Cap 1 - Ataque na Mata

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NA MATA - NOITE

Karen e Patrick caminham pela mata, buscando encontrar o acampamento ou pelo menos algum amigo ou responsável deles. Karen parece infeliz com a situação, enquanto Patrick tenta puxar conversa para dar um ânimo, enquanto carrega uma lanterna e algo no bolso.

PATRICK (com um sorriso otimista): Não tá tão ruim assim, confesso que é até um pouco divertido explorar a natureza ao nosso redor. É incrível.

KAREN (sem dar bola): Não enche, Patrick. Eu preferia estar em casa, na minha cama em paz, em vez de estar aqui sendo devorada por mosquitos.

Patrick franze as sombrancelhas e sorri, tentando se manter positivo.

PATRICK: Sabe, sempre achei que a natureza nos traz paz de espírito. É bom se desconectar um pouco do mundo digital.

KAREN (cínica): Paz de espírito? Que brega, como você consegue gostar disso: mato, mato e mais mato?

Enquanto Karen continua reclamando, ela escorrega em uma pedra e cai deslizando perto de um buraco.

KAREN (gritando): Ai! Minha perna!

Patrick imediatamente corre até Karen e anotar a perna machucada da garota. A ferida na perna de Karen vai sair sangue devido ao arranhão forte.

PATRICK (preocupado): Calma, eu vou te ajudar. Vai ficar tudo bem.

Enquanto vai ajudar Karen, ela percebe que está cercada por morcegos, que começam a voar ao redor dela por sentir o cheiro do sangue do sangue e um morde a ferida dela.

KAREN (apavorada): Patrick, me ajuda!

Patrick olha ao redor, tentando encontrar uma solução para salvar Karen e pega o que tava no seu bolso, um isqueiro.

PATRICK (calmo): Acho que sei o que fazer.

Patrick, usando a lanterna, vai e pega um galho próximo e faz um pequeno fogo para afugentá-los. Enquanto isso, surge Romeu e Alex que os encontram e ajudam a afastar os morcegos. Hélio chega com Lívia, Julieta, Téo e Rosalina que observam tudo.

HÉLIO: Acalmem-se. Calma todos!

Hélio pega Karen nos braços e a leva. Patrick acompanha e os outros seguem junto. Téo vai até Patrick.

TÉO: Mandou bem, no isqueiro.

PATRICK: Valeu pela sua ideia de andar com ele. Foi bem útil.

TÉO: Foi corajoso, que eu saiba, você não era tão lerdo assim.

PATRICK (meio confuso): Bem, nem eu, foi no calor, na hora.

Todos andam para fora da mata.

2 HORAS DEPOIS:

APARTAMENTO DA FAMÍLIA GASPAR (QUARTO DE KAREN E LÍVIA) - NOITE

Karen está deitada na cama, com Lívia terminando de passar curativos e enfaixar a perna de Karen.

LÍVIA: Como você conseguiu se machucar desse jeito, Karen? Você deu um susto e tanto na gente.

KAREN: Foi só uma queda boba ô Lívia, não precisa fazer esse drama.

Lívia suspira e balança a cabeça sem entender a grosseria vindos irmã enquanto termina de enfaixar a perna de Karen.

LÍVIA (sorrindo): Sabe que se você quiser, pode contar comigo, uma ajuda ou companhia mesmo você merecendo uns belos tapas de vez em quando.

KAREN (cética): Companhia? Obrigada, mas prefiro mil vezes a solidão do que convívio com pessoas direto.

Lívia sorri, tentando amenizar a tensão entre elas.

LÍVIA: Você não toma jeito né Karen? Será possível que você não muda esse seu jeito ridículo?

Karen não esconde a raiva em seu rosto.

KAREN (irônica): Ah, é claro. Deixar de ser quem sou eu pra imitar minha irmãzinha perfeita e dengosa, a favorita da mamãe.

Lívia olha para Karen como se tivesse impressionada ao ver tanta deboche e rebeldia vindo de uma pessoa.

LÍVIA: Precisar é só me chamar.

Lívia ia dar um tapinha perto do braço de Karen que rapidamente retira a mão, evitando o contato.

KAREN (tensa): Não precisa disso, estou bem.

Lívia sai de cena, deixando Karen sozinha. Karen olha para baixo e segura seu braço, onde parece guardar um tamanho segredo como se fosse esconder um tesouro ou uma carta secreta, protagendo para que ninguém visse o que era.

Nesse momento, Telma, a mãe de Karen e Lívia entra na sala vindo do trabalho, no qual tinha um expediente mais tarde.

TELMA (preocupada): Karen, Lívia e Ellen me contaram o que aconteceu. Vamos para o médico agora verificar essa perna!

Karen se levanta, claramente incomodada com a situação.

KAREN (irritada): Ah, não precisa disso, mãe. Eu estou bem.

MÃE (decidida): Não discuta, minha filha. Vamos cuidar desse machucado antes que piore.

Karen, demonstrando sua personalidade antissocial e teimosa, segue relutantemente sua mãe para ir ao médico, deixando transparecer sua resistência em aceitar ajuda.

NO CONSULTÓRIO MÉDICO

Karen, Lívia, Ellen e Telma estão sentadas na sala de espera de um consultório médico. O ambiente é calmo, porém a ansiedade paira no ar. O médico chega e cumprimenta a família.

MÉDICO (Brusco, porém tranquilo): Boa tarde, família. Como estão se sentindo?

TELMA (preocupada): Estamos um pouco apreensivas, doutor. O que aconteceu com a perna da Karen nos deixou preocupadas.

MÉDICO (sereno): Fiquem tranquilas. A lesão que a Karen teve não é grave. Com os cuidados adequados, ela se recuperará em breve.

O médico receita alguns medicamentos e indica o tratamento que Karen deve seguir. Enquanto fala, ele realiza os curativos necessários na perna da garota. Porém, ao examinar mais detalhadamente o machucado, o médico demonstra surpresa.

MÉDICO (curioso): Interessante... Essas marcas não são comuns em ferimentos causados por morcegos tradicionais. Parecem pertencer a uma espécie ainda não identificada.

Karen e as outras ficam intrigadas com a observação do médico.

LÍVIA (curiosa): Uma espécie nova de morcego? Tipo mágico? Será que é magia pra tirar o mal-humor da Karen?

Karen balança a cabeça, suspira, ficando com raiva do que escuta.

TELMA (preocupada): Tá bom, meninas. Isso não é perigoso, doutor?

MÉDICO (calmo): Não se preocupem. Vou analisar mais a fundo e farei alguns exames. Mas não creio que represente algum perigo. Apenas uma curiosidade científica. (Pra Lívia rindo baixo) E não jovem, morcegos mágicos são fantasias de filme.

Karen fica com a mente cheia de questionamentos sobre o que poderia ser aquela estranha espécie de morcego e o que será que pode acontecer com ela.

Continua...

Caçadores de Mistérios (AIDREJ)Onde histórias criam vida. Descubra agora