Baby Said

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APARECI, desculpa a demora gente, mas aqui está o capítulo novo!! Espero que gostem e que estejam bem!! Boa leitura (Lembrem de favoritar e comentar muito!!!)

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Terça-feira

10:20 PM

A sala de cirurgia estava em um silêncio focado, com o brilho intenso das luzes refletindo nas superfícies de aço inoxidável. Equipamentos sofisticados cercavam a mesa de operação, onde Jos Verstappen, completamente sedado, aguardava o início do procedimento. O som constante dos monitores cardíacos e respiratórios preenchia o ambiente, enquanto a equipe médica se preparava. Havia uma tensão controlada no ar, típica de uma operação de transplante de pulmão.

— Escalpelo, — pediu Dr. Anthony Weathers, o cirurgião-chefe, com voz calma, mas autoritária. A enfermeira cirúrgica rapidamente lhe entregou o bisturi, deslizando-o na palma de sua mão enluvada. Com precisão cirúrgica, ele fez a primeira incisão ao longo da lateral do tórax de Jos, traçando o caminho entre a quarta e a quinta costela.

— Retrator —, pediu ele, após a incisão estar completa. Outro membro da equipe cirúrgica entregou o instrumento sem hesitação. O retrator foi cuidadosamente posicionado, afastando as costelas e abrindo o tórax para que o campo operatório fosse exposto.

Os pulmões de Jos estavam à vista, e o estado precário do pulmão direito era evidente. O tecido doente estava severamente danificado pelas cicatrizes do câncer, endurecido e descolorido.

— Vamos prosseguir com a retirada —, afirmou o Dr. Weathers, enquanto os assistentes ao redor ajustavam suas posições. — Cuidado com as aderências no lobo inferior. — Ele sabia que qualquer erro no manuseio do tecido poderia resultar em complicações hemorrágicas.

— Pinças, — solicitou o cirurgião. As mãos hábeis de sua assistente entregaram o instrumento, e ele começou a isolar os vasos sanguíneos principais do pulmão comprometido. Com movimentos precisos, ele pinçou a artéria pulmonar e as veias pulmonares, interrompendo temporariamente o fluxo de sangue para o órgão.

— O clampeamento está seguro? — ele perguntou à equipe anestésica.

— O paciente está estável, doutor, — respondeu a anestesista, monitorando atentamente os sinais vitais de Jos no monitor. — Saturação de oxigênio estável. Pressão arterial dentro dos parâmetros.

Weathers assentiu. — Vamos continuar. Tesoura. — Ele usou a tesoura cirúrgica para cortar as conexões vasculares com o pulmão doente, movendo-se com cuidado extremo. Cada seção cortada foi imediatamente cauterizada para prevenir qualquer perda de sangue.

— Pulmão removido, — anunciou o cirurgião após alguns minutos, erguendo o órgão comprometido com cuidado e entregando-o para a equipe de descarte. — Preparem o pulmão doado.

O novo pulmão já estava sendo mantido em uma solução de preservação a poucos metros de distância, monitorado e protegido desde a sua chegada. Era saudável, de coloração rosada, e pulsava suavemente enquanto a equipe o preparava para a inserção.

— O pulmão está pronto, — disse uma das enfermeiras, aproximando-se com o órgão cuidadosamente embalado.

— Vamos prosseguir com a implantação, — disse Weathers, focado. — Aponte o tempo.

— Estamos com duas horas e quarenta e cinco minutos de procedimento, — respondeu a enfermeira do lado.

Com precisão e paciência, o novo pulmão foi colocado dentro da cavidade torácica de Jos. — Vamos começar com as anastomoses, — declarou o Dr. Weathers, referindo-se às suturas que reconectariam as artérias e veias do pulmão ao sistema circulatório do paciente.

Brooklyn Baby - LestappenOnde histórias criam vida. Descubra agora