Episódio 32 - Fúria das Entidades.

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Data: 22 de junho de 2016
Hora: 01:45 da madrugada
Clima: Tempestade de neve com incêndios nas florestas, céu parcialmente encoberto, temperatura de -8°C

O coliseu estava à beira da ruína. Cada uivo de Wil/Fenrir ecoava como uma sentença de destruição iminente, espalhando caos pelo campo de batalha. O solo era dilacerado pelos pilares de gelo que surgiam abruptamente, enquanto chamas espirituais dançavam em torno das crateras abertas, transformando o lugar em uma arena apocalíptica de fogo e gelo. A luta não era apenas física, mas também espiritual, e cada segundo que passava trazia mais desespero.

Renato corria com dificuldade, desviando de um pilar de gelo que quase o esmagava.

Renato (com um tom de desespero misturado com sarcasmo):
- "Aí, Jesso! Isso aqui está saindo do controle de um jeito que eu nunca vi antes! Temos que dar o fora!"

Jesso, apesar de sua habitual confiança, estava claramente nervoso, suas sombras vibrando ao redor dele como se refletissem sua tensão.

Jesso (tentando manter a calma, mas tenso):
- "Acha que eu não percebi, Renato? Ele está nos levando para o fim. Precisamos de uma maneira de parar o Wil, e rápido!"

No meio do coliseu, Wil, dominado pela forma de Fenrir, parecia mais um deus da destruição do que um ser humano. Seus olhos brilhavam com fúria, e as serpentes espirituais, Belial e Ashtaroth, se entrelaçavam em torno de seu corpo, disparando rajadas de gelo e fogo, tornando a batalha uma espiral de caos.

Enquanto a destruição continuava por fora, dentro da mente de Wil, uma guerra muito mais perigosa se desenrolava. Ele lutava desesperadamente para manter a consciência, mas as entidades que agora habitavam seu corpo estavam decididas a dominá-lo completamente.

Fenrir (rugindo com uma voz que ecoava como trovão):
- "Eu sou a força suprema! Este corpo me pertence! Vocês são nada além de parasitas tentando sobreviver!"

Belial (rindo com arrogância):
- "Força sem controle é apenas destruição. Eu sou a mente, Fenrir. E o controle mental é mais poderoso que sua fúria. Este corpo é meu por direito!"

Ashtaroth, sempre fria e calculista, permanecia impassível, avaliando a situação com um sorriso de desdém.

Ashtaroth (com um tom de indiferença):
- "Vocês dois são tolos. O corpo de Wil já está no limite. Ele não vai sobreviver a essa luta. Sua mente já está despedaçada. E o que resta? Apenas um monstro à beira da destruição."

Wil, lutando contra a dor excruciante e as vozes, tentava manter alguma parte de si intacta. Seus gritos de desespero ecoavam dentro de sua própria mente, tentando romper o caos que o consumia.

Wil (gritando de agonia, mas determinado):
- "Eu... eu ainda estou aqui! Vocês... não vão me controlar!"

Do lado de fora, Renato tomou uma decisão desesperada. Com o fragmento de gelo espiritual que Miza lhe dera, ele se aproximou de Wil, tentando usar o poder da prata espiritual para enfraquecer a fera. Ele lançou o fragmento diretamente no ombro de Fenrir, esperando que isso fosse suficiente para pará-lo.

Renato (gritando):
- "Vamos ver se isso pode fazer algo!"

Mas ao invés de conter a fera, o ataque só enfureceu ainda mais Fenrir. O lobo colossal soltou um uivo ensurdecedor, e uma explosão de gelo em todas as direções seguiu, congelando o chão e criando ainda mais destruição.

Renato (em pânico):
- "Merda! Isso foi uma péssima ideia... agora ele está mais furioso ainda!"

Gemerson, sempre o mais firme, usou sua força titânica para segurar um bloco de gelo que quase o atingiu.

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