonho uma realidade.
Decididas a prolongar a noite, caminharam pela cidade iluminada até chegarem à Torre Eiffel. Pararam sob sua imponente estrutura, admirando as luzes que brilhavam como estrelas.
Sem dizer uma palavra, Júlia se aproximou, segurou o rosto de Flávia com delicadeza e a beijou. Foi um momento cheio de ternura e emoção, onde o tempo parecia ter parado.
Quando se afastaram, Flávia riu baixinho.
- Isso foi perfeito. Acho que Paris acaba de se tornar meu lugar favorito no mundo.
- Meu também, e tudo graças a você. - Júlia respondeu, sorrindo.
Naquela noite, sob as luzes da Torre Eiffel, Flávia e Júlia começaram um novo capítulo de suas vidas, unidas por algo que nenhum dos dois esportes que amavam poderia medir: o amor.
Depois daquela noite mágica em Paris, o relacionamento entre Flávia e Júlia floresceu. Embora ambas tivessem agendas ocupadas com treinos, competições e viagens, elas se esforçavam para manter contato. Videochamadas durante intervalos de treino, mensagens carinhosas de boa sorte antes de cada jogo ou apresentação, e encontros ocasionais em competições ou intervalos entre temporadas tornaram-se parte da rotina delas.
Certa noite, meses após a Olimpíada, Júlia estava em sua casa na Turquia, descansando após um treino intenso, quando recebeu uma ligação de Flávia.
- Oi, minha ruiva favorita - Flávia começou, com sua voz animada do outro lado da linha.
- Oi, minha ginasta preferida! Como foi o treino hoje?
- Foi puxado, mas estou muito feliz porque acabei de confirmar que vou competir em um torneio no Rio daqui a algumas semanas. E você? Alguma chance de vir pro Brasil em breve?
Júlia fez uma pausa, um sorriso travesso surgindo em seu rosto.
- Talvez... Não vou confirmar nada ainda, mas pode ser que eu tenha uma surpresa para você.
Flávia ficou intrigada, mas não insistiu. Ela sabia que Júlia adorava fazer surpresas e decidiu esperar.
Algumas semanas depois, no dia do torneio no Rio, Flávia estava no ginásio aquecendo antes de sua apresentação. O público vibrava, mas sua concentração estava no máximo. Quando terminou sua performance, foi recebida com aplausos ensurdecedores. Ainda recuperando o fôlego, enquanto acenava para a torcida, avistou um rosto conhecido na plateia. Júlia estava ali, sorrindo e aplaudindo de pé.
Depois da competição, Flávia correu ao encontro dela.
- Você não me disse que viria! - Flávia exclamou, surpresa e radiante.
- E estragar a surpresa? Nem pensar. - Júlia respondeu, puxando-a para um abraço apertado. - Eu precisava estar aqui para te ver brilhar.
A partir daquele dia, as duas aproveitaram o tempo juntas no Brasil. Júlia ficou hospedada na casa de Flávia, e elas aproveitaram a cidade ao máximo: passeios pela praia, visitas a pontos turísticos e jantares tranquilos em casa. O relacionamento crescia em profundidade e companheirismo.
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One shots-Ginástica Artística
Fanfichistórias da ginástica artística Obs: desculpa pelos erros de português