Capítulo 25

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- Luke -

Depois do Reggie conseguir rastrear a porra do amante da Rose, eu o perseguia igual um louco depois do que eu escutei na ligação.

Se ela se machucou...

Me aproximei do local onde aconteceu.

Uma ambulância e uma viatura cercavam a estrada.

Reggie estava em um carro logo atrás de mim.

Eu paralisei vendo tudo aquilo. O carro em que ela estava ficou totalmente destruído contra um caminhão.

— Chefinho... — Reggie bateu no meu vidro, cortando o meu transe.

Olhei para ele meio atordoado.

Pisquei forte e respirei fundo.

Saí do carro bruscamente e fui na direção do acidente.

— Ei, você não pode atravessar a faixa! — um dos policiais gritaram. Vi a placa da viatura, notando que é da minha região.

— Reginaldo, cuide deles — ordenei, levantando o dedo como sinal.

— Ele é o Patterson, pergunte ao seu chefe Vyctor se tiver algum problema — escutei o Reggie informando que eles trabalham mais para mim do que para o policiamento local.

A Julie estava em cima de uma maca, enquanto finalizam os primeiros cuidados. Corri, afastando um dos médicos.

Segurei o seu rosto... ela está sangrando... ferida. Senti como se tivesse levado o pior golpe da minha vida.

Seu olhar pesava, quase não aguentando mantê-los abertos.

— Princesa... — solucei, sentindo a porra do meu olhar lacrimejar — Por favor...

— Rapaz, precisa dar espaço. Precisamos levar ela urgente ao hospital!

— Me perdoa...

Ela sorriu fraco e seus olhos fecharam.

— Julie... — balancei a cabeça — Julie! Acorda!

— Vamos levá-la imediatamente, a vítima está perdendo muito sangue — outro médico gritou, enquanto alguém me puxava para longe; me afastando dela.

— Chefinho, ela vai ficar bem — era o Reggie tentando me conter.

— Alguém vai com ela? — um dos médicos gritaram e sem pensar duas vezes, empurrei as mãos do Reggie e entrei na maldita ambulância.

Colocaram uma máscara de ar em seu rosto, com o seu corpo todo imobilizado na maca.

Encarei as minhas mãos tremendo, vendo o sangue. Sangue dela. Nunca na minha vida me incomodei com sangue, eu até anseio por pelo derramamento todos dias, mas isso era diferente. É sobre a vida dela escorrendo em minhas próprias mãos.

A ambulância disparava na estrada, mas ainda parecia devagar.

Me ajoelhei ao seu lado. Segurei uma mecha do seus cachos, afastando da orelha.

— Não me deixe, por favor — sussurrei em seu ouvido — Você não, Julie. Estou implorando.

Após alguns minutos chegamos ao hospital e correram com ela presa na maldita maca. Se a minha garota estivesse consciente, ela odiaria estar submetida a algo tão inferior.

Tentei entrar em uma das salas que estavam levando ela, mas os seguranças me barraram como se eu fosse qualquer pessoa.

— Na ala de emergência é proibida a entrada. Vai ter que esperar.

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